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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
A Última Afronta
Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
O homem acordou, cheio de dores em todo o corpo e apercebeu-se do braço engessado. Lembrava-se vagamente da ambulância e do aparato na entrada das urgências. Apalpou o volumoso penso que tinha numa das orelhas e grunhiu uma praga.
Gemendo, sentou-se na cama e olhou em volta; havia mais três leitos, cujos ocupantes dormiam a sono solto. Um deles ressonava ruidosamente.
Queixoso, pousou os pés no chão e calçou os chinelos que estavam ao lado do leito. Era um homem de compleição forte, quase gordo, de sessenta e um anos, mas com a cabeça coberta por uma farta cabeleira branca. Caminhou ao longo da cama, apropriou-se da canadiana do vizinho e cutucou-o rudemente com ela, para que parasse os roncos. Depois, apoiado no objeto roubado com o braço são, dirigiu-se para o corredor, para responder à urgente vontade de urinar.
Caminhava com dificuldade, apoiado na canadiana, ao longo do corredor do hospital, quando, atrás dele, saída das sombras em passo apressado, avançou uma mulher, aproximadamente da mesma idade. Também tinha hematomas no rosto, a cabeça ligada e dois dedos de uma mão com talas.
Assim que o homem chegou à porta do WC, apercebeu-se da presença da mulher e fez uma expressão de terror, quando ela lhe lançou o cotovelo sob o queixo e premiu-lhe a laringe sem piedade. Entraram ambos de rompante pelas instalações sanitárias, sem que ele conseguisse soltar um gemido.
Lá dentro, ele bateu com a cabeça na parede com força. Com o pé, ela empurrou a porta para que não fossem vistos do exterior e começou a socá-lo com toda a força, enquanto ele tentava proteger o rosto, sem sucesso. Lutaram pela canadiana e quando ele soltou um grunhido, pela garganta magoada ela principiou a dar-lhe joelhadas nos genitais, até que ele se vergou. Agarrou-o pela gola do pijama e puxou-o com toda a força, com a cabeça contra o ferro de apoio, ao lado da sanita e o homem caiu desacordado.
Ofegante, olhos desvairados de fúria, ela espreitou para o exterior, verificando se os ruídos não tinham chamado a atenção de ninguém. Em seguida, ajoelhou-se sobre o peito do homem e tapou-lhe o rosto com a toalha, pressionando sobre o nariz e a boca. Ao fim de uns segundos, ele começou a debater-se, mas ela conseguiu mantê-lo imobilizado o tempo suficiente, até que parasse de se mexer.
Saiu das instalações sanitárias, a transpirar, cabelo desalinhado e em passo rápido, para voltar à ala que lhe competia.
Para saber quem eram estas duas pessoas e qual a animosidade que movia a mulher, para uma atitude tão violenta, teremos de recuar ao dia anterior.
***
Gabriela era uma mulher geniosa, ectomórfica, a rondar os sessenta anos. O seu rosto, de linhas finas, prematuramente envelhecido, deixava as pessoas surpreendidas, com o contraste da agilidade com que se movia. Naquela manhã, estava corada e os seus olhos soltavam chispas, quando chegou ofegante à porta da casa de Daniel, o seu ex-marido. Com o punho fechado, bateu fortemente por várias vezes, gritando o nome daquele que, em tempos, partilhara a vida com ela.
Daniel vivia desafogadamente, como se podia atestar pela moradia, numa zona cara da cidade e a ocupar uns bons metros quadrados de terreno caríssimo. Reformado da direção de uma empresa pública, a pensão era suficientemente generosa para não lhe faltar nada.
— Gabriela?!? — Perguntou ele, surpreendido, no seu fato de treino de andar por casa, bem recheado de carnes. — Que se passa?
— Que se passa, seu monstro? — Ela cuspiu a pergunta. — Que se passou, seu porco! Que aconteceu debaixo dos meus olhos?
— Espera! — Ele tentou acalmá-la. — Entra e sossega, explica-me tudo, mas cá dentro.
— Não queres escândalo, é? — A mulher mantinha o tom de voz alto. — Tens medo de que os teus vizinhos saibam o filho da p** que tu és? — Ato contínuo, tentou esmurrá-lo no rosto.
Ele agarrou-a pelos pulsos e puxou-a para dentro de casa, enquanto fechava a porta com o pé. Estavam num pequeno átrio de entrada, ao cimo de umas escadas que desciam para uma elegante sala de estar.
— Acalma-te! — Gritou-lhe, sacudindo-a. — Que diabo! Que te aconteceu, julgava que estava livre das tuas fúrias!
— Estive hoje ao telefone com a minha filha! — Ela começou, enquanto lhe ia dando estaladas, que ele nem sempre conseguia evitar. — Com a NOSSA Alice, seu cabrão! — Continuava a espancá-lo. — Ela contou-me porque tinha tanta pressa em ir para Londres! Está a divorciar-se agora do marido, por não consegue, nunca conseguiu ter relações normais com ele, por tua causa!
— Que te contou ela? — Ele defendia-se como podia. — A Alice é uma mentirosa, já sabes!
— Não! Mentiroso és tu! És um demónio, um monstro! Ela tinha medo de ti e eu não percebia porquê, pois parecias tão carinhoso! — Gabriela chorava e os tabefes transformavam-se em murros bem direcionados. — Quando te deixei, nunca teria imaginado que essa tua cabeça porca, esses teus olhos lúbricos e nojentos se haveriam de pousar na tua própria filha! Julgava que as porcarias que viviam nessa mente tortuosa e doente estavam-me destinadas, como castigo de algo mau que pudesse ter feito, não para uma criança inocente! Porco, cabrão, filho da p**!
— E que querias, sua vaca anorética e histérica? — A atitude dele mudou radicalmente, enquanto devolvia os golpes dela com violência. — Desde que ela nasceu, só tinhas olhos para ela! Desprezavas-me e já não querias fazer as coisas, que gostavas tanto de fazer comigo!
— Gostava de fazer?!? — Gabriela agarrou-se como pôde à farta cabeleira alva e sacudiu-o. Por instantes ficaram um em frente ao outro, como que a decidir o que fazer a seguir. — Eu amava-te, seu cabrão pedófilo! Sujeitava-me porque te amava, mas depois comecei a odiar tudo aquilo que me fazias! Não era natural as coisas humilhantes que me obrigavas a fazer e eu só soube isso quando conheci um homem a sério e não um frouxo, que só se conseguia excitar causando dor e sofrimento.
Daniel acertou-lhe um soco violento que a atirou contra uma credencia e derrubou a jarra e vários objetos de vidro que lá se encontravam. Ele aumentou a pressão com dois tabefes que a prostraram no chão. Seguidamente baixou-se e começou a apertar-lhe o pescoço.
— Lembras-te? — Sussurrou-lhe ao ouvido, sentindo-se excitado, enquanto ela se debatia e ele aumentava o aperto. — Quase até ser tarde demais… as vergastadas nesse teu traseiro delicioso…
A jarra explodiu na cabeça dele e Gabriela libertou-se, pontapeando-o no rosto.
— Cabra selvagem! — Daniel atirou-se para cima dela, com sangue a correr pelo rosto e começou a rasgar-lhe as roupas, enquanto lhe prendia os braços. Deu-lhe uma cabeçada no nariz, que a deixou atordoada. — Sabes? — Desafiou ainda. — A Alice não valia nada, era em ti que eu pensava quando “a comia”.
Num assomo de energia desesperada, ela conseguiu dar-lhe uma joelhada entre as pernas e ferrar-lhe com toda a força uma das orelhas. Louco de dor, ele tentou erguer-se com a mulher agarrada de pés, mãos e dentes. Desequilibrados, acabaram a rebolar pela escada, até ao último degrau, onde ficaram caídos sem sentidos.
Se ideia de quanto tempo passara. Gabriela teve fraca perceção de ser transportada na maca e das vozes nervosas de médicos e enfermeiros. Estava já a recuperar lentamente a consciência, quando escutou os restos de uma conversa entre duas enfermeiras: “… marido e mulher, sim. Quase se mataram de porrada. Ela está aqui e ele do outro lado, na ala dos homens…”
Ela não abriu os olhos, mas logo ali, soube o que tinha de fazer…
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
O homem acordou, cheio de dores em todo o corpo e apercebeu-se do braço engessado. Lembrava-se vagamente da ambulância e do aparato na entrada das urgências. Apalpou o volumoso penso que tinha numa das orelhas e grunhiu uma praga.
Gemendo, sentou-se na cama e olhou em volta; havia mais três leitos, cujos ocupantes dormiam a sono solto. Um deles ressonava ruidosamente.
Queixoso, pousou os pés no chão e calçou os chinelos que estavam ao lado do leito. Era um homem de compleição forte, quase gordo, de sessenta e um anos, mas com a cabeça coberta por uma farta cabeleira branca. Caminhou ao longo da cama, apropriou-se da canadiana do vizinho e cutucou-o rudemente com ela, para que parasse os roncos. Depois, apoiado no objeto roubado com o braço são, dirigiu-se para o corredor, para responder à urgente vontade de urinar.
Caminhava com dificuldade, apoiado na canadiana, ao longo do corredor do hospital, quando, atrás dele, saída das sombras em passo apressado, avançou uma mulher, aproximadamente da mesma idade. Também tinha hematomas no rosto, a cabeça ligada e dois dedos de uma mão com talas.
