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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Bragança-Miranda - Diocese tem dois novos sacerdotes e um diácono

Um dia de júbilo para a diocese de Bragança-Miranda que, desde domingo à tarde, tem dois novos sacerdotes no seu presbitério e um novo diácono.
As ordenações decorreram na catedral de Bragança, presididas pelo bispo D. José Cordeiro.
Na sua homilia, o prelado destacou a necessidade de os pastores “estarem próximos do seu próximo”.
“A parábola do Bom samaritano é iluminadora em toda a vida cristã e especialmente neste Ano Santo da Misericórdia. Este verdadeiro ícone do amor, mostra que a misericórdia não é um estilo de vida na Igreja, mas é o estilo do discípulo de Jesus Cristo. Ele próprio, sendo o narrador da parábola, põe-se na pele do samaritano e nos impele à ação de saída para fazer o bem: «então, vai e faz tu o mesmo».
Aqueles dois personagens da parábola mexem connosco – um sacerdote, um levita – olham mas não querem ver, passam ao lado com indiferença, como tantas vezes nós fazemos com o mais próximo que precisa de mim. O estrangeiro samaritano é que vê com os olhos do coração compassivo. O azeite e o vinho que se usa para curar as feridas são igualmente bálsamo da unção espiritual para um coração atento e generoso aos sofrimentos e as misérias dos irmãos, para sermos semelhantes a Cristo, o Bom Samaritano.
Ser próximo de quem precisa é também encontro com a Cruz florida da Páscoa de Cristo. O desejo de servir sempre e cada vez mais o Senhor e os irmãos faz-nos abraçar a cruz para sermos pastores próximos do próximo segundo o coração do Bom Pastor e do Bom Samaritano. Jesus Cristo não nos tira a cruz, faz-nos ver como se carrega, como simboliza a cruz da evangelização da Europa a partir da experiência das Jornadas Mundiais da Juventude e que neste Ano santo da Misericórdia acontecem em Cracóvia, a Diocese de S. João Paulo II, num «encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens»”, disse D. José Cordeiro, recém chegado a peregrinação diocesana a Roma e aos Lugares Santos.
Com a catedral cheia de fiéis que não quiseram perder mais um momento importante na história desta diocese, D. José Cordeiro alertou para “um tempo diferente” que se vive atualmente. “Estamos a viver uma mudança epocal que exige um maior discernimento a todos e a cada um. O ‘inverno demográfico’ que experimentamos nesta nossa amada Diocese é para nós uma oportunidade de mais proximidade, escuta e acolhimento de quem nos é próximo e não apenas de quem nos procura. Precisamos de ir à procura”, sublinhou.
Dirigindo-se aos novos sacerdotes, Bruno Dias e Ivo Fernandes e ao diácono Duarte Gonçalves, pediu que não se contentem “em celebrar a Liturgia das Horas e dos Sacramentos e sacramentais e a piedade popular, mas fazei cristãos católicos no anúncio e no testemunho de Deus-Amor”. “Hoje nasceis como Presbíteros e como Diácono, para uma configuração a Jesus Cristo ao serviço da Igreja nesta realidade eclesial que peregrina aqui em Bragança-Miranda na comunhão com toda a Igreja una, santa, católica e apostólica”, disse.
De uma forma mais abrangente, D. José Cordeiro falou a todo o presbitério da diocese, pedindo mais união entre os sacerdotes. “Já fazemos alguma experiência de comunhão nos retiros, nas assembleias, nos arciprestados, nas Unidades pastorais, nos vários organismos de participação na Diocese, nas peregrinações, na visita pastoral, mas não basta. Cada vez mais somos convocados a partilhar, a repensar e valorizar e a promover mais a união e a paz entre nós. Temos muita admiração e gratidão pelos sacerdotes e pelo bem que leles fazem. Há que prosseguir com determinação e exigência este discernimento na fé, que começa no Seminário. Os Padres não se improvisam. Eles são gerados na oração e crescem na Igreja, comunhão da família de famílias e sobretudo com o testemunho alegre dos Padres felizes em Cristo.
Um padre, para ser padre, anda tantos anos juntos no Seminário para aprender a viver sozinho? Cada vez mais o Seminário não pode ser uma carreira para chegar ao presbiterado. Queremos ser sacerdotes e levitas ou pastores segundo o coração de Jesus Cristo, o Bom Samaritano?
O Bispo é chamado a viver a sinodalidade com os Padres e os Padres com os Leigos. É necessário cada vez mais, passar da colaboração à corresponsabilidade no Conselho presbiteral, no Conselho pastoral diocesano, no Colégio dos consultores, no Conselho pastoral da Unidade Pastoral, nos vários serviços... o perigo do clericalismo não deixa crescer a comunidade cristã. Somos apenas sacerdotes e levitas ou pastores próximos do próximo, configurados a Cristo Jesus?
A formação permanente do Clero que começa com a ordenação não é uma simples atualização, mas sim uma atitude e acompanha toda a vida e a vida toda.
O Beato Papa Paulo VI, quando proclamou S. Bento, padroeiro principal da Europa, chamou-o: «Pacis nuntius, effector unitatis...» (mensageiro da paz, artesão da unidade). Como S. Bento, padroeiro da nossa Diocese, o mistério do nosso ministério seja mensageiro de paz e artesão de unidade”, concluiu D. José Cordeiro.

in:mdb.pt

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