O mercado rural tem como objectivo dinamizar a economia local, através do escoamento de vários produtos de época, e impulsionar o negócio dos pequenos produtores. A iniciativa é promovida pela junta de freguesia em parceria com a Amartes.
“Nós já fazíamos o Cachico- Mercado Rural em Vimioso, fizemo-lo dois anos seguidos, e achamos que devíamos centralizá-lo e viemos até Carção. Tornou-se muito mais rural, muito mais tradicional, levantaram-se tradições, mantiveram-se outras e está a correr muito bem. Nós não queremos uma feira grande, queremos uma feira que tenha um bocadinho de tudo e vá ao encontro do artesão, ou seja, nós queremos mais artesões da localidade, Carção, do que propriamente de fora”, contou Marinela Gabriel, da associação Amartes.
Para Helena Martins, uma das produtoras que esteve nesta edição, o Cachico serve para mostrar o que é produzido na localidade.
“Costumam vir alguns turistas e caçadores, porque vêm as montarias do javali”, acrescentou.
Já Fernando Domingues, também produtor, tendo estado presente em todas as edições, diz que tem vindo mais gente ainda que o negócio não seja assim tão significativo.
“O cachico utilizava-se aqui. Era um cachico de pão, um cachico de carne, um cachico de qualquer coisa”, explicou o produtor.
Daniel Ramos, presidente da junta de freguesia de Carção, garante que a ruralidade deste mercado serve para homenagear a terra.
“Ao valorizarmos as nossas memórias, enquanto mercado rural, e a ruralidade dos produtos aqui apresentados estamos a valorizar o nosso território e é que se pretende nesta feira. A valorização das gentes, do património, dos bons costumes e da boa relação de amizade e partilha que de outra forma não ia acontecer”, sublinhou o autarca.
O Cachico decorreu em Carção ao longo do fim-de-semana. Além da venda dos produtos locais houve, por exemplo, a actuação de ranchos folclóricos, uma montaria ao javali e a caminhada “O Judaísmo em Carção”.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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