Para o secretário técnico da associação sem estes apoios será mais difícil manter o efectivo que neste momento até está estabilizado. “Está próximo dos seis mil animais adultos em todo o país, vamos agora ver como é que o próximo quadro comunitário de apoio vai apoiar esta raça para ver qual é o sentido de evolução”, refere António Pimentel. “Esperamos que pelo menos os actuais apoios se mantenham, o que não é óptimo mas já é importante e suficiente para que a raça mantenha um ritmo de estabilidade e eventualmente de crescimento”, acrescenta o responsável.Ontem decorreu em Macedo de Cavaleiros o concurso concelhio desta raça no qual participaram 38 animais.
Os criadores queixam-se da crise e das despesas elevadas. “Embora isto esteja muito complicado vai compensando alguma coisa”, refere João Choupina, acrescentando que “os adubos e gasóleo está tudo muito caro e quando fazemos as contas ao fim do ano o lucro é mínimo”. “É muito trabalho e muita despesa, mas tem de ser. Hoje tenho 17 vacas mas já foram 40 e amanhã podem ser 100, tudo depende de como correr a vida”, afirma Daniel Alves.
Também Serafim Paulos considera que a actividade “está muito difícil porque está tudo muito caro e os vitelos já deram mais dinheiro do que agora”. O presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros salienta que além do número de animais presentes o importante é a qualidade. “Estiveram aqui animais de grande genuinidade da raça e muita qualidade e isso é que é importante valorizar para promover também os produtos regionais e o território”, afirma Beraldino Pinto.
Os vencedores deste concurso vão agora marcar presença no concurso nacional de bovinos de raça mirandesa que vai decorrer em Mogadouro nos de 31 de Agosto e 1 de Setembro.
Escrito por Brigantia
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