Em declarações hoje à agência Lusa, a diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro, disse que a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta já tinha um diagnóstico feito.
O protocolo que visa a intervenção neste templo cristão foi hoje assinado em Freixo de Espadas à Cinta, no distrito de Bragança, entre a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), numa cerimónia presidida pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.
“Havia um diagnóstico que apontava para uma necessidade muito grande em termos estruturais de fazer uma abordagem a esta igreja. A questão das abóbadas e da fachada é talvez o principal para esta intervenção, embora se prevejam outras intervenções ao nível da luminotécnica e dos portais”, explicou Laura Castro.
A responsável pela DRCN acredita que com esta intervenção a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta fica assim renovada por mais algumas dezenas de anos.
“Para já estamos na fase de revisão dos projetos e depois haverá todo um trabalho de lançar um concurso público, e estimo que […] as obras possam estar concluídas durante 2025”, vincou a diretora regional.
Já a secretária de Estado da Cultura enalteceu a importância cultural existente no interior do país, como é o caso desta igreja.
“A Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta é única e de uma enorme relevância cultural para a região e para o país”, afirmou a governante.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Nuno Ferreira, destacou que este templo, e dadas a suas características arquitetónicas e espólio, é muito procurado, não só por visitantes nacionais como estrangeiros.
“Para nós, esta intervenção que esperamos que tenha a duração de três anos é para o executivo municipal motivo de orgulho bem como para todos os freixenistas”, frisou o autarca socialista.
A Igreja de Matriz de Freixo de Espada à Cinta é uma igreja-salão mandada edificar pelo rei Manuel I no local de um antigo templo gótico, inicialmente construído no reinado de Sancho II.
Na capela-mor, inseridas num amplo painel de talha dourada barroca, subsistem tábuas do retábulo-mor original, da autoria de Grão Vasco e datável da década de 20 do século XVI.
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