O primeiro processo de avaliação do geoparque de Macedo de Cavaleiros, cujo resultado é agora conhecido, começou o ano passado e repete-se de quatro em quatro anos.
Para Benjamim Rodrigues, autarca macedense, esta é a prova de o trabalho tem sido bem feito:
“Isto confirma que estamos a trabalhar bem e que os nossos esforços traduzem-se nos bons resultados.
Com cerca de quatro dezenas de geosítios que temos no nosso geoparque, todos que os avaliadores visitaram têm excelentes condições de acessibilidade e limpeza.
O município só pode estar orgulhoso do trabalho que temos desenvolvido. “
Uma chancela que para ser mantida exige um trabalho contínuo, como explica o presidente:
“Temos que manter as acessibilidades, ter informações e sinalética,contar o envolvimento das populações locais, como é exemplo o caso da tia Maria Luísa (de Lagoa) que ainda produz pão de forma artesanal, ensina as pessoas como amassar e fabricar o pão, e conta histórias às pessoas. Temos de manter as condições dos trajectos que nos levam até aos geosítios e contamos ainda com os nossos técnicos, que têm capacidade e competência para guiar, referenciar e informar os visitantes sobre as características dos geosítios, entre outros pormenores.”
De forma a criar um maior envolvimento da comunidade local, neste caso a estudantil, foi criada em Macedo de Cavaleiros uma disciplina, única no país, referente aos geoparques.
Faz parte do programa curricular do 8º ano e que dá aos alunos a perceção do que é este parque geológico e como é gerido:
“Estas aulas permitem que os alunos tenham conhecimento do que é o geoparque. É também lecionada a riqueza geológica que o geoparque de Macedo de Cavaleiros tem, que é provavelmente o parque geológico mais rico do país. Além disso, estas aulas possibilitam que os alunos tenham conhecimento que um geoparque também envolve as populações locais, os produtos endógenos, a natureza, a biodiversidade, etnografia, o turismo, ou seja, toda uma série de parâmetros que tornam a nossa região única e mais rica.”
Segundo o autarca, o Geopark Terras de Cavaleiros, que agora mantém o selo da UNESCO durante pelo menos mais quatro anos, tem recebido um número de visitas crescente, de grupos nacionais e internacionais, alguns deles universitários, que quase em todos os fins-de-semana visitam o território.
Escrito por ONDA LIVRE
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