«Juizes, vereadores, procurador e homens bons da nosa villa de Miranda. Nos El Rey vos enviamos muito saudar.
Vimos a carta que nos escrevestes acerqua do porto da Bemposta que tinham aberto no que alem de nos ser muito desserviço era a vos e aos moradores de Freixo muito agravo pela grande perda que se diso recrecia sendo esto defeso antiguamente per meu avo e padre que Deos aja e per nos e asy outros apontamentos que por noso serviço a esto faziaes sobre a qual cousa nos ouvemos conselho com os veedores e oficiaes de nosa fazenda e determinamos que o dito porto da Bemposta seija loguo cerrado e nunq[u]a se mais abra e se torne todo a correr pello Porto de Freixo e por hese de Miranda asy como antiguoamente se sempre fez; e asy escrepvemos ora a Joam Teixeira por outra nosa carta que loguo mande cerar asy o dito porto da Bemposta e apreguoar por sua comarq[u]a como esto asy ora mandamos e que todos se sirvam daquy em diante por hese dito porto de Miranda e de Freixo sob as penas sobre ello postas e asy alcaldem e arrecadem com as mercadorias que entrarem destes regnos pera os de Castella e de Castella pera estes que pella dita comarqua asy como antiguamente se sempre fez e por nos he mandado; e a carta que sobre esto escrepvemos ao dito contador nos a emviamos aos juizes e oficiaes da dita villa de Freixo pera a emviarem e requererem que de asy todo a execuçam e sobre esto ouvimos dona Mecia e vimos suas cartas e sem embarguo dello mandamos asy esta na maneira que dito he.
Vimos a carta que nos escrevestes acerqua do porto da Bemposta que tinham aberto no que alem de nos ser muito desserviço era a vos e aos moradores de Freixo muito agravo pela grande perda que se diso recrecia sendo esto defeso antiguamente per meu avo e padre que Deos aja e per nos e asy outros apontamentos que por noso serviço a esto faziaes sobre a qual cousa nos ouvemos conselho com os veedores e oficiaes de nosa fazenda e determinamos que o dito porto da Bemposta seija loguo cerrado e nunq[u]a se mais abra e se torne todo a correr pello Porto de Freixo e por hese de Miranda asy como antiguoamente se sempre fez; e asy escrepvemos ora a Joam Teixeira por outra nosa carta que loguo mande cerar asy o dito porto da Bemposta e apreguoar por sua comarq[u]a como esto asy ora mandamos e que todos se sirvam daquy em diante por hese dito porto de Miranda e de Freixo sob as penas sobre ello postas e asy alcaldem e arrecadem com as mercadorias que entrarem destes regnos pera os de Castella e de Castella pera estes que pella dita comarqua asy como antiguamente se sempre fez e por nos he mandado; e a carta que sobre esto escrepvemos ao dito contador nos a emviamos aos juizes e oficiaes da dita villa de Freixo pera a emviarem e requererem que de asy todo a execuçam e sobre esto ouvimos dona Mecia e vimos suas cartas e sem embarguo dello mandamos asy esta na maneira que dito he.
Escripta em Torres Novas a xxiiii dias do mes d’Abril; Guaspar Luis a fez de mil iiiiLxxxi» (17).
Por carta régia de 16 de Março de 1553, em harmonia com o regimento que para isso estabelecera a Câmara de Miranda, se declarou que o barqueiro da barca do Douro junto à cidade, levasse por cada pessoa com besta, no Verão, um real e no Inverno dois «indo ho Rio per hum penedo que se chama ho Moral e que pasando do dito penedo levem a tres reis (...) porque cando ja chega ao dito Moral não podem levar a barca alem menos de sete homens» (18).
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(17) Privilégios e Provisões de Miranda, fl. 27 v. Vem incluída na confirmatória desta
por D. João III. Seguem as confirmações de D. Manuel e D. João II. Ainda sobre o
encerramento do porto da Bemposta, se encontra no livro citado, fólio 28 v., a carta
de D. João II de 21 de Novembro de 1486. O verbo alcaldar (alcaldem) e alcaldamento
aparece frequentemente nestes documentos.
(18) Privilégios e Provisões de Miranda, fl. 63.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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