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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Casamento de centenário leva empregada, médicos e uma funcionária a julgamento

 O caso de uma empregada que casou com um centenário em Bragança começa a ser julgado na terça-feira, com três médicos e uma funcionária do Registo Civil sentados no banco dos réus, junto com a protagonista do processo.


Trata-se do processo-crime relacionado com o casamento celebrado em 2017, dois meses antes de o idoso morrer, e que já foi alvo de outras decisões judiciais, que consideraram o homem com 101 anos incapaz e anularam o matrimónio e o testamento relativo a uma fortuna avaliada em dois milhões de euros.

A antiga empregada vai ser julgada no Tribunal de Bragança pelos crimes de sequestro e uso de documento falso, dois psiquiatras e uma psicólogo pela emissão de atestados médicos falsos e uma funcionária do Registo Civil por desobediência qualificada, de acordo com o processo a que a Lusa teve acesso.

O caso remonta a 04 de maio de 2017, quando a mulher, na época com 53 anos, que foi empregada da família durante quase 30 anos, casou com o idoso de 101 anos, na Conservatória de Ribeira de Pena (Vila Real), a 156 quilómetros de onde viviam, em Bragança.

Poucos dias depois, a 10 de maio, no Cartório Notarial de Vieira do Minho (Braga) foi lavrado o testamento, que o tribunal já anulou, e no qual era beneficiária da chamada quota disponível, a parte da herança que o testador pode deixar a quem entender e que conferia a esta mulher um terço da herança, perto de 667 mil euros.

A esta quantia somaria a da quota que ainda teria como herdeira legítima como esposa, junto com os filhos, e que distribuiria a cada um dos cinco um valor próximo de 266 mil euros.

Com este testamento e com o casamento, Rita Monteiro teria direito a uma herança de valor próximo dos 933 mil euros, quase metade dos dois milhões de euros em bens e dinheiro deixados pelo centenário milionário.

O tribunal já tinha anulado o casamento e o testamento a pedido de três dos quatro filhos do idoso, que intentaram também a ação que começa a ser julgada esta terça-feira, bem como uma outra, marcada para 15 de setembro, em que a antiga empregada responde pelo alegado roubo de valores equivalente a 980 mil euros.

O Ministério Público acusa a mulher de sequestro, por desrespeitar as decisões da tutora legal - a filha - relativamente ao idoso e de uso de documento falso, concretamente os atestados médicos, pelos quais respondem os psiquiatras e psicólogo.

Estes médicos atestaram que o centenário estava capaz de tomar decisões, mas a justiça deu como provado que nos cinco anos anteriores ao casamento já estava incapaz de manifestar a sua vontade e de gerir a fortuna.

Os médicos foram punidos disciplinarmente.

A funcionária do Registo Civil foi alvo também de um procedimento disciplinar, que foi arquivado, mas o Ministério Público entendeu acusá-la por celebrar o casamento apesar das evidências da incapacidade do centenário.

Neste processo, os três filhos pedem aos arguidos uma indemnização por danos morais no valor de 50 mil euros.

A mulher em causa foi contratada há quase 30 anos pela esposa, que morreu pouco tempo depois, e a empregada continuou a trabalhar para o marido.

Na justiça, a arguida alegou que, além de empregada, passou a viver em união de facto com este, o que o tribunal não deu como provado, com base em testemunhos de outros trabalhadores que frequentavam a casa.

Atualização:

Adiado julgamento de empregada que casou com um centenário de Bragança

 O julgamento relacionado com o casamento de uma empregada com um centenário de Bragança foi hoje adiado, sem nova data, devido a doença de um dos intervenientes no processo, segundo fonte judicial.

O caso senta no banco dos réus do Tribunal de Bragança a empregada, dois psiquiatras, uma psicóloga e uma funcionária do Registo Civil, acusados dos crimes de sequestro, uso de documento falso, emissão de atestados médicos falsos e desobediência qualificada.

Trata-se do processo-crime relacionado com o casamento celebrado dois meses antes de o idoso morrer, e que já foi alvo de outras decisões judiciais, que consideraram o homem com 101 anos incapaz e anularam o matrimónio e o testamento relativo a uma fortuna avaliada em dois milhões de euros.

O caso remonta a 04 de maio de 2017, quando a mulher, na época com 53 anos, que foi empregada da família durante quase 30 anos, casou com o idoso, de 101 anos, na Conservatória de Ribeira de Pena (Vila Real), a 156 quilómetros de onde viviam, em Bragança.

Foto: SIC

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