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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
terça-feira, 26 de março de 2013
Sozinha em Tourém - «Eu queria morrer aqui, dentro de casa»
Metade da população de Tourém, em Trás-os-Montes, tem mais de 65 anos e a maioria dos idosos vive só, recusando-se a sair de casa.
Maria da Conceição tem 82 anos e vive sozinha em Tourém, uma das aldeias mais isoladas do concelho de Montalegre. Não tem sequer vizinhos por perto, mas recusa-se a sair de casa.
“Aqui não mora ninguém. Cá estou na minha casinha, tenho famílias que me vêm visitar, não é por eu estar doente, mas vêm-me ver. Por enquanto estou bem, doenças que a gente tem, mas, não é de estar acamada, ainda há mais. Há ali outras duas pessoas, que também estão mal, mas não querem sair de casa. A gente tem muito amor à casa”, diz Maria da Conceição.
A própria também não quer. “Eu queria morrer aqui, dentro de casa.”
Mais abaixo, Maria Elisa, 83 anos, vive sozinha e já sem grandes forças, mas também não quer abandonar o lar. “A gente é pouca, mas é quase todos velhos, de 70 para cima.”
Por isso, pouco se podem ajudar uns aos outros. “Nada! Nada. Antigamente havia situações que a gente fazia uns aos outros. Éramos novos! Agora somos todos de uma idade avançada. Já não dá para muitas coisas”, lamenta Maria Elisa.
50% da população de Tourém tem mais de 65 anos e a maioria dos idosos vive só, uma realidade que preocupa o presidente da junta de freguesia, Paulo Barroso.
“Sinto necessidade de ter essas pessoas debaixo do meu olho. São pessoas muito carenciadas, pessoas que não conseguem sair de casa. Há pessoas que vivem sozinhas todo o ano e essa gente precisa de muito apoio, precisa de carinho, essencialmente, mas precisa também de quem as ajude noutras tarefas.”
Tourém é apenas um exemplo entre as muitas aldeias transmontanas com idosos a viverem sozinhos e isolados.
Olímpia Mairos in Renascença
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