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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Nova associação quer trazer para o mundo rural o marketing e o agronegócio

O agronegócio reúne a cadeia que vai desde a produção até à comercialização. Para a recém-criada Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio, este conceito deve ser desenvolvido para revelar o «valor» económico e social que o sector traz ao país. A entidade quer juntar todos os intervenientes, criando massa crítica que permita também delinear acções de comunicação que «valorizem o mundo rural. Há já bons exemplos de marketing rural em produtos como queijos, vinhos, azeite».
O final do ano de 2013 assistiu à constituição de uma associação voltada para a promoção e valorização do território rural. Denomina-se Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio (APMRA) e tem como objectivo «contribuir para a promoção e desenvolvimento do Marketing Rural e do Agronegócio de Portugal».
A entidade nasce pela mão de Paulo Costa, um duriense que deixou uma vida profissional na grande cidade para regressar à região natal e empreender projectos inspirados nas potencialidades da terra. Numa viagem ao Brasil, Paulo conheceu a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (fundada em 1979) e percebeu que Portugal «não estava a trabalhar o mundo rural no seu todo».
«O que pretendemos com esta associação é desenvolver o conceito de agronegócio que vai muito além da produção agrícola. O agronegócio é toda a cadeia produtiva do sector agro. Inclui agricultura, mas também a investigação, tecnologia, distribuição e, claro, a comunicação. É uma cadeia agregada de valor», pormenoriza Paulo Costa, o presidente da APMRA.
A nova entidade considera que o agronegócio em Portugal está descurado e quer realizar encontros, estudos e formações para que o conjunto de todos os processos e operações relacionados com a agricultura, desde a produção até à comercialização dos produtos, ganhe escala e peso catapultando assim o mundo rural para um caminho de sustentabilidade e criação de riqueza.
«A associação posiciona-se como uma ferramenta de comunicação que pretende juntar os vários intervenientes de toda a cadeia produtiva e assim, juntos, demonstrar o valor que o mundo agro tem no contexto económico e social actual», detalha, ao Café Portugal, Paulo Costa.
O responsável comenta que «dizemos que o peso no Produto Interno Bruto (PIB) do sector agrícola ronda os 5%, mas aquilo que percepcionamos é que andará nos 35%, se considerarmos o agronegócio». Averiguar estes números é um dos primeiros passos a dar porque «falar em 35% tem mais peso». Deste modo, a APMRA acredita que despertará a atenção dos diversos intervenientes do agronegócio.
«Uma coisa é dizer que o PIB são 5%, outra é que contribui 35%. Isto vai despertar consciências. Para nos aproximarmos dos agentes do sector, iremos também organizar o congresso lusófono de marketing rural e agronegócio, em Setembro ou Outubro deste ano. Queremos juntar o mundo lusófono à volta do agronegócio porque exportar faz parte do agronegócio», assegura Paulo Costa.
A associação vai também empreender um estudo para conhecer o perfil do consumidor rural, saber o que compra, porque compra e como o faz. Dados que são relevantes na criação de estratégia de marketing. «É importante para quem entra no sector da produção e do agronegócio perceber como é que o seu cliente final procede à tomada de decisão. Iremos também realizar formações na área do marketing dos produtos rurais, focalizando em questões como conceber um bom produto rural através de um bom processo de comunicação. Elaboração de rótulos, de embalagens, como deve ser feita uma apresentação num folheto», acrescenta o interlocutor.
Paulo Costa sublinha que apesar de ser necessário ainda um longo trabalho, há já bons exemplos de marketing rural em produtos como queijos, vinhos, azeite que são já reconhecidos a nível internacional.
O presidente da APMRA considera que o caminho passa pela valorização dos produtos e pela união de esforços. Paulo Costa comenta que, no Brasil, este trabalho está já muito desenvolvido e tem passado por «um sector agregado que maximiza a utilização dos meios». Por outro lado, refere, «os profissionais de marketing encontram-se com regularidade para discutir problemáticas da comunicação e perceber como se pode chegar mais longe. Eles já perceberam que a comunicação para valorizar o produto e a qualidade da produção é fundamental para obter sucesso e, por isso, têm muitas campanhas, muitas conferências, publicações sobre esta temática».

Paulo Costa considera que o momento actual que o país vive é «o tempo certo para apostar no território».

Sara Pelicano
in:cafeportugal.net

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