Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Que os brasileiros são mestres em introduzir na língua portuguesa, estrangeirismos e neologismos, todos sabemos, e já não espanta ninguém.
Sabemos, também, que é o povo que faz a língua, e não decretos ou petições.
Como não sou filólogo e muito menos – pobre de mim, – purista, respeito e aceito evolução natural do idioma.
Tenho para mim, que novos vocábulos, são achegas preciosos, que enriquecem a língua e que ela só lucrará com isso.
Deve-se, no meu modesto pensar, – ter o devido cuidado ao "inventar" novos vocábulos, quase sempre desnecessários, e, quantas vezes, abastardam, ainda mais, o português, falado em cinco continentes.
O introito é devido ao dicionário Michaelis, haver incluído o verbete: Pelé, a pedido da Fundação do mesmo nome, apresentando à editora, cento e vinte e cinco mil assinaturas, recolhidas pela Internet
Segundo o dicionário: " (...) O nome de Pelé é sinónimo de fora do comum, que em virtude da sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou ninguém, assim como Pelé, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022). Considerado o maior atleta de todos os tempos; excecional, incomparável, único. Exemplo: Ele é o pelé do Basquete. Ela é a pelé do ténis. Ela é a pelé da dramaturgia brasileira.
Sei que o Pelé não é o primeiro a ter o nome incluído num dicionário, como sinónimo, mas não é comum, pelo menos por petição.
Se a moda pega, não faltará quem colha na Internet, milhentas assinaturas, no intento de incluir vocábulos no dicionário.
Na melhor das intenções ou alguém carregado de ódio, pode, desde agora, solicitar a introdução, no dicionário, de palavras ou nomes de individualidades, desde que reúna as assinaturas necessárias.
O nome de alguém, que foi muito poupadinho, pode significar: avarento. Outro de contumácia. Outro, por ser muito bonzinho de anjo; e ainda outro, de mentiroso.
Os reis tiveram cognomes, e assim ficaram registados na História, mas os atuais ficarão, apenas, certamente, nas mudas páginas de alguns dicionários.
Mal vai o idioma que inclui, sinónimos, por decreto ou petição.
Sabemos, também, que é o povo que faz a língua, e não decretos ou petições.
Como não sou filólogo e muito menos – pobre de mim, – purista, respeito e aceito evolução natural do idioma.
Tenho para mim, que novos vocábulos, são achegas preciosos, que enriquecem a língua e que ela só lucrará com isso.
Deve-se, no meu modesto pensar, – ter o devido cuidado ao "inventar" novos vocábulos, quase sempre desnecessários, e, quantas vezes, abastardam, ainda mais, o português, falado em cinco continentes.
O introito é devido ao dicionário Michaelis, haver incluído o verbete: Pelé, a pedido da Fundação do mesmo nome, apresentando à editora, cento e vinte e cinco mil assinaturas, recolhidas pela Internet
Segundo o dicionário: " (...) O nome de Pelé é sinónimo de fora do comum, que em virtude da sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou ninguém, assim como Pelé, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022). Considerado o maior atleta de todos os tempos; excecional, incomparável, único. Exemplo: Ele é o pelé do Basquete. Ela é a pelé do ténis. Ela é a pelé da dramaturgia brasileira.
Sei que o Pelé não é o primeiro a ter o nome incluído num dicionário, como sinónimo, mas não é comum, pelo menos por petição.
Se a moda pega, não faltará quem colha na Internet, milhentas assinaturas, no intento de incluir vocábulos no dicionário.
Na melhor das intenções ou alguém carregado de ódio, pode, desde agora, solicitar a introdução, no dicionário, de palavras ou nomes de individualidades, desde que reúna as assinaturas necessárias.
O nome de alguém, que foi muito poupadinho, pode significar: avarento. Outro de contumácia. Outro, por ser muito bonzinho de anjo; e ainda outro, de mentiroso.
Os reis tiveram cognomes, e assim ficaram registados na História, mas os atuais ficarão, apenas, certamente, nas mudas páginas de alguns dicionários.
Mal vai o idioma que inclui, sinónimos, por decreto ou petição.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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