Assim que o homem chegou à porta do WC, apercebeu-se da presença da mulher e fez uma expressão de terror, quando ela lhe lançou o cotovelo sob o queixo e premiu-lhe a laringe sem piedade. Entraram ambos de rompante pelas instalações sanitárias, sem que ele conseguisse soltar um gemido.
Lá dentro, ele bateu com a cabeça na parede com força. Com o pé, ela empurrou a porta para que não fossem vistos do exterior e começou a socá-lo com toda a força, enquanto ele tentava proteger o rosto, sem sucesso. Lutaram pela canadiana e quando ele soltou um grunhido, pela garganta magoada ela principiou a dar-lhe joelhadas nos genitais, até que ele se vergou. Agarrou-o pela gola do pijama e puxou-o com toda a força, com a cabeça contra o ferro de apoio, ao lado da sanita e o homem caiu desacordado.
Ofegante, olhos desvairados de fúria, ela espreitou para o exterior, verificando se os ruídos não tinham chamado a atenção de ninguém. Em seguida, ajoelhou-se sobre o peito do homem e tapou-lhe o rosto com a toalha, pressionando sobre o nariz e a boca. Ao fim de uns segundos, ele começou a debater-se, mas ela conseguiu mantê-lo imobilizado o tempo suficiente, até que parasse de se mexer.
Saiu das instalações sanitárias, a transpirar, cabelo desalinhado e em passo rápido, para voltar à ala que lhe competia.
Para saber quem eram estas duas pessoas e qual a animosidade que movia a mulher, para uma atitude tão violenta, teremos de recuar ao dia anterior.
***
Gabriela era uma mulher geniosa, ectomórfica, a rondar os sessenta anos. O seu rosto, de linhas finas, prematuramente envelhecido, deixava as pessoas surpreendidas, com o contraste da agilidade com que se movia. Naquela manhã, estava corada e os seus olhos soltavam chispas, quando chegou ofegante à porta da casa de Daniel, o seu ex-marido. Com o punho fechado, bateu fortemente por várias vezes, gritando o nome daquele que, em tempos, partilhara a vida com ela.
Daniel vivia desafogadamente, como se podia atestar pela moradia, numa zona cara da cidade e a ocupar uns bons metros quadrados de terreno caríssimo. Reformado da direção de uma empresa pública, a pensão era suficientemente generosa para não lhe faltar nada.
— Gabriela?!? — Perguntou ele, surpreendido, no seu fato de treino de andar por casa, bem recheado de carnes. — Que se passa?
— Que se passa, seu monstro? — Ela cuspiu a pergunta. — Que se passou, seu porco! Que aconteceu debaixo dos meus olhos?
— Espera! — Ele tentou acalmá-la. — Entra e sossega, explica-me tudo, mas cá dentro.
— Não queres escândalo, é? — A mulher mantinha o tom de voz alto. — Tens medo de que os teus vizinhos saibam o filho da p** que tu és? — Ato contínuo, tentou esmurrá-lo no rosto.
Ele agarrou-a pelos pulsos e puxou-a para dentro de casa, enquanto fechava a porta com o pé. Estavam num pequeno átrio de entrada, ao cimo de umas escadas que desciam para uma elegante sala de estar.
— Acalma-te! — Gritou-lhe, sacudindo-a. — Que diabo! Que te aconteceu, julgava que estava livre das tuas fúrias!
— Estive hoje ao telefone com a minha filha! — Ela começou, enquanto lhe ia dando estaladas, que ele nem sempre conseguia evitar. — Com a NOSSA Alice, seu cabrão! — Continuava a espancá-lo. — Ela contou-me porque tinha tanta pressa em ir para Londres! Está a divorciar-se agora do marido, por não consegue, nunca conseguiu ter relações normais com ele, por tua causa!
— Que te contou ela? — Ele defendia-se como podia. — A Alice é uma mentirosa, já sabes!
— Não! Mentiroso és tu! És um demónio, um monstro! Ela tinha medo de ti e eu não percebia porquê, pois parecias tão carinhoso! — Gabriela chorava e os tabefes transformavam-se em murros bem direcionados. — Quando te deixei, nunca teria imaginado que essa tua cabeça porca, esses teus olhos lúbricos e nojentos se haveriam de pousar na tua própria filha! Julgava que as porcarias que viviam nessa mente tortuosa e doente estavam-me destinadas, como castigo de algo mau que pudesse ter feito, não para uma criança inocente! Porco, cabrão, filho da p**!
— E que querias, sua vaca anorética e histérica? — A atitude dele mudou radicalmente, enquanto devolvia os golpes dela com violência. — Desde que ela nasceu, só tinhas olhos para ela! Desprezavas-me e já não querias fazer as coisas, que gostavas tanto de fazer comigo!
— Gostava de fazer?!? — Gabriela agarrou-se como pôde à farta cabeleira alva e sacudiu-o. Por instantes ficaram um em frente ao outro, como que a decidir o que fazer a seguir. — Eu amava-te, seu cabrão pedófilo! Sujeitava-me porque te amava, mas depois comecei a odiar tudo aquilo que me fazias! Não era natural as coisas humilhantes que me obrigavas a fazer e eu só soube isso quando conheci um homem a sério e não um frouxo, que só se conseguia excitar causando dor e sofrimento.
Daniel acertou-lhe um soco violento que a atirou contra uma credencia e derrubou a jarra e vários objetos de vidro que lá se encontravam. Ele aumentou a pressão com dois tabefes que a prostraram no chão. Seguidamente baixou-se e começou a apertar-lhe o pescoço.
— Lembras-te? — Sussurrou-lhe ao ouvido, sentindo-se excitado, enquanto ela se debatia e ele aumentava o aperto. — Quase até ser tarde demais… as vergastadas nesse teu traseiro delicioso…
A jarra explodiu na cabeça dele e Gabriela libertou-se, pontapeando-o no rosto.
— Cabra selvagem! — Daniel atirou-se para cima dela, com sangue a correr pelo rosto e começou a rasgar-lhe as roupas, enquanto lhe prendia os braços. Deu-lhe uma cabeçada no nariz, que a deixou atordoada. — Sabes? — Desafiou ainda. — A Alice não valia nada, era em ti que eu pensava quando “a comia”.
Num assomo de energia desesperada, ela conseguiu dar-lhe uma joelhada entre as pernas e ferrar-lhe com toda a força uma das orelhas. Louco de dor, ele tentou erguer-se com a mulher agarrada de pés, mãos e dentes. Desequilibrados, acabaram a rebolar pela escada, até ao último degrau, onde ficaram caídos sem sentidos.
Se ideia de quanto tempo passara. Gabriela teve fraca perceção de ser transportada na maca e das vozes nervosas de médicos e enfermeiros. Estava já a recuperar lentamente a consciência, quando escutou os restos de uma conversa entre duas enfermeiras: “… marido e mulher, sim. Quase se mataram de porrada. Ela está aqui e ele do outro lado, na ala dos homens…”
Ela não abriu os olhos, mas logo ali, soube o que tinha de fazer…
Manuel Amaro Mendonça nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016), "Daqueles Além Marão" (Abril 2017) e "Entre o Preto e o Branco" (2020), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Foi reconhecido em quatro concursos de escrita e os seus textos já foram selecionados para duas dezenas de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e sairão em breve. Siga as últimas novidades AQUI.
Transcrição do texto publicado na Página do Blogue no Facebook
Boa tarde a todos.
Um, ou uma... ou mais, NOJENTO/AS E ASQUEROSO/AS COBARDES, ou PAUS MANDADO/AS, insistem em denunciar as minhas publicações que, segundo os ditames da Trampa/Merda do Facebook, contém conteúdos impróprios (ou qualquer coisa parecida). Impróprio é o sítio onde deviam ter o cérebro.
Lamentavelmente, não sei quem são os "pobres de espírito". Consequentemente não sei a quem "cortar o pio".
Como já estou a ficar FARTO, informo que este grupo será encerrado na tarde de amanhã DOMINGO.
Um velho amigo meu disse-me agora... Pois, a concorrência anda aflita. Fiquem descansados. Eu nunca quis ser concorrente de ninguém.
Quem quiser continuar a seguir o meu VOLUNTÁRIO E GRATUITO trabalho em prol da divulgação do Distrito de Bragança, terá que o passar a fazer seguindo ou consultando o meu blogue.
Aos amigos e conhecidos, peço imensa desculpa mas não me resta outra solução. Não vivo disto nem, COMO ESSES CAPACHOS FAZEM, presto vassalagem a NINGUÉM! Nem vivos nem mortos.
O blogue vai continuar a divulgar e a HONRAR a nossa terra e as nossas gentes.
Obrigado a todos.
Bem-hajam pelo apoio que me deram ao longo destes anos.
Grande abraço aos amigos e amigas.
HM
SE ENCONTRAR UM ANIMAL SELVAGEM ENVENENADO, AVISE, APELA A LPN
O apelo da Liga para a Protecção da Natureza surge agora porque, segundo a associação, “o início do ano coincide com um dos picos anuais de casos de envenenamento de animais selvagens”.
São 40 as espécies selvagens afectadas pelo uso ilegal de venenos em Portugal, alerta hoje a mais antiga associação de conservação da natureza do país, a LPN. Entre eles estão a águia-imperial (uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa e uma das mais raras do mundo), o lobo-ibérico e o lince-ibérico.
