Foto: Mensageiro de Bragança |
"Só com estas medidas se pode combater a saída de jovens licenciados no Instituto Politécnico de Bragança, o que retira ativos de valor acrescido à região, exemplificou.
A dirigente defende, ainda, que este tipo de incentivos deve ser alargado às empresas inovadoras já existentes no território.
Durante as comemorações do 1.º de Maio, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu a redução do IRC à taxa de 0% durante um período inicial de três anos, para garantir a atração de empresas para o Interior.
Uma medida que, segundo Carlos Silva, teria como contrapartida a criação de empregos e a contratação ser feita sem termo.
"Seria uma boa medida, mas a isenção teria que ser permanente ou, pelo menos, proporcional ao atraso da região. Temos que apurar quantos anos a nossa região está atrasada em relação ao resto do país e se forem, por exemplo, 15 anos, então as medidas devem vigorar por 15 anos", frisou.
Por seu lado, o presidente da Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro (ACIMD), César João, disse à Lusa que concorda com a redução da taxa de IRC nos três primeiros anos das empresas para 0%.
"No entanto, esta medida tem efeito nulo, ou quase nulo, uma vez que as empresas nos primeiros anos de vida têm resultados negativos, logo estamos a falar de zero incentivos", vincou o dirigente raiano.
Para César João, os incentivos para atrair empresas para o Interior têm de ser equacionados de uma forma mais vasta e abrangente, defendendo que não precisa de "benesses fiscais" para se desenvolver, "só precisa do que é dele por direito".
"Assim, é preciso dar ao interior os fundos estruturais que são nossos, não obstaculizem os licenciamentos, agilizem os financiamentos e, dentro de alguns anos, está o Interior a puxar pelo resto do país. Lembro que o Interior esta mais próximo da Europa que o resto do país", concluiu o também empresário.
Agência Lusa
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