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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Sabão nas Memórias Arqueológico-Históricas

Na nossa monografia, falando da igreja pertencente ao extinto convento franciscano de Moncorvo, escrevemos: «Extintas as ordens religiosas e profanada a igreja do convento, estabeleceu-se nela uma saboaria dirigida por José Henriques Pinheiro, natural de Moncorvo, benemérito iniciador dos estudos arqueológicos em Bragança, em cujo liceu foi professor de francês, indo morrer a 7 de Outubro de 1904 na cidade do Porto, depois de aposentado.
A tradição desta indústria fabril em Moncorvo é antiga e, pelos anos de 1706, a fábrica do sabão mole, que nesta vila se obrava, dava provimento a muitos lugares desta província, à cidade do Porto, à província do Minho e cidade de Lamego.
Suponho que Pinheiro estivesse à frente desta exploração pelos anos de 1857 a 1863, data que mediou entre a conclusão do seu curso e o ingresso no magistério secundário no liceu de Guimarães, de onde depois foi transferido para o de Bragança.
O génio empreendedor de Pinheiro levou-o a montar nesta cidade uma fábrica de macarrão que cultivou enquanto aqui viveu, e pelos anos de 1884 uma outra de sabão que em 1888 vemos mencionada entre as treze que concorreram à exposição da Avenida, com a produção anual de seiscentos quilos ao preço de 140 réis por cada um».
Com a saída de Pinheiro, acabaram em Bragança as duas indústrias por ele fundadas.
Em intervalos mais ou menos longos tem-se fabricado sempre sabão em Moncorvo, e em 1911 fundou José Barrega em Carviçais, do mesmo concelho, a Fábrica Estrela para exploração dessa indústria, que nada produziu devido à falta de tino administrativo.Mais feliz promete ser a Fábrica Carviçaense, que lhe sucedeu, fundada na mesma localidade no ano seguinte por Raul de Carvalho, natural de Lisboa.
Preço do quilo, 140 réis; por arroba (quinze quilos), 2$250 réis. O sabão é de boa qualidade e tem muita procura. Emprega duas pessoas no fabrico e várias por fora.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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