O veneno é uma arma usada há milhares de anos numa guerra contra os animais selvagens. É uma das maiores causas de mortalidade não naturais de espécies selvagens, apesar de estar proibido desde o final do século XX.
As razões são várias mas o resultado é sempre o mesmo. Um pouco por todo o país há veneno escondido nos campos e nas cidades e a morte surge mais ou menos rápida, mas sempre dolorosa.
De 2003 a 2014 morreram 145 indivíduos de espécies protegidas em Portugal, como a lince-ibérico Kayakweru, encontrada morta a 12 de Março de 2015 na zona de Mértola.
Entre 2013 e 2019, foram identificadas 11 águias-imperiais mortas com suspeita de envenenamento, a grande maioria na região do Baixo Alentejo, recorda o projecto LIFE Imperial, coordenado pela LPN.
O apelo da Liga surge agora porque, segundo a associação, “o início do ano coincide com um dos picos anuais de casos de envenenamento de animais selvagens”.
Embora aconteçam ao longo de todo o ano, os casos de suspeita de envenenamento são mais frequentes de Janeiro a Março e, mais tarde, em Outubro.
“Estamos assim, neste momento, num dos chamados “picos de veneno”, pelo que é essencial a atenção e colaboração de todos na deteção de possíveis casos.”
Em 2015, o projeto LIFE Imperial tornou possível a criação de sete equipas cinotécnicas da GNR vocacionadas para a deteção de venenos que estão a realizar patrulhas no campo. O objectivo é “evitar casos de potencial envenenamento ou, em caso de envenenamento comprovado, auxiliar à deteção de iscos ou cadáveres adicionais, actuando assim de modo preventivo e reactivo”.
Nas mais de 1.100 patrulhas foram já detetadas 29 ocorrências.
“Esta luta é um dos pilares do projecto que, apesar de direcionado para a águia-imperial-ibérica, terá certamente consequências benéficas para procurar erradicar esta ameaça silenciosa, mas mortífera.”
O envenenamento é uma das maiores ameaças às espécies necrófagas, que se alimentam de cadáveres de outros animais, como é o caso da águia-imperial-ibérica. Também o lobo-ibérico e o lince-ibérico registam casos de morte por envenenamento, “reduzindo ainda mais as suas já pequenas populações e o estado de equilíbrio dos ecossistemas”.
Além das espécies selvagens, esta prática ilegal afecta animais domésticos, podendo mesmo afetar acidentalmente seres humanos, e constitui um “grave problema de saúde pública ao nível da contaminação dos solos, dos recursos hídricos e mesmo de culturas alimentares, já que alguns tóxicos podem permanecer no ambiente durante longos períodos em doses suficientemente altas para serem perigosas”.
A LPN pede, então, a ajuda de todos. Até porque se acredita que apenas sejam detectados 10% dos animais vítimas dos iscos envenenados.
Quem encontrar um animal envenenado, ou supostamente envenenado, deve contactar imediatamente o SEPNA/GNR através da linha SOS Ambiente (808200520) e seguir as instruções dadas pelas autoridades.
“É extremamente importante informar sobre a existência de animais vivos e permanecer no local até à chegada das autoridades, e nunca deve tocar nos cadáveres ou iscos nem deixar que outras pessoas se aproximem do local.”
Em Portugal, o uso de veneno foi proibido no final do século XX, com a Lei do Lobo e a transposição de diretivas internacionais que impedem o uso de qualquer substância como forma de extermínio, constituindo atualmente, na medida mais gravosa, um crime punível com pena de prisão até três anos.
Em Abril de 2019, Portugal reforçou a luta contra os iscos envenenados, através do novo Programa Antítodo.
São 40 as espécies selvagens afectadas pelo uso ilegal de venenos em Portugal, alerta hoje a mais antiga associação de conservação da natureza do país, a LPN. Entre eles estão a águia-imperial (uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa e uma das mais raras do mundo), o lobo-ibérico e o lince-ibérico.
O veneno é uma arma usada há milhares de anos numa guerra contra os animais selvagens. É uma das maiores causas de mortalidade não naturais de espécies selvagens, apesar de estar proibido desde o final do século XX.
As razões são várias mas o resultado é sempre o mesmo. Um pouco por todo o país há veneno escondido nos campos e nas cidades e a morte surge mais ou menos rápida, mas sempre dolorosa.
De 2003 a 2014 morreram 145 indivíduos de espécies protegidas em Portugal, como a lince-ibérico Kayakweru, encontrada morta a 12 de Março de 2015 na zona de Mértola.
Entre 2013 e 2019, foram identificadas 11 águias-imperiais mortas com suspeita de envenenamento, a grande maioria na região do Baixo Alentejo, recorda o projecto LIFE Imperial, coordenado pela LPN.
O apelo da Liga surge agora porque, segundo a associação, “o início do ano coincide com um dos picos anuais de casos de envenenamento de animais selvagens”.
Embora aconteçam ao longo de todo o ano, os casos de suspeita de envenenamento são mais frequentes de Janeiro a Março e, mais tarde, em Outubro.
“Estamos assim, neste momento, num dos chamados “picos de veneno”, pelo que é essencial a atenção e colaboração de todos na deteção de possíveis casos.”
Em 2015, o projeto LIFE Imperial tornou possível a criação de sete equipas cinotécnicas da GNR vocacionadas para a deteção de venenos que estão a realizar patrulhas no campo. O objectivo é “evitar casos de potencial envenenamento ou, em caso de envenenamento comprovado, auxiliar à deteção de iscos ou cadáveres adicionais, actuando assim de modo preventivo e reactivo”.
Nas mais de 1.100 patrulhas foram já detetadas 29 ocorrências.
“Esta luta é um dos pilares do projecto que, apesar de direcionado para a águia-imperial-ibérica, terá certamente consequências benéficas para procurar erradicar esta ameaça silenciosa, mas mortífera.”
O envenenamento é uma das maiores ameaças às espécies necrófagas, que se alimentam de cadáveres de outros animais, como é o caso da águia-imperial-ibérica. Também o lobo-ibérico e o lince-ibérico registam casos de morte por envenenamento, “reduzindo ainda mais as suas já pequenas populações e o estado de equilíbrio dos ecossistemas”.
Além das espécies selvagens, esta prática ilegal afecta animais domésticos, podendo mesmo afetar acidentalmente seres humanos, e constitui um “grave problema de saúde pública ao nível da contaminação dos solos, dos recursos hídricos e mesmo de culturas alimentares, já que alguns tóxicos podem permanecer no ambiente durante longos períodos em doses suficientemente altas para serem perigosas”.
A LPN pede, então, a ajuda de todos. Até porque se acredita que apenas sejam detectados 10% dos animais vítimas dos iscos envenenados.
Quem encontrar um animal envenenado, ou supostamente envenenado, deve contactar imediatamente o SEPNA/GNR através da linha SOS Ambiente (808200520) e seguir as instruções dadas pelas autoridades.
“É extremamente importante informar sobre a existência de animais vivos e permanecer no local até à chegada das autoridades, e nunca deve tocar nos cadáveres ou iscos nem deixar que outras pessoas se aproximem do local.”
Em Portugal, o uso de veneno foi proibido no final do século XX, com a Lei do Lobo e a transposição de diretivas internacionais que impedem o uso de qualquer substância como forma de extermínio, constituindo atualmente, na medida mais gravosa, um crime punível com pena de prisão até três anos.
Em Abril de 2019, Portugal reforçou a luta contra os iscos envenenados, através do novo Programa Antítodo.
Criados mais de dois mil postos de emprego no interior
O Governo clarificou ontem que, no conjunto de medidas lançadas para valorizar e atrair pessoas para o interior, está previsto criar 2.810 postos de trabalho, num investimento de 648 milhões de euros.
O primeiro Conselho de Ministros descentralizado desta legislatura realizou-se em Bragança e, no final, o Governo anunciou várias medidas que visam “assegurar a sustentabilidade e valorização dos territórios do interior através do aproveitamento do seu potencial endógeno, da fixação de pessoas e da afirmação das regiões transfronteiriças”.
Entre os vários programas anunciados estão o “Trabalhar no Interior”, um outro de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado no interior, bem como os “+CO3SO Conhecimento” e “+CO3SO Digital”.
Hoje, em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o Governo clarificou que, no conjunto dos programas anunciados, está prevista a criação de 2.810 postos de trabalho no interior do país.
Está ainda prevista, acrescentou, a “mobilização de mais de 340 milhões de euros em fundos europeus, para gerar um investimento de 648 milhões de euros nestes territórios”.
No comunicado do Conselho de Ministros foi explicado que o "Trabalhar no Interior" tem como objetivo apoiar e incentivar a mobilidade geográfica de trabalhadores para estes territórios.
Este programa integra a medida "Emprego Interior MAIS", que consiste num apoio financeiro até 4.827 euros para os trabalhadores que passem a residir e prestar trabalho num território do interior, passível de majoração em função da dimensão do agregado familiar que com ele se desloque a título permanente, e uma comparticipação dos custos associados ao transporte de bens.
Estão ainda previstos incentivos e apoios ao nível de estágios profissionais e de contratação por parte de empresas.
