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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

José de Sousa Caldas – Conselheiro Abílio Beça (1929)

Conselheiro Abílio Beça (1929).
Autoria: José de Sousa Caldas
José Fernandes de Sousa Caldas (1894-1965)893 foi um dos escultores que pertenceu à plêiade de artistas que tornaram famosa a escola do Porto. Nascido em Vila Nova de Gaia, filho de um escultor de arte sacra, José Fernandes Caldas, e tendo como padrinho o mestre José Joaquim Teixeira Lopes, cedo demonstrou a sua vocação. Depois de concluir o curso de Escultura na Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi discípulo de Teixeira Lopes e de Marques de Oliveira, dois nomes cimeiros na arte da escultura e da pintura, José de Sousa Caldas dedicou-se à atividade docente a partir de 1922 (Escola Industrial Infante D. Henrique, Escola Industrial Passos Manuel e Escola Industrial Faria de Guimarães), tendo igualmente ocupado cargos oficiais ligados à sua formação pedagógica.
Relativamente à sua produção escultórica, muito apreciada pela qualidade estética e pela sensibilidade no tratamento dos temas, Sousa Caldas viu reconhecido o seu trabalho, sendo de destacar a 1.ª medalha em Escultura, conferida pela Sociedade Nacional de Belas-Artes, e o prémio Teixeira Lopes, do Secretariado Nacional da Informação (Porto – Exposição de Arte Moderna, 1947). Da sua extensa obra, destacam-se: em Aveiro, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra; no Porto, e em colaboração com Henrique Moreira, as escul turas do Monumento da Guerra Peninsular, pertencendo-lhe o grupo escultórico do remate, o leão e a águia; e, em Bragança, os monumentos ao Conselheiro Abílio Beça e ao Abade de Baçal.
Inaugurado em 1 de dezembro de 1929, o monumento em homenagem ao Conselheiro Abílio Beça (1856-1910) representa a figura daquele que, nas palavras do Abade de Baçal, foi um dos mais notáveis filhos de Bragança.
Nascido em Vinhais, e formado em Direito (1880) em Coimbra, destacamos na sua distinta biografia, a sua eleição como presidente da Comissão Distrital (1893) e como deputado (1894). Eleito Presidente da Câmara de Bragança em 1896 (cargo que não assumiu, por motivos de incompatibilidade), ingressou na Câmara dos Deputados nesse mesmo ano. Três anos depois, em 1899, foi pela terceira vez eleito deputado, fazendo parte da oposição na época. Nomeado Governador Civil de Bra gança em 1900, assumiu o cargo de conselheiro, em 1901. A sua atuação marcouse sempre pela defesa dos interesses da sua terra, ficando o seu nome ligado à linha do Tua, cuja extensão até à Cidade era por ele considerada vital para o desenvolvimento da região.
O monumento da autoria de José de Sousa Caldas em homenagem ao conselheiro Abílio Beça faz jus, pela sua dignidade, austeridade e altivez, à personalidade do ilustre político.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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