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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Um Natal dos simples...

 O Natal, era igualzinho ao que é descrito nos livros e visto nos cinemas. Calor humano, expectativa pelos presentes, filhós e rabanadas e a família reunida. A família e os vizinhos. A partilha era intensa e permanente e éramos todos família.
Num Natal, o “Pai Natal” foi generoso comigo.
Para não variar era um Natal muito branco e frio. Mas isso não me impediu de ir acordar o Nuno, logo de manhãzinha, para irmos brincar aos Cowboys e aos Índios.
O “Pai Natal” tinha-me metido no sapatinho duas pistolas plásticas (daquele plástico duro), com os respectivos coldres, uma estrela de xerife e ainda uma nota de vinte escudos. Loucura completa!
E lá andávamos, eu e o Nuno, aos tiros à volta da casa. A neve ajudava a escapar aos tiros, escondíamo-nos, fazíamos simulações qual Texas Jack ou David Crocket. Com o novo equipamento estava bom de ver que eu era o Cowboy e o Nuno o Índio.
Eis quando... fora do guião, o Nuno improvisou e montou-me uma armadilha. Com uma rasteira fez-me cair e partir uma das pistolas. Injustiçado, procurei fazer justiça através da arma que todos tínhamos e usávamos, uma pedrada. Só que foi mal direccionada... e ainda bem.
Parti o vidro da janela do meu quarto. Ao olhar melhor para o efeito da minha tentativa, frustrada, de "vingança", vi o rosto do meu Pai. Não vi só o rosto, vi também o dedo indicador dele a sinalizar que o meu próximo passo era ir a casa…
E, eu fui que remédio.
A coisa não correu muito mal, podia ter sido bem pior:
- Passa para cá os vinte paus para pagar o vidro. Como era Natal livrei-me de uma, ou duas, lambadas.
Moral da história:
Um Natal tão profícuo em prendas desvaneceu-se em minutos.
Nem pistola nem os vinte paus.
Paciência, era a vida.

HM

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