O programa beneficia igualmente da medida de apoio ao regresso de emigrantes, prevista no âmbito do programa "Regressar", que passará a contemplar uma majoração de 25% face aos apoios já concedidos.
Para facilitar a mudança, foi aprovada a medida "Habitar no Interior", para o desenvolvimento de redes de apoio locais e regionais para a divulgação e implementação do "Chave na Mão", e de outros instrumentos nacionais de política habitacional ao dispor dos municípios e que incentiva projetos-piloto municipais com vista à melhoria do acesso à habitação e das condições de vida das populações.
Na quinta-feira foi ainda aprovado o decreto-lei que cria um programa de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado no Interior, abrangendo tanto incentivos de natureza pecuniária como outros aspetos relacionados com a prestação de trabalho.
O diploma, aprovado na generalidade, seguirá para consulta pública.
O Governo anunciou também o desenvolvimento dos programas “+CO3SO Conhecimento” e “+CO3SO Digital”, para a valorização dos territórios do interior e que pretendem promover o emprego qualificado e a inovação e transferência de tecnologia.
Especificamente estes dois programas vão mobilizar 50,5 milhões de euros, num investimento total de 76 milhões de euros, prevendo-se a criação de 424 postos de trabalho.
O primeiro Conselho de Ministros descentralizado desta legislatura realizou-se em Bragança e, no final, o Governo anunciou várias medidas que visam “assegurar a sustentabilidade e valorização dos territórios do interior através do aproveitamento do seu potencial endógeno, da fixação de pessoas e da afirmação das regiões transfronteiriças”.
Entre os vários programas anunciados estão o “Trabalhar no Interior”, um outro de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado no interior, bem como os “+CO3SO Conhecimento” e “+CO3SO Digital”.
Hoje, em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o Governo clarificou que, no conjunto dos programas anunciados, está prevista a criação de 2.810 postos de trabalho no interior do país.
Está ainda prevista, acrescentou, a “mobilização de mais de 340 milhões de euros em fundos europeus, para gerar um investimento de 648 milhões de euros nestes territórios”.
No comunicado do Conselho de Ministros foi explicado que o "Trabalhar no Interior" tem como objetivo apoiar e incentivar a mobilidade geográfica de trabalhadores para estes territórios.
Este programa integra a medida "Emprego Interior MAIS", que consiste num apoio financeiro até 4.827 euros para os trabalhadores que passem a residir e prestar trabalho num território do interior, passível de majoração em função da dimensão do agregado familiar que com ele se desloque a título permanente, e uma comparticipação dos custos associados ao transporte de bens.
Estão ainda previstos incentivos e apoios ao nível de estágios profissionais e de contratação por parte de empresas.
O programa beneficia igualmente da medida de apoio ao regresso de emigrantes, prevista no âmbito do programa "Regressar", que passará a contemplar uma majoração de 25% face aos apoios já concedidos.
Para facilitar a mudança, foi aprovada a medida "Habitar no Interior", para o desenvolvimento de redes de apoio locais e regionais para a divulgação e implementação do "Chave na Mão", e de outros instrumentos nacionais de política habitacional ao dispor dos municípios e que incentiva projetos-piloto municipais com vista à melhoria do acesso à habitação e das condições de vida das populações.
Na quinta-feira foi ainda aprovado o decreto-lei que cria um programa de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado no Interior, abrangendo tanto incentivos de natureza pecuniária como outros aspetos relacionados com a prestação de trabalho.
O diploma, aprovado na generalidade, seguirá para consulta pública.
O Governo anunciou também o desenvolvimento dos programas “+CO3SO Conhecimento” e “+CO3SO Digital”, para a valorização dos territórios do interior e que pretendem promover o emprego qualificado e a inovação e transferência de tecnologia.
Especificamente estes dois programas vão mobilizar 50,5 milhões de euros, num investimento total de 76 milhões de euros, prevendo-se a criação de 424 postos de trabalho.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
O SACO DE SER UM DESEMPREGADO E JOSÉ DO EGITO
Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)
Embora preferisse estar trabalhando, estou chegando à conclusão que posso viver desse jeito, de desempregado; em que pese o fato de que agora consumimos alimentos mais baratos e deixei de ir, há muito, em teatros e cinemas (adoro); muito menos aos campos de futebol, que gosto muito também. Livrarias como a CULTURA e a FNAC não veem minha cara há pelo menos sete anos; mas se deixei de comprar livros, passei a exercitar a escrita muito mais. Tenho três ou quatro livros prontos para publicação, mas nesses tempos bicudos de Brasil, depois do tsunami dos petralhas, as editoras também estão em crise; algumas estão em regime falimentar, outras não se atrevem a publicar se não houver a mínima esperança de retorno monetário, quanto ao projeto de novos livros. E as editoras mentem; tal como a maioria dos políticos; não importa quando fazemos contato com as editoras, elas sempre estão com projetos já fechados para o ano corrente ou o ano vindouro. Lérias! Existem 1001 editoras que publicam qualquer coisa, de qualquer um, sem análise e sem fazer rodeios; basta que o escritor pague pelo serviço. Já fiz contatos nesses últimos sete anos em todos os meses do ano. NUNCA estão recebendo material para análise; embora publiquem escritores estrangeiros totalmente desconhecidos, por terem feito ”acordo” com as editoras internacionais; para publicarem um "best-seller", aceitam meia dúzia de autores medíocres, de classe “C” para também publicar, com prejuízo para os escritores nacionais. A parte boa do ócio, é que posso me dedicar à literatura que, além de me salvar da preguiça mental, me incentiva a ler, mesmo na internet, alguns clássicos que não havia lido em tenra idade ou quando me tornei adulto. Posso afirmar aos leitores que, hoje sou mais versado em literatura do que há dez anos e meu conhecimento literário cresceu exponencialmente, se comparar com meu conhecimento no começo do século atual. É um saco ser um desempregado, mas propicia algumas possibilidades impensáveis ao tempo em que trabalhava.
Na minha condição de desempregado, percebo que o desemprego não nos dá exatamente certo conforto, nem nos desloca até uma zona de desconforto, parece-me que há uma segurança se ficarmos na mesmice; uma certeza aparente de que tudo fica e ficará exatamente como está. A solidão do desempregado também vale a pena, às vezes, pois ela espanta os parentes interesseiros, os falsos amigos e os ex-colegas traíras. A oportunidade se faz, e assim ainda ajudo na manutenção da casa, ajudando a mantê-la limpa. E a não desagradar a Deus com pedidos aborrecedores. Além disso, eu ainda consigo fazer três refeições por dia, ainda que sejam frugais; pago as taxas de água, luz, IPTU, gás e licença para o carro da família. Assim, sinto em minha casa a presença de Deus e dos meus santos devotos além do Amabiel, meu anjo da guarda. Vou à agência do banco, a pé, uma vez por semana; o quê me propicia fazer uma caminhada de 45 minutos: a ida em declive e volta em aclive! Preparo, todos os dias, o café da manhã para mim e esposa, após, vou ver as correspondências de e-mail, pesquisar folclore nacional ou internacional, escrevo um pouco, leio algum clássico da literatura que não havia lido no passado ou repasso a leitura de Sagarana (Guimarães Rosa), Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Dom Casmurro (Machado de Assis), Amadeu Amaral, Silvio Romero ou Cornélio Pires, por exemplo. Assisto um pouco de TV (jornais e um ou outro capítulo de novelas, ou algum filme), faço contatos e aguardo o retorno, que nunca chega! Vez ou outra publico um texto em blog de Portugal, que aceitou de bom grado meus textos simplórios e cheios de energia, inclusive alguns textos escritos em Caipirês. A energia que uso nos escritos, é a mesma em que me apoiava para suportar pressões de chefes e gerentes; que desconheciam como tratar um ser humano, além dos buyling que sofria de colegas mais jovens, principalmente; por eu nunca ter ido aos EUA ou à Europa, por exemplo. Lembrei-me do Ariano Suassuna que, numa palestra, disse que certa vez, ao visitar um amigo, à convite, ouviu da esposa dele que não era possível ele nunca ter ido à Disney. Suassuna disse que, para aquela mulher, o mundo se dividia em pessoas que já tinham ido à Disney e as pessoas que nunca tinham ido à Disney.
Lembro José do Egito: além de dar a José o dom de interpretar sonhos, Deus também lhe concedeu sabedoria para que ele apresentasse um plano para o Faraó, a fim de que o Egito conseguisse superar os sete anos de crise. O Faraó então colocou José como segundo homem do Egito, abaixo apenas dele (Gênesis 41:41).
-Tal como José do Egito, na passagem bíblica, já tive os meus sete anos de tristezas (fome), começa neste mês de julho de 2019 os sete anos de alegria (fartura).
Oxalá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Às vezes, nós fazemos um esboço para nossa vida; mas vem o destino e o altera, sobremaneira!
ACAS, JULHO DE 2019
Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de quatro outros publicados em antologias junto a outros escritores.
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)
É um saco ser um desempregado, mas propicia algumas possibilidades impensáveis ao tempo em que trabalhava.
