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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 14 de julho de 2020

"Clusters" da floresta à biomédica propostos para desenvolver interior

O Plano de Recuperação Económica e Social propõe um plano de investimento direcionado para o interior que prevê a criação de ‘clusters’ regionais em várias áreas, da floresta às ciências biomédicas, numa lógica de “descentralizar o país”.
Uma versão preliminar do documento, elaborado pelo consultor do Governo António Costa Silva no âmbito da pandemia da covid-19 e a que a Lusa teve hoje acesso, atribui à coesão do território, à agricultura e à floresta um papel fundamental para “mobilizar o interior do país” e “contribuir para a construção de uma economia mais justa, equilibrada e inclusiva”.

Tal como noutros documentos de gestão do território das últimas décadas, é reconhecido que há um desafio significativo ao nível da estrutura da propriedade, “extremamente fragmentada”, e da conversão de paisagens de forma a melhorar a vida das comunidades locais e reduzir riscos como os dos incêndios rurais.

“O que a pandemia nos mostra é que não podemos menosprezar riscos. O que a ciência nos diz é que o risco das alterações climáticas é real e já se faz sentir”, destaca o documento, defendendo que o “novo dinamismo” revelado hoje pelo interior deve ser reforçado com um vasto plano de investimento na ciência, na tecnologia, no conhecimento e nos recursos humanos.

“É preciso descentralizar o crescimento e descentralizar o país”, acrescenta.

O plano propõe apostar, em alguns municípios específicos ou reunindo diferentes cidades e distritos, em ‘clusters’ que permitam às economias locais ganhar escala e dinamizar todo o ciclo económico, aproveitando projetos já em desenvolvimento, como no caso de Bragança, Castelo Branco e Évora, para onde se preconiza “uma rede para a valorização das culturas agrícolas, identificação sistemática de pragas e doenças de cultuais agrícolas e florestais, e investigação dos mecanismos de transmissão de infeções e da interação homem-animal na propagação de vírus”.

Já o Fundão (distrito de Castelo Branco), onde estão hoje instaladas várias empresas do setor informático, “pode servir de âncora a um grande projeto digital” que envolva a ligação a outras cidades portuguesas e espanholas, e Viseu pode afirmar-se como cidade inteligente, “paradigma da cidade do futuro”, e “vender esse conhecimento nos mercados europeu e global”, aproveitando a aposta que tem feito na mobilidade inteligente ou na transição energética.

Em Castelo Branco e na Covilhã, no mesmo distrito, a proposta é consolidar o polo de inovação biomédica e aumentar a capacidade já instalada, com a crescente associação de sistemas de saúde e projetos empresariais; em Elvas destacam-se as “condições para construir um centro de desenvolvimento, promoção e valorização de novas culturas e produtos naturais para o mercado nacional e europeu”; e Montesinho, no distrito de Bragança, surge como o palco de um “projeto sustentável de valorização dos recursos naturais, promoção de novas culturas e produtos naturais”, inclusive com o estudo das alterações climáticas.

O plano destaca ainda um possível projeto-âncora no Vale do Côa (como “grande polo de valorização da paisagem e do território”, com uma aposta no turismo de natureza, o estudo das alterações climáticas e o desenvolvimento de processos para melhorar a qualidade da água e dos solos) e um ‘cluster’ de águas termais que agregue locais como Chaves, Vidago, Curia, Pedras Salgadas, Luso, Manteigas, Monchique e São Pedro Sul.

Além de um constante diálogo com Espanha, a partir das cidades fronteiriças, e da promoção de “autarquias-laboratório” (que têm plataformas de colaboração permanente com o ensino superior, empresas e centros tecnológicos), o Plano de Recuperação Económica e Social sugere a promoção da Madeira e dos Açores como “paraísos da biodiversidade ligados à diferenciação da oferta turística e à observação biológica”.

Para as duas áreas metropolitanas do país – Lisboa e Porto – propõe-se um projeto de investimento que as afirme como “macrorregiões competitivas globais”, com o desenvolvimento de soluções de cidades mais inteligentes e eficientes, também em interação com organismos científicos, o ensino superior e empresas.

Segundo o Governo, a versão final do plano será apresentada no final do mês, seguindo depois para discussão pública.


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