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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 12 de julho de 2020

Anna, a Brasileirinha de São Paulo

O novo livro da escritora transmontana Isabel Maria Fidalgo Mateus
“De facto, foi no ano de todas as partidas, em 1912, que o recém-casado Carlos Alberto Lopes emigrou do seu lugarejo transmontano para o Brasil. Tendo sido agricultor toda a sua vida, empregou-se lá no ramo das padarias. De resto, ofício que numerosos migrantes portugueses abraçaram no país de acolhimento. Só passados cinco anos, chegou, por fim, a Portugal a tão esperada carta de chamada, e foi a vez de a sua esposa e a filha Anna, de apenas seis anos de idade, embarcarem da Lisboa das Descobertas rumo ao porto de Santos, tendo como destino São Paulo para aí se fixarem.

Quase no fim da narrativa, surge a questão: haverá algum lusodescendente destemido que vista a velha pele de emigrante torna-viagem e que assim regresse à ancestral pátria para juntar as duas metades dum fruto?

Rocha-Trindade realça ainda que o imenso prazer que lhe trouxe a leitura deste texto não é apenas resultante do tema selecionado mas também, e sobretudo, da forma como foi tratado. A originalidade de abordagem no romance Anna, A brasileirinha de São Paulo oferece ao leitor duas narrativas que se cruzam e complementam dentro da mesma diegese: a possível e a imaginada, sendo ambas verosímeis. Aquele é o próprio interlocutor do narrador em demanda de novas peripécias e personagens que se vão, gradualmente, juntando à história narrada consoante a matéria lhe vai chegando.

Assim, inspirado numa só fotografia representativa da família brasileira mas servindo-se igualmente da pesquisa feita em arquivo, este é afinal o romance que vem dar uma valiosa contribuição literária no que se refere à vivência e à complexidade humana que caracterizam cada época de instalação migratória. Aliás, a visão oposta à do brasileiro caricaturado na literatura romântica de Camilo“.

Da sinopse de “Anna, a Brasileirinha de São Paulo“

«A autora Isabel Mateus, oriunda de Trás-os-Montes, uma das regiões mais afetadas pela saída dos que procuraram melhorar vida fora do país, conseguiu, através da sua escrita, reconstituir o cenário em que se deslocou uma família, excelente paradigma dos que no início do século XX, deixando aldeias perdidas do interior, atravessaram o Atlântico tentando atingir o sonho que o relato de muitos conterrâneos tinha ajudado a construir», afirma a socióloga das migrações Maria Beatriz Rocha-Trindade.

Anna, a Brasileirinha de São Paulo
de Isabel Maria Fidalgo Mateus
ISBN: 9789899975859
Edição ou reimpressão: 02-2020
Editor: Gráfica Ediliber, Lda
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 209 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 240

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