Os semblantes das pessoas desempregadas numa praça de São Paulo, falam por si |
Na minha condição de desempregado, percebo que o desemprego não nos dá exatamente certo conforto, nem nos desloca até uma zona de desconforto, parece-me que há uma segurança se ficarmos na mesmice; uma certeza aparente de que tudo fica e ficará exatamente como está. A solidão do desempregado também vale a pena, às vezes, pois ela espanta os parentes interesseiros, os falsos amigos e os ex-colegas traíras. A oportunidade se faz, e assim ainda ajudo na manutenção da casa, ajudando a mantê-la limpa. E a não desagradar a Deus com pedidos aborrecedores. Além disso, eu ainda consigo fazer três refeições por dia, ainda que sejam frugais; pago as taxas de água, luz, IPTU, gás e licença para o carro da família. Assim, sinto em minha casa a presença de Deus e dos meus santos devotos além do Amabiel, meu anjo da guarda. Vou à agência do banco, a pé, uma vez por semana; o quê me propicia fazer uma caminhada de 45 minutos: a ida em declive e volta em aclive! Preparo, todos os dias, o café da manhã para mim e esposa, após, vou ver as correspondências de e-mail, pesquisar folclore nacional ou internacional, escrevo um pouco, leio algum clássico da literatura que não havia lido no passado ou repasso a leitura de Sagarana (Guimarães Rosa), Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Dom Casmurro (Machado de Assis), Amadeu Amaral, Silvio Romero ou Cornélio Pires, por exemplo. Assisto um pouco de TV (jornais e um ou outro capítulo de novelas, ou algum filme), faço contatos e aguardo o retorno, que nunca chega! Vez ou outra publico um texto em blog de Portugal, que aceitou de bom grado meus textos simplórios e cheios de energia, inclusive alguns textos escritos em Caipirês. A energia que uso nos escritos, é a mesma em que me apoiava para suportar pressões de chefes e gerentes; que desconheciam como tratar um ser humano, além dos buyling que sofria de colegas mais jovens, principalmente; por eu nunca ter ido aos EUA ou à Europa, por exemplo. Lembrei-me do Ariano Suassuna que, numa palestra, disse que certa vez, ao visitar um amigo, à convite, ouviu da esposa dele que não era possível ele nunca ter ido à Disney. Suassuna disse que, para aquela mulher, o mundo se dividia em pessoas que já tinham ido à Disney e as pessoas que nunca tinham ido à Disney.
Lembro José do Egito: além de dar a José o dom de interpretar sonhos, Deus também lhe concedeu sabedoria para que ele apresentasse um plano para o Faraó, a fim de que o Egito conseguisse superar os sete anos de crise. O Faraó então colocou José como segundo homem do Egito, abaixo apenas dele (Gênesis 41:41).
-Tal como José do Egito, na passagem bíblica, já tive os meus sete anos de tristezas (fome), começa neste mês de julho de 2019 os sete anos de alegria (fartura).
Oxalá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Às vezes, nós fazemos um esboço para nossa vida; mas vem o destino e o altera, sobremaneira!
ACAS, JULHO DE 2019
Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de quatro outros publicados em antologias junto a outros escritores.
AMOR
Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Tenho medo das palavras,
que os meus lábios não conseguem pronunciar
Das frases de amor que não digo
Nas noites frias, onde a tua ausência esfria,
As paredes do quarto e a cama vazia!
É quase madrugada e o sol ainda demora a nascer.
Prendo as memórias com laços de ceda,
Amarro-as com sonhos,
Beijo, o vazio que me atormenta
Sinto mãos que escorrem na sombra do corpo cansado de esperar.
Abraço a tua ausência…
Os meus olhos adormecem dentro dos teus,
na escuridão que me assusta e desorienta!
Amanhã será novo dia,
quem sabe poderei abraçar-te com a alma,
suavemente , aconchegadamente
adormecer nos teus braços,
mesmo que sejam braços do fantasma do passado.
Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Tenho medo das palavras,
que os meus lábios não conseguem pronunciar
Das frases de amor que não digo
Nas noites frias, onde a tua ausência esfria,
As paredes do quarto e a cama vazia!
É quase madrugada e o sol ainda demora a nascer.
Prendo as memórias com laços de ceda,
Amarro-as com sonhos,
Beijo, o vazio que me atormenta
Sinto mãos que escorrem na sombra do corpo cansado de esperar.
Abraço a tua ausência…
Os meus olhos adormecem dentro dos teus,
na escuridão que me assusta e desorienta!
Amanhã será novo dia,
quem sabe poderei abraçar-te com a alma,
suavemente , aconchegadamente
adormecer nos teus braços,
mesmo que sejam braços do fantasma do passado.
Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas colectâneas:
POEMA-ME
POETAS DE HOJE
SONS DE POETAS
A LAGOA E A POESIA
A LAGOA O MAR E EU
PALAVRAS DE VELUDO
APENAS SAUDADE
UM GRITO À POBREZA
CONTAS-ME UMA HISTÓRIA
RETRATO DE MIM.
ECLÉTICA I
ECLÉTICA II
5 SENTIDOS
REUNIR ESCRITAS É POSSÍVEL – Projecto da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina
Livros editados:
-O ROSEIRAL DOS SENTIDOS
-SUSPIROS LUNARES
-DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO
-ENTRE CÉU E O MAR
-UMA ETERNA MARGARIDA
Nota de Imprensa | Município de Alfândega da Fé é um dos três finalistas do Prémio Semana Europeia da Mobilidade 2019
O Município de Alfândega da Fé foi selecionado como um dos três finalistas europeus para o prémio da Semana Europeia da Mobilidade 2019, na categoria de municípios de pequena dimensão, com população inferior a 50 mil habitantes.
Criado em 2002, este prémio é organizado anualmente pela EuroCities com o propósito de premiar as autoridades locais que tenham desenvolvido políticas, atividades e boas práticas no sentido de melhorar a mobilidade urbana, torná-la mais sustentável e amiga do ambiente.
A candidatura alfandeguense foi selecionada pela diversidade das iniciativas desenvolvidas neste âmbito e pela crescente preocupação com a mobilidade. Juntamente com Alfândega da Fé, são também finalistas na mesma categoria as cidades de Karditsa na Grécia e Paide na Estónia. A cerimónia de entrega dos prémios tem lugar a 30 de março, em Bruxelas.
Criado em 2002, este prémio é organizado anualmente pela EuroCities com o propósito de premiar as autoridades locais que tenham desenvolvido políticas, atividades e boas práticas no sentido de melhorar a mobilidade urbana, torná-la mais sustentável e amiga do ambiente.
A candidatura alfandeguense foi selecionada pela diversidade das iniciativas desenvolvidas neste âmbito e pela crescente preocupação com a mobilidade. Juntamente com Alfândega da Fé, são também finalistas na mesma categoria as cidades de Karditsa na Grécia e Paide na Estónia. A cerimónia de entrega dos prémios tem lugar a 30 de março, em Bruxelas.
Rural Arcas – Feira dos Produtos da Terra traz novidades na edição deste ano
Este fim de semana, e pelo 17º ano consecutivo, acontece a Rural Arcas – Feira dos Produtos da Terra, na aldeia que lha dá nome, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Trata-se de um certame que pretende atrair todas as faixas etárias, como refere José Jecas, presidente da junta de freguesia de Arcas:
“Para além das montarias, temos uma sessão de sensibilização sobre o uso de tratores e ainda um simulacro. De tarde, teremos a Onda Livre para animar toda a gente. Cada vez temos mais pessoas a aderir e além disso vamos ter o passeio TT. Embora o tempo possa não ajudar, a passagem por lá é obrigatória, até porque temos uma tenda, e por isso ninguém se vai molhar.”
A par da animação, decorre ainda uma feira de produtos endógenos, que este ano tem um número recorde de expositores:
“O evento cada vez mobiliza mais gente, especialmente da localidade. As pessoas que têm produtos em casa aproveitam para os escoar. Este ano temos cerca de 30 expositores e a maior parte vêm de outras zonas, e isso é bom sinal.”
O cartaz conta com uma montaria na manhã de sábado e espetáculo com o DJ V’Guess à noite. A manhã de domingo é dedicada aos amantes dos desportos radicais com um passeio TT, seguindo-se um um simulacro acerca do manuseamento de máquinas agrícolas. Para o período da tarde, a animação está a cargo do programa Feiras e Festas da Rádio Onda Livre com os artistas Lucy Teixeira, Carla Maria, Alma Nova, Joãozinho, Zé Jecas e Toka a Bombar, que prometem distribuir muita música e boa-disposição a todos os presentes.
Trata-se de um certame que pretende atrair todas as faixas etárias, como refere José Jecas, presidente da junta de freguesia de Arcas:
“Para além das montarias, temos uma sessão de sensibilização sobre o uso de tratores e ainda um simulacro. De tarde, teremos a Onda Livre para animar toda a gente. Cada vez temos mais pessoas a aderir e além disso vamos ter o passeio TT. Embora o tempo possa não ajudar, a passagem por lá é obrigatória, até porque temos uma tenda, e por isso ninguém se vai molhar.”
A par da animação, decorre ainda uma feira de produtos endógenos, que este ano tem um número recorde de expositores:
“O evento cada vez mobiliza mais gente, especialmente da localidade. As pessoas que têm produtos em casa aproveitam para os escoar. Este ano temos cerca de 30 expositores e a maior parte vêm de outras zonas, e isso é bom sinal.”
