Do lado da tradição está Isidro Rodrigues. O artesão da Aveleda tem como objectivo preservar as festas das máscaras.
“Por uma necessidade que havia na altura, por não haver um artesão propriamente dito, eram os próprios caretos que faziam as máscaras. Estas últimas gerações tinham alguma dificuldade em fazê-las e eu próprio tomei a iniciativa de começar a fazê-las tal como eram antigamente, ou seja, respeitando a traça original e essa genuinidade é o que me caracteriza na construção da máscara. Por exemplo, em Rio de Onor onde já não existem máscaras originais e eu procuro, sabendo como era a máscara originalmente, fazer réplicas”, afirma.
Do lado da inovação estão as máscaras e trajes da Associação Fisga. Segundo o presidente da entidade, Acácio Pradinhos, é possível haver diálogo entre a tradição e a inovação.
“Nós queremos que as pessoas vejam estas duas realidades, que têm uma coexistência pacífica, a tradição não é estática, tem a sua evolução. Agora é importante que nós tenhamos respeito por ela e quando a abordarmos, quando a trabalharmos, que mantenhamos pelo menos essa tradição e esse carinho por aquela que era o passado e o presente, que é a descoberta de novas linguagens”, referiu.
O convite partiu da INATEL, com o objectivo de dinamizar o espaço da fundação que está no Mercado Municipal, mas também o artesanato local. Esta é o início da divulgação de muitas outras actividades, avança a directora da fundação em Bragança, Augusta Machado.
“Vamos dar continuidade a esta actividade, estamos à espera que outras associações respondam, porque esta exposição vai decorrer durante um mês. A seguir queremos dar oportunidade a outros artesãos e a outras actividades, mesmo a nível do folclore, trajes…”, adiantou.
A exposição “Diálogos entre a tradição e inovação”, da Associação Fisga e do artesão Isidro Rodrigues pode ser vista até 27 de Agosto no Mercado Municipal de Bragança.
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