O presidente da Câmara de Mogadouro diz que discorda da resolução tomada em Conselho de Ministros autorizando oito municípios afetados pelos incêndios a recorrerem ao Fundo de Emergência Municipal e a ultrapassarem os limites de endividamento.
Moraes Machado entende que a resolução faz com que sejam os municípios a pagar os prejuízos causados pelas chamas e não Governo.
"Trata-se de um problema nacional e cabe ao Governo a sua resolução", sublinhou Moraes Machado, explicando o contributo que o município já deu, logo dos dias imediatos ao grande incêndio que afetou este e mais três concelhos vizinhos, disponibilizando forragens para animais que habitualmente pastoreavam nas zonas queimadas.
O Governo aprovou uma resolução que autoriza oito municípios afetados pelos incêndios ocorridos na serra do Caramulo e em Picões a recorrer ao Fundo de Emergência Municipal e a ultrapassarem os seus limites de endividamento.
"Se o Governo quer pagar, não poderá ser à custa do endividamento das autarquias. Não sei a se medida anunciada servirá para o concelho de Mogadouro", frisou Moraes Machado.
Dados oficiais indicam que as chamas consumiram uma área de 14.912 hectares, tendo ameaçado várias populações dos concelhos de Alfândega da Fé, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.
Segundo um relatório preliminar, só na área agrícola os prejuízos rondam os três a quatro milhões de euros nos quatro concelhos afetados pelo fogo.
O Conselho de Ministros aprovou "uma resolução que reconhece as condições excecionais dos incêndios ocorridos na serra do Caramulo e em Picões, habilitando assim os municípios de Tondela, Oliveira de Frades, Águeda e Vouzela e os municípios de Alfandega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta a recorrer ao Fundo de Emergência Municipal e a ultrapassar os seus limites de endividamento líquido e de endividamento de médio e longo prazos".
in:rba.pt
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