Silvana Maria Fernandes |
Sr.ª Dona Silvana Maria Fernandes, 74 anos, vive em Bragança. Foi criada com uma Avó pobre. Foi cozinheira no Porto, chamavam-na para cozinhar nas festas. A Avó fazia tudo na sertã, também fazia licor de morango. Toda a gente trabalhava muito e bebia muito. A minha Mãe bebia um litro de vinho ao almoço. As mulheres trabalhavam no campo e em casa.
Os homens ficavam à espera do caldo.
Salsa, alho e pimento não dão alimento.
No caldo muito gorduroso põe-se uma folha de hortelã.
No dia do casamento comeu massa com carne. O arroz só se usava em dias de festa.
O polvo chegava em cestos, seco, demolhava-se. Secava as uvas em pregos nas vigas do telhado, que não era forrado.
Faziam-se milhos doces. A folhagem do milho servia para travesseiros, colchões e almofadas de banco.
Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança
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