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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Memórias Orais// António Rabaça

Este pescador cedo começou a aprender a arte da Pesca com o seu pai: “eu quando tinha cinco ou seis anos andava atrás do meu pai, de noite! A levantar as redes! Lá andava atrás dele! Uma ocasião fui eu mais o meu pai a levantar uma rede, era meia-noite, uma hora, tinha lá 60 lampreias, num laço!”
Com 91 anos o “Ti Rabaça”, como é conhecido em Freixo de Espada à Cinta, conheceu as águas do Douro como nenhum outro pescador da zona e sempre soube qual era o melhor peixe para pescar: “pescava o barbo, a boga, antigamente primeiro era a boga, era o escalo, robalo, o robalinho e era o barbo, e era a carpa, e também ainda agarrei quatro solhos, o maior botou 62 quilos, agarrei dois com 48, e agarrei um com 24 e esses é que eram grandes, carai, nem dá para acreditar! E era, pronto, era o peixe que agarrávamos aqui (...).
Adepto da pesca tradicional, “à rede” diz que nunca teve jeito para a pesca mais “moderna”: “à linha não me ajeito a pescar, é tudo com rede (...) nós aparelhávamos com corda e boias e chumbos e aquela história, e depois ficavam as redes prontinhas e lá íamos a pescar! Pescava mais de noite que de dia”.

Além de ter ensinado muita gente de Freixo a pescar ensinou também as melhores formas de cozinhar o peixe: “o pequenino é frito, tudo fritinho, e depois faz uma calda, com cebola e aquela coisa toda, e por fim vinagre…; (...) pode servir de muitas maneiras, pode servir peixe caldeirada, com o rabo na cabeça, o peixe pode ser guisado e depois no fim de guisar fazer uma calda e fazer umas migas de peixe; eu faço muitas vezes as migas de peixe. Tenho lá uma panela de 10 litros que muitas vezes não chegava, nas borgas! Cheia! (...)

Joana Vargas

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