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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 27 de agosto de 2017

GEORGES DUSSAUD - A CIDADE E AS SERRAS no Centro de Fotografia Georges Dussaud

O acaso que, em 1980, trouxe Georges Dussaud (1944, Brou, França) a Trás-os-Montes, converter-se-ia, pela importância do lugar, na obra e nos afetos, num cíclico retorno.
Dussaud conhece bem a região que, ao longo dos últimos 37 anos, tem vido a ser o principal corpo de trabalho da sua obra, feita de incontáveis peregrinações por lugares, tempos e contextos muito distintos, na tentativa de sobre ela construir, a partir da fotografia, uma "radiografia profunda".

Dussaud regressa em abril de 2016 e em fevereiro de 2017, a convite do Município de Bragança, com o propósito de realizar um novo trabalho fotográfico: uma narrativa sobre a contemporaneidade desta região, sobretudo no que ela mantém de original e identitário.

O comércio, os rituais e os ofícios, os trabalhos agrícolas e o pastoreio, a paisagem e a arquitetura, as artes e a cultura, mas sobretudo as gentes, são alguns dos temas aqui tratados, sublinhando, ao mesmo tempo, a concertação que ainda se mantém entre a preservação das tradições serranas e as transformações impostas pela modernidade citadina, ideal tão aclamado no romance queirosiano.

Neste, como em tantos trabalhos anteriores, as suas imagens apontam, por isso, para um terreno aberto a todo o tipo de incursões, derivam das contingências do tempo e das oportunidades do momento, são feitas de acasos e de instantes aparentemente banais, irrelevantes, quotidianos e são, ao mesmo tempo, uma declaração do seu encantamento, dos seus encontros diretos e fraternos com as pessoas e os seus modos de vida.

A apropriação do título do romance de Eça de Queirós para esta exposição harmoniza-se, assim, com a proposta de uma pausada e apaixonante viagem pela cidade e algumas aldeias do concelho de Bragança, através de um corpo fragmentário e familiar de imagens, que Dussaud nos veio mostrar sob um novo olhar.

Curadoria: Jorge da Costa
Produção: Município de Bragança
Centro de Fotografia Georges Dussaud

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