Este ano foi em Celas mas objectivo é que passe a ser rotativo e que para o ano seja numa das outras aldeias da freguesia. O certo é que as velhas foram serradas e as solteiras casadas.
Antes de serrar a velha, fazem-se os casamentos. Dois homens, colocados em lugares estratégicos da aldeia, se possível em pontos altos, vão casando as mulheres solteiras. Falam através de um embude, um funil de ferro utilizado para filtrar o vinho, e casam as raparigas, na maioria dos casos, com quem elas menos esperavam. Em verso, vão brincando com a vida de cada um dos noivos. Aos 55 anos, Zita Martins recorda os tempos em que ficava à espera de ouvir com quem a iam casar. “Era giro porque estávamos todas à espera a ver quem nos calhava. No dia seguinte, reuníamos-nos para ver quem nos tinha calhado. Normalmente, calhavam nos casamentos os rapazes de quem as raparigas não gostavam. Havia algumas raparigas que ficavam zangadas.
Acho bem que se volte a realizar esta tradição porque os jovens ainda não conheciam”, conta a habitante da aldeia.
A recuperação da tradição da “Serra da Velha” em Celas é o tema de uma reportagem alargada que pode ouvir na Brigantia, mais logo, depois das notícias das 5 da tarde e ler na edição desta semana do jornal NORDESTE.
Escrito por Brigantia
Obrigado por darem relevância e ajudarem a divulgar esta tradição. Em nome de todos os que participaram na organização desta pequena mas importante faceta cultural da nossa gente, um obrigado do fundo do coração. A nossa cultura é uma riqueza que ninguém nos pode roubar, e por enquanto ainda não paga imposto. Toca a desfrutá-la e expandi-la!
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