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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 8 de março de 2020

EM PORTUGAL, NASCERAM 20 ÁGUIAS-IMPERIAIS COM SUCESSO EM 2019

Dados avançados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que número de crias se manteve semelhante ao ano anterior. Objectivo é seguir cinco águias por GPS em 2020.

Tal como tinha sucedido no ano anterior, houve 17 casais reprodutores de águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) que nidificaram em território português. Dois dos ninhos situaram-se na região do Tejo Internacional (Beira Alta) e os restantes no Alto e Baixo Alentejo, zonas onde esta ave se reproduz.

Segundo o ICNF, numa resposta enviada à Wilder, “todos os casais conseguiram fazer ninho mas nem todos conseguiram ter crias”. Houve registo do nascimento de 22 pequenas águias – menos uma do que em 2019 – mas desse total foi possível observar 20 crias a voar. Ou seja, terão sido estas últimas as que conseguiram sobreviver com sucesso, num número também igual a 2019.

A águia-imperial-ibérica é considerada Em Perigo Crítico de extinção em Portugal, onde só voltou a nidificar em 2003, depois de ter deixado de se reproduzir no país durante os anos 80. Esta águia muito grande caracteriza-se pelas asas longas e uniformemente largas e cauda relativamente curta.
Águia-imperial-ibérica. Foto: Juan Lacruz/Wiki Commons
O envenenamento ilegal e os incidentes de electrocussão são duas das principais ameaças ao futuro destas águias, que se reproduzem apenas nalgumas regiões de Portugal e Espanha. O declínio do coelho-bravo prejudica também esta ave de rapina, que depende muito desse mamífero na sua alimentação.

E por isso, um dos principais meios para a conservação desta espécie tem sido apoiar o aumento de coelhos com a construção de abrigos artificiais, os chamados maroços. Esta tem sido uma das acções do projecto LIFE Imperial, que desde 2014 trabalha com o objectivo de melhorar a conservação da águia-imperial-ibérica.


A construção de ninhos artificiais para estas aves e o combate ao uso ilegal de venenos, tal como a educação ambiental, são outras acções deste projecto comparticipado por fundos comunitários, que termina em Junho deste ano. Coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), tem como parceiros a GNR, o ICNF, a EDP Distribuição, a Câmara Municipal de Castro Verde, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO/Birdlife) e a empresa Tragsatec.
Águia-imperial-ibérica. Foto: José Luís Barros / Life Imperial
Outra aposta do LIFE Imperial foi o seguimento de águias-imperiais por GPS, com a marcação de 17 crias ainda no ninho com emissores à distância nestes últimos anos. Desta forma, enquanto os aparelhos se mantiveram activos, foi possível estudar o comportamento dessas águias, que procuram outros territórios antes de se tornarem adultas e regressarem aos territórios onde nasceram.

Biotrans quer seguir águias-imperiais
Apesar do final deste projecto para breve, há planos para seguir cinco águias-imperiais à distância durante o ano de 2020, ligados desta vez ao projecto Biotrans. De acordo com o ICNF, que no final do ano passado divulgou que tinha sido marcada uma cria de águia-imperial, o cumprimento deste objectivo “depende sempre da existência de condições de captura”.

O Biotrans – Gestão Integrada da Biodiversidade na Região Transfronteiriça é um projecto luso-espanhol apoiado por fundos comunitários no âmbito do programa Interreg Poctep. O objetivo geral é a “gestão integrada da biodiversidade no Centro-Alentejo-Extremadura, através da implementação de acções concertadas entre Portugal e Espanha para proteger e conservar grupos biológicos e espécies identificadas na área”, indica também o instituto. Estão previstas acções de “melhoria do status de conservação de espécies e populações de flora e fauna ameaçadas, raras e endêmicas, através da gestão e restauros adequadas dos habitats”.

Em vigor desde Abril do ano passado, o Biotrans tem como parceiros a Junta da Extremadura espanhola, o ICNF, a Universidade de Évora, a fundação CBD para a Conservação da Biodiversidade e o seu Habitat, e a Quercus.

Saiba mais.

Recorde como se fazem os trabalhos de marcação das águias-imperiais-ibéricas no ninho, AQUI.

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