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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A INFANTILIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Por Humberto Pinho da Silva
(colaborador do Memórias...e outras coisas)
Tinha um amigo – digo: “ tinha”, porque logo que viu que não lhe podia ser útil, sumiu, – cujo primogénito frequentava Escola de Ensino Superior.
Não havia motivo de me referir a ele, senão fosse o facto de falar com o filho em chilreios e figurarias, como se conversasse com menino!
Certa ocasião, encontrei-o radiante. Contou-me que tinha ido falar com o reitor (?!). Este, depois de haver consultado professores, disse-lhe: “ o “ menino” era bom aluno, mas podia ser melhor, se estudasse mais…”
Sei que há mãezinhas que vão acompanhar o filho, para matriculá-lo na Faculdade! …; e filhos, que uma vez obtido o diploma, fazem da casa paterna, hotel…
Não por necessidade, mas por comodismo. Ter cama, mesa e roupa lavada, de graça, sem preocupações, é o que buscam muitos da geração canguru.
Quando era menino e moço, sempre fui para a escola, a pé, e sozinho, a exemplo de muitos outros.
Agora vão de automóvel, desde a “Primária”, até à Universidade. A educadora do Jardim-de-infância, leva-os a conhecer a escola “ Primária”; e os finalistas da “ Primária”, vão, em cortejo, visitar o Liceu…
Os “ meninos” são, agora, superprotegidos. Tudo lhes é facilitado. Tudo lhes é feito para que não fiquem traumatizados.
Traumatizado, fica o professor, que, paralelamente com o desinteresse de muitos alunos, tem que suportar a má- educação, e constantes desrespeito, com paciência evangélica….Não vá ofender os “ meninos”…
Dizem que os jovens devem ter direitos, porque são “ adultos”. Podem e devem votar, mas… se prevaricam, são imputáveis! Os governantes, deste modo, são eleitos por irresponsáveis! …
Com vinte e poucos anos, ou menos, podem ser: advogados, juízes, professores, oficiais do exército, políticos, educadores… mas se o jovem (adulto) prevarica, logo desculpam: que é uma rapaziada ou raparigada…
Basta-lhe pedir desculpa…. E tudo fica resolvido.
- “ Já lhe pedi desculpa…” – dizia “jovem” paulista, a senhora que ofendera, com palavras e gestos.
Estamos a infantilizar a sociedade, devido à forma como se educa a juventude.
Depois… Depois, queixam-se que os jovens são violentos, desrespeitadores, indisciplinados.
De quem é a culpa?

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

1 comentário:

  1. Caro Humberto!

    Gostaria que fizesse contato.
    Gostaria de saber mais sobre o seu blog.
    Aceita um conto para publicação?

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