“O Plano Nacional para as Demências iria ajudar a colmatar muitas das falhas que existem, quando é planeado o orçamento de Estado não há nenhuma verba destinada para as demências, o que faz com que as instituições que trabalham nesta área não tenham apoios para a formação, os cuidadores familiares também pouco apoio vão tendo. Também falamos da importância do estatuto do cuidador, por isso vai haver várias iniciativas a nível nacional que procuram incentivar a própria comunidade, para proteger melhor os cuidadores”, referiu.
A iniciativa, que decorreu pela primeira vez em Mirandela, pretende esclarecer dúvidas acerca do Alzheimer e outras demências. “O objectivo é através da colaboração dos municípios e de equipas de voluntários sensibilizar a comunidade para a temática das demências. Falámos sobre o que é a doença de Alzheimer, sinais de alerta, como é feito o diagnóstico, é um ponto de encontro para pessoas com problemas de memória, com diagnóstico de demência e para cuidadores”, referiu.
O gabinete de Alzheimer de Mirandela existe desde 2014 e tem como objectivo passar a ter um estatuto de associação, como explica Marisa Fernandes, a responsável desta valência. “Temos uma relação muito estreita com neurologia e os cuidados de saúde primária e damos apoio ao cuidador no que vai acontecendo de dependência na vida das pessoas. Neste momento só conseguimos trabalhar com voluntário, é uma necessidade próxima criar uma associação e tornarmo-nos uma entidade porque as solicitações são muitas, as necessidades existem no distrito”, afirmou.
Sendo a única valência do género no distrito, apoia muitos cuidadores. “Neste momento temos muitos inscritos, muitos cuidadores que são as pessoas que essencialmente ajudamos, quer em encaminhamento quer no grupo de apoio, temos cerca de 100 inscritos”, adiantou.
O café memória deverá voltar a realizar-se no futuro em Mirandela promovido pelo gabinete de Alzheimer.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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