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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

"Queremos, por exemplo, cortar uma árvore e não nos deixam" disse um habitante do Parque de Montesinho

Assinalam-se hoje os 40 anos da criação do Parque Natural de Montesinho.
As pessoas que residem na área abrangida têm vindo, desde há muito, a manifestar-se contra a forma como é gerida a área protegida. Na aldeia de Aveleda, em Bragança, a população está revoltada pela acumulação de areia no rio.

“O Parque Natural de Montesinho está a implicar, não deixa fazer aqui represa, temos areia que nos enche o leito do rio. Quando é Inverno, o leito sobe e vai a água para as casas e não deixam tirar a areia nem deixam limpar nada. Queremos, por exemplo, cortar uma árvore e não nos deixam. Antes não era assim”, referiu Manuel Cardoso, habitante de Aveleda.

José Torrão vive em Varge, concelho de Bragança, e acredita que os terrenos devem ser limpos, porque só dessa forma a natureza é conservada. Porém, já foi multado por ter limpado a sua propriedade.

“Eu fui multado porque limpei o meu terreno. Eles é que deviam vir ver agora, se vale a pena limpar ou não vale a pena limpar. Fui multado com 2821€ e depois mais 100€ para os papeis deles e depois fizeram fazer-me o levantamento da terra, paguei mais 300€ e aquilo resolveu-se em 3000 e tal euros”, explicou.

Amílcar Lourenço, de Rabal, Bragança, já sabe as normas do parque e, por isso, tira as licenças sempre que precisa de cortar árvores perto do rio. Ainda assim, defende que antes da existência do parque as pessoas sabiam preservar a flora da região.

“Torna-se mais difícil, porque antes era à vontade do cidadão. Eu já cortei (árvores) e tenho tirado licença e, às vezes, tem que se esperar algum tempo. Ultimamente nem me parece que tem havido mais pressão, eles apenas querem que a gente tire a licença. Antigamente ninguém controlava e as árvores estão lá, já centenárias, já vinham dos nossos pais”, disse.

Os autarcas de Bragança e Vinhais, concelhos que integrantes do Parque de Montesinho, também já por várias se tinham mostrado contra a gestão feita pelo ICNF da área protegida.

A cerimónia de celebração dos 40 anos da criação do Parque Natural de Montesinho acontece hoje em Bragança com a presença da secretária de Estado do ordenamento do Território, que se deslocará ainda a Vinhais.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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