O que ontem era uma possibilidade, hoje é uma realidade.
A vespa da galha já foi detetada no concelho de Macedo de Cavalheiros. O primeiro foco foi encontrado na aldeia de Amendoeira, numa plantação nova e cuja proveniência das árvores será espanhola. Entretanto, haverá já outro caso confirmado em Podence, e mais vistorias a soutos estão previstas para os próximos dias.
Hoje, técnicos da DRAPN (Direçao Regional da Agriculta e Pescas do Norte) deslocaram-se aos locais para uma última confirmação, que foi positiva, depois de lhes ter chegado um gomo infetado. Juntam-se assim aos cerca de 20 confirmados nos concelhos com denominação DOP (Valpaços e Bragança), um número que tem tendência a aumentar, tendo em conta que todos os dias têm sido reportados mais potenciais ocorrências.
Maria Mesquita, diretora dos Serviços de Desenvolvimento Agro-alimentar e Licenciamento da DRAPN, diz que se estima haver 200 mil novos pés de castanheiro em Trás-os-Montes, todos plantados no último inverno. A brecha aberta no mercado pela queda italiana, pode estar a ser o motor para novos produtores de soutos, mas que nem sempre optam por árvores certificadas.
A luta biológica é a única eficaz no combate à vespa. Ainda assim, para este ano, não está prevista a largada do parasitóide importado de Itália, e Maria Mesquita explica porquê.
Recorde-se que, para já, o foco de infeção está concentrado em novas plantações ou replantações, cujas árvores sejam oriundas de Espanha ou França.
No final do mês, a vespa abandona a árvore infetada e está pronta a contaminar outras. A vespa do castanheiro apenas voa num raio de 8km, ou seja, a propagação apenas se dá se houver árvores infetadas nas imediações. Todas as vespas são fêmeas, por isso reproduzem-se sem necessitar de acasalar, e cada uma pode gerar 100 ovos. Já cada vespa parasitóide, que pode ser introduzida para o ano, coloca cerca de 70 ovos. Relembre-se ainda que não existe qualquer químico eficiente contra a vespa.
Declarações à margem de uma sessão de esclarecimento sobre a vespa, voltada essencialmente para os presidentes de junta e para as associações, organizada pela DRAPN. Estas sessões estão a percorrer a região e ontem aconteceu Macedo de Cavaleiros, onde foi dado a conhecer o primeiro caso da presença da vespa do castanheiro no concelho. Em menos de 24h, foi confirmado um segundo foco em Podence, cujas plantas têm origem semelhante, presumivelmente espanhola.
Escrito por ONDA LIVRE
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