O cartaz conta com uma montaria na manhã de sábado e espetáculo com o DJ V’Guess à noite. A manhã de domingo é dedicada aos amantes dos desportos radicais com um passeio TT, seguindo-se um um simulacro acerca do manuseamento de máquinas agrícolas. Para o período da tarde, a animação está a cargo do programa Feiras e Festas da Rádio Onda Livre com os artistas Lucy Teixeira, Carla Maria, Alma Nova, Joãozinho, Zé Jecas e Toka a Bombar, que prometem distribuir muita música e boa-disposição a todos os presentes.
Escrito por ONDA LIVRE
Tribunal de Contas já deu visto ao contrato da ligação aérea entre Bragança e Portimão
O contrato entre o Governo e a Sevanair que assegura a continuidade da carreira aérea entre Bragança e Portimão pelos próximos quatro anos já recebeu o visto do Tribunal de Contas.
A contratação do serviço estava dependente deste aval, o que surgiu esta semana, confirmou ontem o Ministro das Infraestruturas e Habitação‚ Pedro Nuno Santos, em Macedo de Cavaleiros.
“Estávamos à espera do visto do Tribunal de Contas para o novo contrato, entretanto já foi emitido, esta semana. Já temos contrato para quatro anos, visado pelo Tribunal de Contas, portanto esse problema está superado felizmente”, avançou.
A carreira aérea esteve em risco de ser suspensa no dia 22 de Fevereiro, data em que terminava um dos vários aditamentos do serviço, o que acabou por não acontecer após ser encontrada uma solução provisória.
Agora a continuação está assegurada por mais 4 anos depois do visto do Tribunal de Contas.
A contratação do serviço estava dependente deste aval, o que surgiu esta semana, confirmou ontem o Ministro das Infraestruturas e Habitação‚ Pedro Nuno Santos, em Macedo de Cavaleiros.
“Estávamos à espera do visto do Tribunal de Contas para o novo contrato, entretanto já foi emitido, esta semana. Já temos contrato para quatro anos, visado pelo Tribunal de Contas, portanto esse problema está superado felizmente”, avançou.
A carreira aérea esteve em risco de ser suspensa no dia 22 de Fevereiro, data em que terminava um dos vários aditamentos do serviço, o que acabou por não acontecer após ser encontrada uma solução provisória.
Agora a continuação está assegurada por mais 4 anos depois do visto do Tribunal de Contas.
Escrito por rádio Onda Livre (CIR)
Calendário da Sé de Miranda do Douro já atraiu cinco mil visitantes
Os 12 quadros conhecidos como “O Calendário da Sé de Miranda do Douro”, datados de 1580 e recentemente atribuídos, pelo investigador Vitor Serrão, ao pintor flamengo Peeter Balten, estão em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
A obra foi uma encomenda no século XVI, pelo bispo da altura, Jerónimo de Menezes, e estava, com pouca visibilidade, na concatedral de Miranda. Os quadros foram restaurados e estudados nos últimos anos e, após serem expostos no Museu Terra de Miranda, seguiram para a capital. Miguel Soromenho, técnico do Museu Nacional de Arte Antiga, assegura que a reacção dos visitantes tem sido muito boa. "Eu próprio já fiz algumas visitas guidas e temos aqui cinco mil visitantes que a viram desde que foi expostas. As reacções têm sido muito boas. Neste programa especial, a que chamamos 'Obra Convidada', temos tido obras de vários museus internacionais e dos melhores, de primeira linha, e as pessoas sabem que nele só temos obras de qualidade e de interesse etnográfico".
O nome de cada mês, pintado em cada tábua, corresponde à grafia antiga, utilizada em Antuérpia, na Flandres, a actual Bélgica, em finais de 1500. Peeter Balten foi um dos protagonistas da afirmação da pintura flamenga do século XVI, à semelhança do seu contemporâneo Peeter Bruegel. "É um pintor que foi companheiro ou, pelo menos, pintou com Brugel, logo isto também lhe dá uma certa notoriedade. É um pintor muito característico do gosto flamengo de finais do século XVI, da descoberta da cultura das feiras e quermesses".
Na abertura da exposição em Miranda, Vitor Serrão garantia que se estava perante uma jóia do património e que se mostrava assim que Miranda tinha bispos de cultura e gosto estético moderno, tendo havido, naquele tempo, uma pinacoteca de pintura flamenga com mais de uma centena de peças, da qual restam apenas 24 quadros. Miguel Soromenho destacou ainda que, perante este cenário, a adesão das pessoas à exposição seria evidente. "É muito importante” que estas peças tenham “sobrevivido”, até em “razoável” estado de conservação e que agora possam ser estudadas e vistas por diversa gente, porque “há outras que se perderam irremediavelmente”, referiu Miguel Soromenho.
A investigação sobre a origem e autoria dos quadros raros decorreu ao longo de cerca de quatro anos. O processo de restauro foi feito na cidade do Porto.
A obra foi uma encomenda no século XVI, pelo bispo da altura, Jerónimo de Menezes, e estava, com pouca visibilidade, na concatedral de Miranda. Os quadros foram restaurados e estudados nos últimos anos e, após serem expostos no Museu Terra de Miranda, seguiram para a capital. Miguel Soromenho, técnico do Museu Nacional de Arte Antiga, assegura que a reacção dos visitantes tem sido muito boa. "Eu próprio já fiz algumas visitas guidas e temos aqui cinco mil visitantes que a viram desde que foi expostas. As reacções têm sido muito boas. Neste programa especial, a que chamamos 'Obra Convidada', temos tido obras de vários museus internacionais e dos melhores, de primeira linha, e as pessoas sabem que nele só temos obras de qualidade e de interesse etnográfico".
O nome de cada mês, pintado em cada tábua, corresponde à grafia antiga, utilizada em Antuérpia, na Flandres, a actual Bélgica, em finais de 1500. Peeter Balten foi um dos protagonistas da afirmação da pintura flamenga do século XVI, à semelhança do seu contemporâneo Peeter Bruegel. "É um pintor que foi companheiro ou, pelo menos, pintou com Brugel, logo isto também lhe dá uma certa notoriedade. É um pintor muito característico do gosto flamengo de finais do século XVI, da descoberta da cultura das feiras e quermesses".
Na abertura da exposição em Miranda, Vitor Serrão garantia que se estava perante uma jóia do património e que se mostrava assim que Miranda tinha bispos de cultura e gosto estético moderno, tendo havido, naquele tempo, uma pinacoteca de pintura flamenga com mais de uma centena de peças, da qual restam apenas 24 quadros. Miguel Soromenho destacou ainda que, perante este cenário, a adesão das pessoas à exposição seria evidente. "É muito importante” que estas peças tenham “sobrevivido”, até em “razoável” estado de conservação e que agora possam ser estudadas e vistas por diversa gente, porque “há outras que se perderam irremediavelmente”, referiu Miguel Soromenho.
A investigação sobre a origem e autoria dos quadros raros decorreu ao longo de cerca de quatro anos. O processo de restauro foi feito na cidade do Porto.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
Mogadouro reivindica medidas concretas para desenvolvimento do território
O presidente da Câmara de Mogadouro reivindicou hoje ao Governo medidas concretas que resolvam às necessidades que afetam o concelho e que vão desde o regadio passando pela saúde, educação, desenvolvimento rural, benefícios fiscais ou regadio.
Francisco Guimarães aproveitou a presença do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, numa ação da iniciativa "Governo Mais Próximo" para entregar um envelope de reivindicações viradas para o desenvolvimento do território dirigidas aos diversos ministérios.
"Sei que não podemos falar em mar na nossa região, nem de quotas pesqueiras, mas devo falar daquilo que é importante para o nosso concelho e para a nossa região", atirou a autarca eleito nas listas do PS.
O autarca focou o seu discurso nos eixos prioritários para território como é o desenvolvimento rural, num concelho que é essencialmente agrícola, sendo importante que a implementação de regadios para o crescimento da região.
"É necessário e urgente dotar o concelho de Mogadouro e o Planalto Mirandês de regadios. Temos todas condições para que estes sejam implementados, mas para isso é necessária a boa vontade e o empenho de todos os departamentos do Estado", vincou.
No campo das áreas protegidas, o autarca pede ao Governo que estes territórios fiquem sob a gestão dos municípios.
"São os autarcas que estão mais perto das populações e sentem bem as dificuldades e os problemas com que debatem diariamente, principalmente quem está integrado dentro de uma área protegida", afiançou Francisco Guimarães.
No campo da educação, uma das propostas passa pela redução do número de alunos por turmas e na oferta de formativa de cursos profissionais.
O eixo empresarial também suscitou a atenção, com o autarca a pedir ao ministro para que o Governo não se esqueça do concelho de Mogadouro, alertando que a fixação de pessoas e a criação de emprego são essenciais.
"A aposta nestas medidas passa pela redução dos impostos às empresas como é caso da redução do IVA e no preço da eletricidade, exemplificou o autarca.
O ministro do Mar disse ter tomado nota das reivindicações do autarca, quando participava numa ação de sensibilização promovida pela Docapesca - Portos e Lotas sobre sustentabilidade do pescado e vantagens nutricionais, com a investigadora do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Narcisa Bandarra e o atleta Francisco Lufinha, recordista mundial de kitesurf de longa distância.
Questionado pela Lusa sobre a sua passagem pelo interior profundo para falar de mar, o governante disse que a sua presença que era uma questão de "literacia".
"É uma prática de informação. Não venho aqui apelar as pessoas para comerem peixe, mas dar informação sobre o peixe da nossa costa", vincou o ministro.
