De acordo com o presidente da CIM, Jorge Fidalgo, a perda de população no território, a gestão dos fundo comunitários e o fecho de serviços públicos foram algumas das problemáticas transmitidas. "Temos que encontrar estratégias, e não vai ser fácil, de reverter, ou pelo menos estancar, este problema do despovoamento. Também achamos que a gestão dos fundos comunitários devia ser mais descentralizada, devia partir dos municípios para as CCDR's e para o Governo. Apelar ainda para as questões dos serviços públicos que muitos dos nossos territórios vão perdendo. Há problemas concretos ao nível das conservatórias, da saúde, da educação, porque sabemos que territórios com menos gente a tendência é fazer lá cada vez menos investimento".
Jorge Fidalgo alertou para as especificidades do território e a necessidade ter medidas ajustadas. "Territórios com realidades específicas têm que ter também eles um tratamento diferenciador. Não queremos ser mais nem menos que outros. Queremos que os nossos problemas sejam resolvidos e se as soluções tiverem que ser diferenciadoras que o sejam".
Outra das preocupações transmitidas pelos autarcas esteve relacionada com a transferência de competências do Governo para as câmaras municipais. Isaura Morais, presidente da Comissão Parlamentar do PSD, explicou que os presidentes se queixam da falta de verbas. "Ouvimos dos senhores presidentes de câmara a forma como está a decorrer a descentralização e que é transversal de que o Estado central delega as competências para os municípios, mas depois não as faz acompanhar as respectivas verbas financeiras".
O distrito foi o primeiro a ser visitado pela Comissão Parlamentar - Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local - que vai andar pelo país a perceber quais as dificuldades dos territórios, mas também as suas virtudes. No final será elaborado um relatório. "Depois, aí, seguramente, cada partido, cada grupo parlamentar irá elaborar recomendações ao Governo ou então serão apresentadas propostas lei que se justifiquem em função do que estamos a ouvir".
Em Bragança estiveram deputados do Partido Socialista, nomeadamente Sobrinho Teixeira e Berta Nunes, eleitos pelo distrito, deputados do Partido Social-Democrata e deputados do Chega, embora também façam parte da comissão deputados da Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda e o PCP.
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