Para muitos é uma diversão, para outros o fugir da solidão. São várias as actividades que desenvolvem e esta quinta-feira mais de 100 idosos do distrito estiveram no Auditório Paulo Quintela, em Bragança, a cantar, dançar e fazer teatro, no quinto festival criativo da RUTIS.
“Estes encontros são lindos, maravilhosos, não há coisa melhor. É um bálsamo. Eu entrei em Outubro para a universidade e logo em Março surgiu a pandemia, fiquei muito triste até fiquei com depressão, por causa de estar em casa. Mas isto é uma maravilha”, afirmou Rita Silva, da universidade sénior de Macedo de Cavaleiros.
A pandemia veio mostrar o impacto que as universidades seniores têm nos idosos, visto que muitas pessoas entraram em depressão por terem perdido a ocupação.
“Eles dizem que sentiam imensa falta do contacto, de sair, de ver. O número de pessoas com depressão aumentou, duplicou, porque esta faixa de população foi uma das mias castigadas pela pandemia e nós temos alguns alunos que já não voltam, nós sabemos disso”, referiu Luís Jacob da RUTIS- Associação Rede de Universidades da Terceira Idade, IPSS.
No distrito há universidades seniores em todos os concelhos à excepção de Vimioso. Mas a RUTIS está já em conversações com a câmara municipal. Luís Jacob entende que esta é uma mais-valia para a região, visto que entardece o envelhecimento.
“O custo de um aluno numa universidade sénior é 67 vezes mais barato que um utente num lar de idosos, ou seja, nós trabalhamos na prevenção”, frisou.
O Festival de Arte, Criatividade e Talento Sénior aconteceu, ontem, pela primeira vez, no distrito de Bragança e uniu 100 idosos das universidades seniores de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé.
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