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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

D. Domingas de Jesus Vaz

Primeira abadessa do Recolhimento do Loreto, em Bragança, fundado a 5 de Agosto de 1794 pelo bispo desta diocese D. António Luís da Veiga Cabral e Câmara; nasceu em Dine, concelho de Vinhais, a 31 de Agosto de 1764, filha de Francisco Vaz e de Isabel Afonso. Tornou-se notável pelas sobrenaturalidades e vida ascética sobrevindo nela os êxtases e estigmas das chagas de Cristo, que se lhe abriam nas mãos, pés, lado e face, como a S. Francisco de Assis, em determinados dias.
Acusada de ilusa e de fingimento no seu extraordinário proceder com o fim de iludir a boa fé do bispo fundador, foi presa à ordem da Inquisição, bem como a sua colega Maria de Jesus, também chamada Maria Manuela, primeira abadessa do Recolhimento da Mofreita, concelho de Vinhais, a 20 de Fevereiro de 1797, sendo transferidas para os cárceres inquisitoriais de Coimbra, condenadas por ilusas e fingidas e as sentenças lidas na Sé de Bragança e na igreja da Mofreita por ordem do Santo Ofício.
Estiveram alguns anos encerradas na prisão celular do castelo de Lisboa, sendo depois transferidas para um convento de religiosas de Coimbra, de onde, por último, foram chamadas para o palácio real por D. Carlota Joaquina, mulher de D. João VI, em 1822, que, conhecendo as suas grandes virtudes, se submeteu à direcção espiritual de Domingas de Jesus Vaz, nos braços da qual expirou em 1830, vindo também ela a morrer no mesmo palácio real (onde continuou a residir) com opinião de santidade, a 17 de Setembro de 1837 (937). Depois, a 20 de Maio de 1819, as religiosas deixaram o Recolhimento do Loreto e foram residir para Fornos de Ledra, onde se conservaram até à vinda da República em 1910, que extinguiu o instituto confiscando-lhe os bens.
O padre Bernardo Rodrigues de Sarzeda, capelão do Recolhimento do Loreto, escreveu a vida de Domingas de Jesus Vaz.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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