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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

"4 meses a rebentar pelas culturas" em Alfândega da Fé

Festa da Cereja, Festival PAN, Extensão da Bienal de Cerveira e Festival Sete Sóis Sete Luas serão os 4 eventos que animarão o verão alfandeguense durante 4 meses, transformando a vila num autêntico pólo cultural em pleno coração do Nordeste Transmontano.
No âmbito das comemorações do Feriado Municipal que se assinalou a 8 de maio, o Município de Alfândega da Fé inaugurou a exposição “Quando as periferias são centros: a indústria de tecelagem e das sedas”. Uma iniciativa que teve lugar às 15h30 na Galeria Manuel Cunha da Casa da Cultura Mestre José Rodrigues e que irá estar patente até ao dia 29 de junho.

Trata-se de uma exposição documental e etnográfica que explica a história da sericultura e da indústria da seda em Trás-os-Montes e que serviu de mote para se falar sobre a importância que a cultura da seda teve, outrora, no concelho alfandeguense. A abertura da exposição contou com as intervenções da presidente da Câmara Municipal, Berta Nunes, do historiador alfandeguense, Francisco José Lopes, e da diretora do Museu do Abade de Baçal, Ana Afonso, que no final fez uma visita guiada a todos os presentes.

Logo após a exposição e aproveitando a presença da comunicação social, no dia em que se celebrou a municipalidade, o executivo liderado por Berta Nunes procedeu ao lançamento da iniciativa "4 meses a rebentar pelas culturas". São quatro eventos, a Festa da Cereja, o Festival Transfronteiriço de Poesia, Património e arte de vanguarda em Meio Rural (PAN), a Extensão da Bienal de Cerveira e o Festival Sete Sóis Sete Luas, ao longo de quatro meses de um verão que promete trazer a Alfândega da Fé milhares de pessoas para aquele que será um autêntico pólo cultural e social em pleno coração do Nordeste Transmontano.

O Feriado Municipal celebrou-se pelo terceiro ano consecutivo a 8 de maio, data que se assinala a atribuição da Carta de Foral pelo Rei D. Dinis, em 1294, ao concelho de Alfândega da Fé.

“Alfândega da Fé é um município que, desde sempre, tem investido significativamente na cultura porque, apesar das nossas dificuldades e sabemos que os municípios pequenos têm poucos recursos, a cultura para nós foi sempre uma área muito importante", começou por declarar a autarca alfandeguense à comunicação social. "Temos aqui a Festa da Cereja, dos produtos locais, para um público muito diversificado, que é a nossa festa mais importante pois é uma montra do nosso concelho e daquilo que de melhor temos para oferecer, quer em termos de produção, quer até em termos culturais", continuou Berta Nunes, destacando que a "cereja é o maior fator de atração, até porque só temos cereja dois meses por ano". Apesar da seca que assolou o território nacional nos últimos tempos, a edil assegura que "estamos a contar que haja bastante cereja, de qualidade, embora um pouco mais tardiamente”. De recordar que a Festa da Cereja acontece, este ano, em Alfândega da Fé, a 8, 9 e 10 de junho.

Seguir-se-á o Festival Transfronteiriço de Poesia, Património e arte de vanguarda em Meio Rural (PAN), a 6, 7 e 8 de julho. “Estamos a falar de um festival de poesia e arte na natureza em que uma das questões importantes não é só trazer arte de vanguarda, mas é também fazer as pessoas da aldeia participarem no festival”, revelou Berta Nunes, para quem este evento será o reacender da cooperação ibérica. “Este festival é também o reatar das nossas relações com o outro lado da fronteira”, declarou a edil alfandeguense, reconhecendo que “nós durante muito tempo por causa das fronteiras estivemos de costas voltadas e hoje, cada vez mais, até porque estamos na Europa, até porque para o nosso desenvolvimento também é importante essa abertura, nós estamos a trabalhar essa cooperação com este festival ibérico que terá lugar em Espanha, mais precisamente em Morille, Salamanca e Vilarelhos, uma aldeia de Alfândega da Fé”.

Fique atento ao Diário de Trás-os-Montes para notícias, reportagens, vídeos e fotografias de cobertura dos quatro eventos que dominarão o cenário alfandeguense de junho a setembro…

Já em agosto, decorrerá o terceiro evento. Será no dia 11 que uma extensão da Bienal de Cerveira aportará pela primeira vez no concelho alfandeguense. “Sendo certo que nasceu em Angola, o Mestre José Rodrigues tem raízes em Alfândega da Fé, onde ele viveu parte da sua adolescência, onde estudou e onde tem família”, começou por contar a edil alfandeguense, recordando que “ele próprio disse em várias ocasiões que a sua arte tinha sido muito inspirada, sobretudo, a parte religiosa, pelos anos que viveu em Alfândega. “Ele fez, por exemplo, várias obras que têm que ver com S. Sebastião que é o patrono da nossa vila e em honra de quem se faz a festa no verão e, por isso, nós estamos a desenvolver vários eventos ligados a este artista que, infelizmente, já faleceu, que é o Mestre José Rodrigues e queremos, também, não deixar esquecer as suas ligações a Alfândega da Fé”, antecipou Berta Nunes, que beneficiou do momento para revelar a “intenção de, na segunda fase da reabilitação urbana, recuperar um edifício onde viveu o arcebispo bracarense José de Moura”. “ Essa casa que era de particulares, da família, nós já a comprámos e vamos recuperá-la para um museu onde teremos uma sala com as obras do Mestre José Rodrigues que ou ele doou ou a câmara adquiriu ao longo destes anos e que irão estar lá em exposição permanente”, confidenciou a autarca, ciente da importância do Mestre para a história, promoção e valorização da história e da cultura do concelho que representa.  

A iniciativa “4 meses a rebentar pelas culturas" só terminará no mês seguinte com o decorrer do Festival Sete Sóis Sete Luas que, este ano, acontecerá entre os dias 7 e 14 de setembro. “Já é o oitavo ano que este festival é apresentado aqui em Alfândega da Fé, nós fazemos parte de uma rede de festivais que não tem só música, mas tem também gastronomia e outros tipos de arte e que serve não só para trazer cá música de outros países do mediterrâneo e da lusofonia, mas também para divulgar Alfândega da Fé”, frisou
Berta Nunes que aproveita este e outros eventos enquanto autarca para projetar não só os produtos da terra além-fronteiras como, também, tudo o que faça parte do património cultural e paisagístico identitário de Alfândega da Fé. “Contamos, assim, aumentar a notoriedade do nosso concelho ao mesmo tempo que trazemos aqui, não só para as pessoas de Alfândega, mas de todo o distrito e de territórios vizinhos, espetáculos de qualidade e vamos continuar a fazê-lo no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas”, assevera Berta Nunes, garantindo que razões não irão faltar para quem queira visitar o concelho e convidando todos aqueles que queiram vir conhecer a “beleza ancestral” do município a que preside.

Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com

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