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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 4 de março de 2017

Pequeno-almoço em Miranda, almoço em Barcelona e jantar de novo em casa

O presidente da câmara de Miranda do Douro defende que o prolongamento do IC5 até Espanha, com ligação a Zamora, aproximará o Douro Superior do centro da Europa através da rede ferroviária espanhola de alta velocidade. E fez uma viagem da sua terra até Barcelona para provar que assim é.
No contexto transfronteiriço, os municípios do eixo do IC5 (entre Murça e Miranda do Douro) reclamam uma ligação com Espanha via Sayago, em direção a Zamora, para uma maior proximidade com os comboios de alta velocidade que chegam àquela cidade, estando mesmo a ser preparado um documento reivindicativo para entregar ao Governo português.

Para provar as vantagens de tal solução, o presidente da câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes de Miranda, levou a cabo uma viagem em que tomou o pequeno-almoço em Miranda do Douro, apanhou o comboio de alta velocidade em Zamora, passou por Madrid, almoçou em Barcelona e jantou de novo na sua terra natal, viajando sempre na rede de Alta Velocidade Espanhola (AVE). A agência Lusa acompanhou o autarca na viagem até Barcelona, a uma distância de pouco mais de cinco horas utilizando a rede AVE.

"Esta proximidade com o centro da Península Ibérica, através da linha da rede AVE, dá-nos um potencial promocional do nosso turismo e da nossa economia, através de uma porta de entrada na Europa que é Miranda do Douro", frisou o autarca do município que fica atualmente a cerca de uma hora de Zamora.

"A existência de uma estação de alta velocidade ferroviária na cidade de Zamora confere-nos uma maior proximidade a grandes cidades da Península ibéricas, tais como Madrid ou Barcelona", explicou.

Olhando para o mapa da rede AVE, o autarca português não duvida que a estação ferroviária de Zamora, a cerca de 56 quilómetros de Miranda do Douro, é a que está mais próxima do território português e a partir dela uma viagem até Madrid leva cerca uma hora e meia.

Acompanhado pela Lusa, o autarca saiu de Zamora às 08.50, tendo chegado à estação ferroviária de Chamartín, em Madrid, às 10:20 (hora espanhola).

Daqui, fez uma curta viagem de táxi com cerca de 10 minutos até à estação de Atocha, também em Madrid, de onde o comboio AVE saiu em direção a Barcelona às 11:30, tendo chegado à cidade catalã às 14:40, num percurso em que foi possível atingir velocidades na ordem dos 300 quilómetros por hora.

O bilhete em classe económica ficou por 69.60 euros por passageiro e por viagem.

"Nós estamos a cerca de cinco horas de viagem de automóvel de Lisboa. Fazemos o mesmo tempo até Barcelona, o que nos leva a concluir que o IC5 pode ser uma via estruturante no contexto do interior ibérico", observou o autarca Artur Nunes.

Para Manuel Gonzalez, um dos passageiros do comboio AVE que fazia a ligação Madrid - Zamora - Santiago de Compostela, esta ligação é muito boa tanto para portugueses como espanhóis para as deslocações a Madrid.

"Contudo, acho que os preços por viagem poderiam ser mais baixos", frisou o passageiro.

Por seu lado, a passageira Cármen Alvarez, disse que é defensora dos comboios tradicionais que faziam uma ligação de proximidade, mas admitiu que a alta velocidade serve bem para ligar as grandes cidades como Madrid ou Barcelona.

A 21 de fevereiro os municípios do sul do distrito de Bragança anunciaram pretenderem aproveitar as potencialidades rodoviárias do IC5 para a promoção turística do território e o escoamento dos produtos locais no mercado ibérico.

A presidente da câmara de Alfândega da Fé, concelho do sul do distrito de Bragança, disse então à Lusa que o IC5 chegou tarde e ainda não estão a ser aproveitadas todas as potencialidades desta via, algo que só acontecerá com a sua ligação a território espanhol.

"Os municípios do eixo IC5 terão de saber aproveitar a alta velocidade ferroviária que já está próxima da fronteira portuguesa, a pouca mais de 40 minutos de Miranda do Douro", enfatizou.

A criação de uma rede rodoviária de transportes de passageiros e de mercadorias entre os municípios raianos do Douro Internacional é outras das pretensões, uma trabalho que junta entidades portuguesas e espanholas.

Agência Lusa

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