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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

PRÓXIMO JUIZ DA CONFRARIA DE NS DO AMPARO TERÁ MANDATO DE 4 ANOS E NÃO PODE ESTAR NA POLITICA ATIVA

 NOVOS ESTATUTOS DA CONFRARIA DEVEM SER APRESENTADOS EM BREVE EM ASSEMBLEIA DE CONFRADES E REMETIDOS PARA HOMOLOGAÇÃO DO BISPO DA DIOCESE DE BRAGANÇA-MIRANDA. CÓNEGO SILVÉRIO PIRES AVISA QUE O DOCUMENTO “NÃO PODE SER UM FATO À MEDIDA DE CADA UM” E DEFENDE QUE A CONFRARIA SÓ DEVE ORGANIZAR A PARTE RELIGIOSA DAS FESTAS.


O próximo juiz da Confraria de Nossa Senhora do Amparo, bem como todos os membros dos órgãos sociais, terá um mandato de quatro anos e não pode estar envolvido na política ativa. 

São apenas alguns dos critérios que vão constar dos novos estatutos, que vão à aprovação numa Assembleia de Confrades, que deve acontecer ainda durante este ano e posteriormente homologados pelo Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que também vai marcar o ato eleitoral, que já não acontece há dois anos, após a saída do anterior Bispo, D. José Cordeiro. 

Segundo o Cónego Silveiro Pires, anterior juiz do Tribunal Eclesiástico, os estatutos da Confraria de Nossa Senhora do Amparo, em vigor desde 1983, “estão desatualizados perante as normas do direito comum”, pelo que se impõe a sua renovação e dá dois exemplos do que deve constar nos novos regulamentos: “O mandato será de quatro anos, e não de dois como até aqui, porque os centros sociais paroquiais têm quatro anos de mandato, as comissões fabriqueiras das paróquias têm quatro anos de mandato. Portanto, há uma norma comum para toda a diocese”, diz. 

Além disso, os elementos que venham a integrar os corpos gerentes “não podem ter militância política ativa, podem estar inscritos no partido que quiserem, mas não podem estar a exercer militância ativa, porque a igreja quer estar alheada do poder político e os novos estatutos não podem ser uma fato à medida de cada um”, avisa. 

O documento, com estas e outras alterações, já está praticamente elaborado pela atual Comissão Administrativa da Confraria e pronto a ser apresentado numa Assembleia de Confrades. “Já é um documento pronto para apresentar à diocese e ao seu bispo para análise e eventual retificação ou ratificação dos mesmos e homologação. Não o poderíamos ter feito até esta data, por a diocese estar órfã de bispo, mas como essa questão está colmatada, vamos cumprir a nossa obrigação e dar seguimento àquilo que já é o trabalho, nomeadamente, do Cónego Silvério Pires que se envolveu na elaboração desses estatutos, enquadrados perfeitamente no direito canónico, e vamos dar seguimento a esse processo”, garante Sílvio Santos.

FESTA PRECISA DE NOVO MODELO DE GESTÃO

E se até ao presente ano a Confraria sempre foi a responsável pela organização das festas da cidade de Mirandela em honra de Nossa Senhora do Amparo, o mesmo já não deveria acontecer para o futuro, defende Silvério Pires. “A Confraria não existe para organizar as festas cívicas. Se formos a ver nos estatutos, não consta. É um gesto nobre, é um gesto de cidadania, mas a Confraria não nasceu para isso e acho que devemos entrar num novo modelo da organização das festas”, afirma. 

O Cónego Silvério Pires faz a comparação com que se passa em Bragança. “A parte social, cívica, é da responsabilidade da própria câmara. A parte pastoral, a parte religiosa, é da Confraria. Agora, se quiserem continuar, a Confraria está a ir um bocadinho além daquilo para que existe”, refere.

O próprio comissário da Confraria é da opinião que o modelo de organização das festas de Mirandela deve mudar e sugere que as várias entidades se “sentem à mesa o mais rápido possível” para encontrarem uma nova solução já nas festas de 2024. “As festas de Mirandela assentam basicamente em três pilares. É o apoio do município, é a receita que provém dos terrados, dos espaços que alugam as feirantes e do contrato da cervejeira. Não podemos criar ilusões. São estes três fatores que, na sua essência, sustentam as festas. É um risco demasiado grande, ano após ano, estar na esperança que nenhum destes vai ser afetado. Se, de um momento para o outro, um destes três pilares, já nem digo desaparecer, mas vacilar, enfraquecer, pode colocar em causa muita coisa e que todos nós não queremos”, sustenta Sílvio Santos

Por isso é que, “fruto da experiência que tenho, aconselhava vivamente as forças intervenientes que, a partir de setembro próximo, se sentassem e preparassem o futuro. No fundo, planear”, sugere.

As festas da cidade de Mirandela, em honra de Nossa Senhora do Amparo, que terminaram no passado domingo, podem estar à beira de ter um novo modelo, já no próximo ano. 

Para já, nos próximos meses, avança a discussão e aprovação de novo dos estatutos da Confraria, que ainda serão alvo de apreciação do bispo da Diocese e segue-se o ato eleitoral.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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