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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Linha do Tua: Mudar o futuro é possível, com um novo plano nacional ferroviário, mas “tem que partir também dos autarcas” locais

Na recente passagem por Trás-os-Montes, Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, defendeu o investimento na ferrovia como sendo “estruturante para o país”, e aproveitou para lembrar que, até ao final do ano, o Governo tem que apresentar um novo plano nacional ferroviário.
Foto: Filipe Esperança
Filipe Esperança, coordenador do Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT), mostra-se confiante numa possível mudança. Mas lembra que a vontade de investir tem que partir não só do governo central, como também dos autarcas locais.

“Nós acreditamos que pode acontecer. Queremos acreditar, acima de tudo, que os autarcas e o Governo, estão a olhar de uma forma diferente para o transporte ferroviário.

Se olharmos para a tendência europeia, atualmente em países como França, Alemanha ou Espanha, já aqui ao lado, estão completamente à nossa frente. Investem imenso na ferrovia. Têm cidades com menos densidade população do que algumas das nossas, mas que são servidas pela ferrovia.

Queremos ver esse plano em funcionamento, queremos que ele seja implementado. Acreditamos nele. Mas, deixamos a mensagem que não pode só partir do Governo e das forças políticas, e também dos autarcas. Ou seja, quem está no terreno, quem está à frente das cidades, tem que ter a mentalidade aberta para aceitar o caminho de ferro e permitir o seu regresso.”

Alguma incerteza quanto ao que vai ser a mobilidade no Vale do Tua, recentemente concessionada a um privado, continua a preocupar o Movimento Cívico. A recente desclassificação do troço é, acrescenta Filipe Esperança, um “afastar de responsabilidades” por parte do Governo.

“Honestamente, estamos inseguros nestas questões que estão a rondar o Plano de Mobilidade do Vale do Tua. Primeiro, porque a Linha do Tua foi recentemente desclassificada, como sabemos e como já foi noticiado. Assumimos essa decisão como errada, pouco premeditada e injusta para com a região.

Já vimos desclassificar corredores ferroviários por não terem passageiros, condições ou serviços. Mas nunca vimos desclassificar uma linha pública nacional, que até vai voltar a ter serviço ferroviários, público e turístico. É neste enquadramento que está atualmente a Linha do Tua. E não conseguimos entender esta desclassificar imposto pelo Governo. Trata-se de um afastar de responsabilidades.

Neste momento, está tudo em aberto, mas estamos um pouco apreensivos.”

Catarina Martins defendeu, nas primeiras Jornadas Parlamentares do partido que decorreram na região, que é necessário “pensar nas pessoas” para mudar o ciclo da política em Portugal.

Filipe Esperança, que frisa o carácter apartidário do MCLT, congratula-se com o facto de o BE ter mostrado interesse por esta matéria, numa fase em que o “esquecimento político para com as acessibilidades” permanece.

“Aquilo que gostava de ver em 2017, pessoalmente e em nome do MCLT, era que as populações voltassem a ter um serviço público, de todos, e, de puder ser, moderno.

Continua a haver algum esquecimento para com a região, para com as pequenas acessibilidades. Não me estou a referir a autoestradas megalómanas nem a carreiras aéreas.  Estou a falar, sim, das pequenas ligações regionais, nas aldeias, que estão cada vez mais desertas, desde que os comboios partiram. Autocarros, há poucos ou nenhuns.

É muito importante o que fez o BE, e era muito bom que os outros partidos políticos seguissem o exemplo, olhando para a região desta forma. Ou seja, que olhassem para a região desta forma. Que pensassem no futuro, que a ferrovia pode ser uma possibilidade para esta gente mais isolada. Estas pequenas ligações regiões podem ser tão ou mais importantes do que uma autoestrada ou uma carreira aérea.”

Recorde-se que fará no final deste mês de novembro um ano que o Partido Ecologista os Verdes conseguiu aprovar, por maioria de esquerda, a proposta para a criação de um plano nacional ferroviário. Uma medida que tinha anteriormente sido chumbada no Governo de Pedro Passos Coelho.

Escrito por ONDA LIVRE

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