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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

COBRO - Freguesias do Concelho de Mirandela

COBRO Situa se num vale, encravada em pequenas elevações, para SO da sede de concelho e a cerca de 15 quilómetros de Mirandela. É uma freguesia que tem como orago S. Sebastião.
Sobre a origem do seu nome, há várias versões. Para uns, teria sido uma grande" cobra", espécie de Herpes, que lhe deu o nome, e por ali deverá ter existido ou passado. Para outros vem da "tira larga de toucinho que sai da barriga do porco", como Viterbo diz: "chama se Cobro ao fôro de certa porção de carne de porco paga pelos reguengueiros ao Senhor". Outros ainda, como o Abade Pedro A. Ferreira, dizem que "Cobro e Cobrosa são forrnas arcaicas de Sobro e Sobrosa ", e neste caso, terra de Sobreiros. Nas Inquirições de 1258 aparece com o nome de Colubro. Pertenceu ao extinto concelho de Lamas de Orelhão até à extinção deste em 31 12 1853, sendo um dos 21 lugares que faziam parte deste concelho, passando a seguir para o de Mirandela. Fez parte da Comarca de Torre de Moncorvo, mas em 1839 figurava na de Chaves, e em 1852 na de Mirandela. Foi uma Vigararia da apresentação do Convento de Santa Clara de Vila do Conde, e era sua donatária a Casa do Infantado. Era vigararia da apresentação do mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde.
Ficando em situação menos privilegiada para o seu desenvolvimento, `fora de mão" das grandes vias de comunicação e até municipais, e não tendo recursos que pudessem colmatar essa situação, o Cobro, como aldeia tem se despovoado muito, e hoje, restam meia dúzia de casas, uma pequena capela, o cemitério e a sua Igreja Matriz ao lado. Esta é uma Igreja grande, em contraste com o povoado, com muito granito à vista, e o adro rústico e pouco usado, com algumas árvores onde não falta o Sobreiro! A Fonte do Cobro é uma fonte de arco românico, cuja tradição dizia que era milagrosa para quem nela se banhasse quando estava com o "mal". Há uma pequena ponte de arco idêntico sobre um dos ribeiros que ali passam, ao começar a subir a encosta para Rego de Vide.
A população da freguesia de Cobro era de 338 pessoas em 1950, altura em que ali havia 5 lavradores/agricultores com grandes produções e 1 professora a leccionar. Mas em 1991 descera para 265 residentes, sendo apenas 248 em 2001, e, destes, 125 eram do sexo feminino. É no amanho dos seus áridos e agrestes terrenos, nalguma silvicultura, apicultura e também algum gado que as suas gentes vão teimando em ocupar o seu tempo e tirar o sustento da sua sobrevivência. Ainda vão produzindo cereais e azeite, e criando ovelhas, cabras, bois e vacas.
Rego de Vide é anexa da freguesia de Cobro, fica a cerca de 1,5 quilómetros, tendo desenvolvido com a deslocação natural do Cobro, pois a sua situação e os seus terrenos favorecem a subsistência. Situa se ao longo de uma íngreme encosta, com as habitações prolongando se até à parte mais alta, onde está a Capela e o Largo com boas frondosas árvores e flores. Nos tempos dominicais ou de dia Santo, costumam reunir se no Largo da Capela, ou vão até à estrada ou ainda até ao Cobro de baixo junto à Igreja.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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