O município de Alfândega da Fé quer acabar com a desigualdade de tratamento entre homens e mulheres.
Esta medida foi anunciada, ontem, pela presidente da câmara municipal, durante um workshop sobre a elaboração de Planos Municipais para a Igualdade de Género, o primeiro realizado no distrito de Bragança.
A presidente do município, Berta Nunes, assegura que esta alteração pretende acabar com desigualdades de género nos documentos oficiais e nas comunicações da autarquia. “Queremos implementar uma escrita mais respeitadora da igualdade de género. A forma como se escreve e como se fala é um espelho da desigualdade entre homens e mulheres e muitas vezes usamos o masculino para representar o género feminino e masculino”, explica Berta Nunes.
Outra das preocupações que vai merecer a atenção do município neste âmbito será a violência doméstica, que autarca considera ser “um flagelo social no nosso país muito grave. É muito importante trabalhar na prevenção, que se faz sensibilizando, chamando a atenção para o problema”. Esta questão será combatida através dos vários mecanismos criados a nível local como o gabinete de apoio à vítima ou campanhas de prevenção de violência no namoro ou contra idosos.
O workshop que contou com membros de outras autarquias, foi organizado em conjunto com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).
Rosa Oliveira, representante do organismo, explica que este plano municipal parte de um diagnóstico a várias áreas da autarquia que avalia o que pode ser melhorado na área da paridade.
Alfândega da Fé foi pioneira a nível distrital na implementação do Plano para a igualdade de género a nível Municipal e uma das primeiras autarquias a ter uma conselheira para a igualdade.
Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro também já elaboraram um plano que pretende melhorar as práticas sociais nos municípios.
Escrito por Brigantia
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