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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Natureza, que fascina e se renova!

Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Há dias que são como que a imagem desconcertante do mundo. Traz tormenta e sobressalto e às vezes perplexidade.
Refiro -me aos dias passados sob a inclemência da chuva que tem fustigado o Sul e Centro do país e espalhado a tristeza com o volume de precipitação que parece mais um acto de inclemência que a Natureza deixou de encobrir com o Sol macio dos últimos tempos e como que retaliando por tal doçura resolveu trazer a borrasca.
Nós aqui na nossa parte da Natureza temos usufruído de uma estação mais serena e a chuva tendo regressado, não trouxe consigo a fúria que deixou expressa e avisadora nos pecados que mostrou à humanidade que estando há séculos convencida que o planeamento, inteligente e a construção nos sítios certos é algo de desprezível a que a ganância dos dinheiros se sobrepôs e que as forças da Natureza não são para ter em conta. Cogito nestas realidades sentado um pouco preguiçoso num sofá em frente da minha janela que se escancara e me dá um quadro típico de uma tarde de Inverno daqueles que adoçam a Alma e nos fazem cogitar no poder da Natureza que arrasa nuns lados e revivifica noutros, como se fosse um acto de compensar uma parte da humanidade pelos castigos infringidos a outra. É de uma leveza deslumbrante a poalha de chuva que está sobre as terras e os edifícios da parte nascente da cidade. Ao fundo vê-se o Castelo envolto numa penumbra como que semelhante a algo etéreo e deslumbrante e o casario como se fosse mero espectador de um teatro que nos arrebate por nos transportar a um estado de doçura e conforto. Para lá dos vidros da janela há agora um esplendor sobre o espaço que ocupa o novo Parque da Quinta da Trajinha, os do antigo Albergue e a zona dos antigos 4 Caminhos. 
Comparo a suavidade deste dia de chuva com as imagens que a TV nos oferece e que são usadas com os mais variados fins, pois que os interesses de uns não são os de outros. Eu por mim que sempre tive a minha preferência pela suavidade e compostura, agradeço aos Deuses a forma como nos têm permitido que a chuva de Inverno faça os campos verdejantes, com aquele verde transmontano, faça correr água nos nossos rios e ribeiros, que faça crescer as plantas e encha as nascentes para que se possa no seu tempo, colherem os frutos das árvores que os homens plantaram e que Deus seja louvado serão colhidos com a alegria que estas terras e gentes sentirão se a Natureza for mãe.
O quadro da grande pintura a preto e branco que é a paisagem que eu desfruto hoje da minha janela, foi visto e revisto por mim tendo o meu espírito sentido uma serenidade absoluta com os matizados e cores fixas de beleza pura deixados pela grande e magnânima Mãe Natureza que nós negligenciamos por omissão e preguiça.



Bragança, 14/12/2022
A. O. dos Santos
(Bombadas)

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