O primeiro-ministro esteve, desde a manhã de quarta-feira, com outros membros do Governo no distrito de Bragança, na primeira edição do programa "Governo Mais Próximo". O objetivo é o exercício de uma governação de proximidade e entrar em contacto direto com cada região e a população.
Francisco Guimarães aproveitou a presença do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, numa ação da iniciativa "Governo Mais Próximo" para entregar um envelope de reivindicações viradas para o desenvolvimento do território dirigidas aos diversos ministérios.
"Sei que não podemos falar em mar na nossa região, nem de quotas pesqueiras, mas devo falar daquilo que é importante para o nosso concelho e para a nossa região", atirou a autarca eleito nas listas do PS.
O autarca focou o seu discurso nos eixos prioritários para território como é o desenvolvimento rural, num concelho que é essencialmente agrícola, sendo importante que a implementação de regadios para o crescimento da região.
"É necessário e urgente dotar o concelho de Mogadouro e o Planalto Mirandês de regadios. Temos todas condições para que estes sejam implementados, mas para isso é necessária a boa vontade e o empenho de todos os departamentos do Estado", vincou.
No campo das áreas protegidas, o autarca pede ao Governo que estes territórios fiquem sob a gestão dos municípios.
"São os autarcas que estão mais perto das populações e sentem bem as dificuldades e os problemas com que debatem diariamente, principalmente quem está integrado dentro de uma área protegida", afiançou Francisco Guimarães.
No campo da educação, uma das propostas passa pela redução do número de alunos por turmas e na oferta de formativa de cursos profissionais.
O eixo empresarial também suscitou a atenção, com o autarca a pedir ao ministro para que o Governo não se esqueça do concelho de Mogadouro, alertando que a fixação de pessoas e a criação de emprego são essenciais.
"A aposta nestas medidas passa pela redução dos impostos às empresas como é caso da redução do IVA e no preço da eletricidade, exemplificou o autarca.
O ministro do Mar disse ter tomado nota das reivindicações do autarca, quando participava numa ação de sensibilização promovida pela Docapesca - Portos e Lotas sobre sustentabilidade do pescado e vantagens nutricionais, com a investigadora do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Narcisa Bandarra e o atleta Francisco Lufinha, recordista mundial de kitesurf de longa distância.
Questionado pela Lusa sobre a sua passagem pelo interior profundo para falar de mar, o governante disse que a sua presença que era uma questão de "literacia".
"É uma prática de informação. Não venho aqui apelar as pessoas para comerem peixe, mas dar informação sobre o peixe da nossa costa", vincou o ministro.
O primeiro-ministro esteve, desde a manhã de quarta-feira, com outros membros do Governo no distrito de Bragança, na primeira edição do programa "Governo Mais Próximo". O objetivo é o exercício de uma governação de proximidade e entrar em contacto direto com cada região e a população.
Programa de valorização de produtos regionais reforçado com 20 ME
O programa para a valorização de produtos regionais, o PROVERE, foi reforçado na região Norte de Portugal com mais 20 milhões de euros, anunciou hoje a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Depois da conferência de imprensa a Ministra Ana Abrunhosa, e Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, foram a Vimioso ao Parque Ibérico da Natureza e Aventura.
O Programa tinha uma verba global de 34,5 milhões de euros que aumenta para 54,5 milhões de euros disponíveis para as cinco sub-regiões do norte, como informou o presidente da CCDR-N, Freire de Sousa, em Vimioso, no distrito de Bragança.
Os PROVERE mostram a importância do investimento público nos territórios. No Parque Ibérico da Natureza e Aventura de Vimioso anunciamos o reforço de 33,5 M€ para este instrumento na região Norte. E redescobrimos o que de melhor temos, único e inimitável, no nosso país
Integrados no programa 2020, os Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) destinam-se a investimentos “considerados “projetos-âncora” a implementar por instituições locais, como municípios, entidades intermunicipais e associações de desenvolvimento local”, segundo a CCDR-N.
Cada PROVERE “assume-se como um plano de marketing territorial para cada uma das cinco sub-regiões” do Norte de Portugal, nomeadamente Alto Tâmega, Douro, Alto Minho, Cávado e Ave, Terras de Trás-os-Montes e Tâmega e Sousa.
O PROVERE destina-se também a “territórios de baixa densidade da Área Metropolitana do Porto, prevendo ações como a requalificação de património cultural, a promoção de rotas turísticas, a revitalização de infraestruturas termais, a aposta em ecovias e passadiços ou a promoção de produtos locais”, como esclareceu a CCDR-N.
A finalidade destes programas é “incutir uma maior dinâmica na economia local das sub-regiões consideradas menos competitivas da região” Norte.
Primeiro-ministro faltou a Vimioso, onde o Governo chegou por Espanha
O primeiro-ministro, António Costa, faltou hoje à visita agendada para Vimioso, um concelho “habituado a esperar” e onde tudo “custa tanto a chegar” que a alternativa é Espanha, até para o Governo.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, acabou por ser a única da comitiva prevista a encerrar os dois dias do Governo Mais Próximo em Bragança, dedicado à valorização do Interior e que terminou num dos concelhos mais isolados do Nordeste Transmontano.
“Um território onde custa tanto a chegar a alguns”, como observou o presidente da Câmara, Jorge Fidalgo, porque falta uma estrada pedida há décadas. A alternativa é Espanha, ali ao lado, e, talvez porque a própria tecnologia GPS é para lá que orienta os automobilistas, a ministra foi pelo estrangeiro para chegar ao interior profundo.
Cinco minutos separam Vimioso de Espanha e de uma rodovia que permite viajar comodamente entre o concelho português e Bragança. Por Portugal são 20 minutos de uma sucessão de curvas pelo vale do Rio Maçãs atenuada por poucos quilómetros de autoestrada já perto da capital de distrito.
“Eu estive hoje com várias pessoas que aqui vierem e diziam elas: isto fica mesmo no fim do mundo. Não estão habituados hoje a percorrer estradas com 50, 60 ou mais anos e que não oferecem as condições de segurança e de comodidade que oferecem hoje as novas vias”, observou à Lusa o autarca local.
Vimioso tem ficado para trás e continua a aguardar a concretização da estrada que há décadas esbarra em obstáculos ambientais e que até já foi travada por um rato, o chamado rato Cabrera, protegido pela União Europeia.
O projeto está finalmente aprovado e o presidente da Câmara conta agora com o primeiro-ministro, António Costa, para em breve “pôr a primeira pá de cimento da travessia Vimioso-Carção”.
“Nós já estamos habituados a tanta coisa”, desabafou o autarca, apontando outro caso, o do regadio de Santulhão, um projeto de “quatro a cinco milhões de euros” que foi incluído pelo Governo no Plano Nacional de Regadios e, depois de prontos os estudos necessários, foi reprovado porque os organismos do Estado “não sabem se vai ter água”.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, pediu desculpa por o primeiro-ministro não estar presente, mas assegurou que “ele virá certamente” noutra ocasião.
“Nem o senhor presidente, nem as forças vivas têm de ficar melindradas com o senhor primeiro-ministro porque ele só não veio porque o Conselho de Ministros acabou de facto muito tarde”, justiçou a ministra, referindo-se à reunião que decorreu em Bragança.
O Governo aprovou hoje medidas para valorizar o Interior com a ministra da tutela a realçar que alterar o atual estado das coisas “demora tempo, mas significa não desistir, significa criar incentivos, articulá-los com os autarcas, as comunidades intermunicipais”.
A governante considera que “há situações que é impossível reverter” porque “não se pode obrigar as pessoas a viver onde não querem viver nem o investidor a investir onde não quer investir”.
Em Portugal, continuou, “é a tendência europeia, que é as populações e a atividade económica tendem a concentrar-se nos centros urbanos e os espaços rurais tendem a perder população e atividade económica”.
“Isso não quer dizer que desistamos das pessoas que lá estão e que procuremos que os territórios fiquem abandonados, porque este territórios podem ser ocupados com a agricultura, com a floresta, nós não podemos é abandonar as pessoas e os territórios”, afirmou.
Ana Abrunhosa encerrou, em Vimioso, dois do Governo Mais Próximo no distrito de Bragança com António Costa e vários ministros pela região e um Conselho de Ministros em Bragança. A próxima iniciativa é, em março, na região de Castelo Branco.
Depois da conferência de imprensa a Ministra Ana Abrunhosa, e Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, foram a Vimioso ao Parque Ibérico da Natureza e Aventura.
O Programa tinha uma verba global de 34,5 milhões de euros que aumenta para 54,5 milhões de euros disponíveis para as cinco sub-regiões do norte, como informou o presidente da CCDR-N, Freire de Sousa, em Vimioso, no distrito de Bragança.
Os PROVERE mostram a importância do investimento público nos territórios. No Parque Ibérico da Natureza e Aventura de Vimioso anunciamos o reforço de 33,5 M€ para este instrumento na região Norte. E redescobrimos o que de melhor temos, único e inimitável, no nosso país
Integrados no programa 2020, os Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) destinam-se a investimentos “considerados “projetos-âncora” a implementar por instituições locais, como municípios, entidades intermunicipais e associações de desenvolvimento local”, segundo a CCDR-N.
