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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Autarcas consideram impossível limpar terrenos em poucos meses

O presidente da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes e o autarca de Bragança não acreditam que seja possível fazer a limpeza de terrenos exigida pelo governo nos prazos estabelecidos.
Os responsáveis autárquicos dizem que não há meios humanos, técnicos e acima de tudo não há dinheiro para alcançar o ambicioso objectivo que pretende impedir que tragédias semelhantes às do ano passado em matéria de incêndios se repitam.

Para Artur Nunes, presidente da CIM e da câmara de Miranda do Douro, é “impossível até 15 Março limpar todo o país. Aquilo que não se fez em 40 ou 50 anos, é impossível fazer em 90 dias”.

Hernâni Dias, presidente do município de Bragança, considera mesmo que esta imposição do governo se trata de “uma forma de pressão” das autarquias, já que a punição pelo não cumprimento da limpeza, no caso dos municípios até Maio, é retirar 20% do valor das transferências correspondentes ao Fundo de Equilíbrio Financeiro.

O autarca social-democrata criticou o que considera ser a desresponsabilização do governo e entende que os municípios não conseguem suportar os custos da operação de limpeza.

“Entendo que nós não temos sequer condições para fazer este trabalho. No município de Bragança, já fizemos o levantamento dos montantes financeiros associados a esta questão, seja na gestão das faixas de combustível no perímetro de 50 metros em relação às habitações quer seja do perímetro das localidades, e para nós podermos fazer este trabalho, de acordo com as exigências legais, gastaríamos cerca de 4,5 milhões de euros”, destaca o presidente do oitavo maior município do país, com 1 173 km² de área e 39 freguesias.

Os moradores e os empresários têm até dia 15 de Março para limpar as faixas de segurança livres de vegetação nas florestas, em torno das estradas, casas, fábricas e linhas de energia. A partir desta data, se os terrenos não forem limpos devem ser as autarquias a assumir esse compromisso.

Para tirar dúvidas e esclarecer a população, a GNR está no terreno com acções de sensibilização, em particular até meados de Março. Foi o que aconteceu esta semana em Rebordelo, onde numa sala cheia mais de uma centena de pessoas quis saber o que precisa de fazer para estar dentro da lei.

O adjunto do comando de destacamento GNR de Bragança, alferes Edgar Mazeda, explica quais as principais dúvidas que as pessoas têm e quais os cuidados a ter.

“Até 15 de Março, devem ter cuidado e num redor de 50 metros das casas devem ter o combustível todo eliminado e ter uma faixa de contenção de combustível. A partir de 1 de Junho é proibido fazer qualquer queima ou queimada para salvaguardar todos os bens”, destacou.

No que diz respeito aos terrenos agrícolas não há imposições, mas o militar da GNR deixa a recomendação de que “é conveniente que qualquer terreno esteja limpo, temos o exemplo das produções de castanheiros e olivais que funcionam como excelentes zonas de tampão para a propagação de zonas florestais”.

Este ano as coimas duplicaram, para pessoa singular são de 280 a 10 mil euros e para pessoa colectiva variam entre os 800 euros e os 60 mil euros. 

Escrito por Brigantia

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