O presidente da associação Grupo de Caretos de Podence está confiante que a candidatura destes mascarados a Património da Humanidade, entregue à UNESCO, em Março do ano passado, vai ser aprovada.
António Carneiro diz que o processo está bem encaminhado para que, no próximo mês de Dezembro, quando forem ao comité da UNESCO, poder sair “fumo branco para a festa dos caretos de Podence”.
Declarações à margem das Jornadas Culturais, em Podence, no concelho de Macedo de Cavaleiros, que serviram para perceber porque se fazem estas festas associadas a rituais e tradições transmontanas. Para o presidente tem havido uma crescente massificação destes eventos. “a massificação pode tirar alguma autenticidade mas estamos cá para preservar isso. Há um plano de salvaguarda que temos de manter e se chegar uma altura que não podemos deixar entrar toda a gente temos de o fazer porque há regras”.
Roberto Afonso, um dos oradores destas jornadas, afirma que a massificação que as festas estão a assumir não é obrigatoriamente negativa. “Há muitas festas que, atendendo à dimensão que estão a assumir, podemos considerar que estão a ser massificadas, mas não quer dizer que tenha algo de negativo. Poderá, em termos do que era a festa noutros tempos, perder alguma da originalidade que havia em que apenas a aldeia a vivia mas poderá ser visto outro lado, um aspecto mais positivo, que tem a ver com o retorno económico”. Roberto Afonso ressalva a importância em “mostrar ao mundo” estas manifestações pois existiam algumas que foram desaparecendo e “está a haver o cuidado de as investigar e descobrir”.
As jornadas foram organizadas pela Fundação Inatel e pela Progestur. O presidente desta última entidade, Hélder Ferreira, ressalva que “a tradição só se mantém enquanto a comunidade tira proveito dessa tradição” por isso a massificação “faz parte da evolução e as festas vão evoluir nesse sentido”. Frisa ainda que “as festas hoje em dia não têm as mesmas razões da sua origem” sendo que algumas acontecem por “questões lúdicas e económicas, ou apenas por tradição” mas é “muito importante” que as pessoas tomem consciência desta “riqueza”.
Esta foi a segunda sessão de debates, sendo que a primeira foi em Sendim, em Miranda do Douro. O objectivo é abordar o presente desta cultura tradicional, perceber o valor que tem para as comunidades e, ao mesmo tempo, preservar a sua identidade.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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