Cada PROVERE “assume-se como um plano de marketing territorial para cada uma das cinco sub-regiões” do Norte de Portugal, nomeadamente Alto Tâmega, Douro, Alto Minho, Cávado e Ave, Terras de Trás-os-Montes e Tâmega e Sousa.
O PROVERE destina-se também a “territórios de baixa densidade da Área Metropolitana do Porto, prevendo ações como a requalificação de património cultural, a promoção de rotas turísticas, a revitalização de infraestruturas termais, a aposta em ecovias e passadiços ou a promoção de produtos locais”, como esclareceu a CCDR-N.
A finalidade destes programas é “incutir uma maior dinâmica na economia local das sub-regiões consideradas menos competitivas da região” Norte.
Primeiro-ministro faltou a Vimioso, onde o Governo chegou por Espanha
O primeiro-ministro, António Costa, faltou hoje à visita agendada para Vimioso, um concelho “habituado a esperar” e onde tudo “custa tanto a chegar” que a alternativa é Espanha, até para o Governo.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, acabou por ser a única da comitiva prevista a encerrar os dois dias do Governo Mais Próximo em Bragança, dedicado à valorização do Interior e que terminou num dos concelhos mais isolados do Nordeste Transmontano.
“Um território onde custa tanto a chegar a alguns”, como observou o presidente da Câmara, Jorge Fidalgo, porque falta uma estrada pedida há décadas. A alternativa é Espanha, ali ao lado, e, talvez porque a própria tecnologia GPS é para lá que orienta os automobilistas, a ministra foi pelo estrangeiro para chegar ao interior profundo.
Cinco minutos separam Vimioso de Espanha e de uma rodovia que permite viajar comodamente entre o concelho português e Bragança. Por Portugal são 20 minutos de uma sucessão de curvas pelo vale do Rio Maçãs atenuada por poucos quilómetros de autoestrada já perto da capital de distrito.
“Eu estive hoje com várias pessoas que aqui vierem e diziam elas: isto fica mesmo no fim do mundo. Não estão habituados hoje a percorrer estradas com 50, 60 ou mais anos e que não oferecem as condições de segurança e de comodidade que oferecem hoje as novas vias”, observou à Lusa o autarca local.
Vimioso tem ficado para trás e continua a aguardar a concretização da estrada que há décadas esbarra em obstáculos ambientais e que até já foi travada por um rato, o chamado rato Cabrera, protegido pela União Europeia.
O projeto está finalmente aprovado e o presidente da Câmara conta agora com o primeiro-ministro, António Costa, para em breve “pôr a primeira pá de cimento da travessia Vimioso-Carção”.
“Nós já estamos habituados a tanta coisa”, desabafou o autarca, apontando outro caso, o do regadio de Santulhão, um projeto de “quatro a cinco milhões de euros” que foi incluído pelo Governo no Plano Nacional de Regadios e, depois de prontos os estudos necessários, foi reprovado porque os organismos do Estado “não sabem se vai ter água”.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, pediu desculpa por o primeiro-ministro não estar presente, mas assegurou que “ele virá certamente” noutra ocasião.
“Nem o senhor presidente, nem as forças vivas têm de ficar melindradas com o senhor primeiro-ministro porque ele só não veio porque o Conselho de Ministros acabou de facto muito tarde”, justiçou a ministra, referindo-se à reunião que decorreu em Bragança.
O Governo aprovou hoje medidas para valorizar o Interior com a ministra da tutela a realçar que alterar o atual estado das coisas “demora tempo, mas significa não desistir, significa criar incentivos, articulá-los com os autarcas, as comunidades intermunicipais”.
A governante considera que “há situações que é impossível reverter” porque “não se pode obrigar as pessoas a viver onde não querem viver nem o investidor a investir onde não quer investir”.
Em Portugal, continuou, “é a tendência europeia, que é as populações e a atividade económica tendem a concentrar-se nos centros urbanos e os espaços rurais tendem a perder população e atividade económica”.
“Isso não quer dizer que desistamos das pessoas que lá estão e que procuremos que os territórios fiquem abandonados, porque este territórios podem ser ocupados com a agricultura, com a floresta, nós não podemos é abandonar as pessoas e os territórios”, afirmou.
Ana Abrunhosa encerrou, em Vimioso, dois do Governo Mais Próximo no distrito de Bragança com António Costa e vários ministros pela região e um Conselho de Ministros em Bragança. A próxima iniciativa é, em março, na região de Castelo Branco.
À espera de cair
No início da rua do Loreto, em Bragança, o tempo e um incêndio há alguns anos deixaram a fachada de uma casa devoluta em situação cada vez mais preocupante.
Pelo menos para os vizinhos porque, de resto, mais ninguém se parece preocupar com a possibilidade de uma parede cair em cima de algum transeunte, isto porque o telhado há muito que foi à vida...
Pelo menos para os vizinhos porque, de resto, mais ninguém se parece preocupar com a possibilidade de uma parede cair em cima de algum transeunte, isto porque o telhado há muito que foi à vida...
Diz o Zé que...
Aldeia de Salselas com assaltos na noite de domingo para segunda-feira
De domingo para segunda-feira foram assaltados o café do museu, a junta de freguesia e o espaço da comissão de festas na aldeia de Salselas, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Segundo João Pinto, presidente da junta de freguesia, foram maiores os estragos que o valor das coisas furtadas:
“Os estragos foram maiores que o prejuízo. Rebentaram as caixas dos brindes e dos chocolates e levaram o dinheiro que estava lá. Não desconfiamos de ninguém, até porque é altura de Carnaval e há por ali mais pessoas que o habitual.”
O caso foi reportado à GNR.
Segundo João Pinto, presidente da junta de freguesia, foram maiores os estragos que o valor das coisas furtadas:
“Os estragos foram maiores que o prejuízo. Rebentaram as caixas dos brindes e dos chocolates e levaram o dinheiro que estava lá. Não desconfiamos de ninguém, até porque é altura de Carnaval e há por ali mais pessoas que o habitual.”
O caso foi reportado à GNR.
Escrito por ONDA LIVRE
António Costa afirma que é necessário investir nas regiões do Interior
O Governo está deslocalizado durante dois dias em Bragança com a intenção de exercer uma governação de proximidade. António Costa ouviu as reclamações e sugestões de agricultores do distrito e deu especial atenção aos investimentos da região.
Marta Temido visita Unidade Hospitalar de Bragança
A ministra da Saúde também faz parte da comitiva de António Costa e visitou a Unidade Hospitalar de Bragança, distrito que enfrenta um envelhecimento da classe médica e dificuldade em fixar profissionais.
Década de escravidão dá oito anos de cadeia
Agridem grávida para causar aborto e obrigam menina a deixar a escola para cuidar da filha de uma das arguidas.
Dois homens e uma mulher foram esta sexta-feira condenados a penas entre oito e oito anos e meio de cadeia, em Bragança, por escravidão e tráfico de pessoas, entre 2000 e 2011. O coletivo de juízes considerou que as penas são "moderadas face ao cúmulo jurídico", deixando a esperança de que "sirvam de emenda".
Ao todo, respondiam no processo seis arguidos - cinco da mesma família, de Alfândega da Fé. Um foi absolvido e dois não foram condenados uma vez que os crimes já prescreveram.
Os arguidos angariavam pessoas sem suporte familiar nem financeiro e desempregadas, aliciando-as para trabalhar na agricultura na zona de Zamora, em Espanha. Os homens eram obrigados a trabalhar na agricultura e as mulheres escravizadas em lides domésticas, sem descanso nem salário.
Na leitura do acórdão, foram referidos testemunhos de vítimas: "Não podia sair à rua para passear, só para estender a roupa" e "só tomava banho para ir à missa, ao tribunal ou ao médico". Por vezes, havia agressões violentas.
Num dos casos, uma das vítimas, grávida de 24 semanas na altura, foi agredida com intenção de provocar um aborto. Já uma menor de 13 anos foi obrigada a deixar a escola no final do 6º ano para tomar conta da filha bebé de uma das arguidas.
As vítimas tinham documentação espanhola, que era usada pelos arguidos para a obtenção de subvenções em Espanha, além de se apoderarem também dos subsídios a que aquelas tinham direito em Portugal.
Tribunal de Bragança - FOTO: José Pontera |
Ao todo, respondiam no processo seis arguidos - cinco da mesma família, de Alfândega da Fé. Um foi absolvido e dois não foram condenados uma vez que os crimes já prescreveram.
Os arguidos angariavam pessoas sem suporte familiar nem financeiro e desempregadas, aliciando-as para trabalhar na agricultura na zona de Zamora, em Espanha. Os homens eram obrigados a trabalhar na agricultura e as mulheres escravizadas em lides domésticas, sem descanso nem salário.
Na leitura do acórdão, foram referidos testemunhos de vítimas: "Não podia sair à rua para passear, só para estender a roupa" e "só tomava banho para ir à missa, ao tribunal ou ao médico". Por vezes, havia agressões violentas.
Num dos casos, uma das vítimas, grávida de 24 semanas na altura, foi agredida com intenção de provocar um aborto. Já uma menor de 13 anos foi obrigada a deixar a escola no final do 6º ano para tomar conta da filha bebé de uma das arguidas.
As vítimas tinham documentação espanhola, que era usada pelos arguidos para a obtenção de subvenções em Espanha, além de se apoderarem também dos subsídios a que aquelas tinham direito em Portugal.
Tânia Rei
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