O programa estabelece um novo ciclo de medidas de proteção e restauro ecológico da população de lobo-ibérico em Portugal para os próximos dez anos, prevendo financiamento para projetos e iniciativas que garantam a sua implementação efetiva.
Entre as medidas apresentadas está a atualização do valor das indemnizações por prejuízos atribuídos ao lobo, o acompanhamento aos produtores de gado afetados por ataques, a implementação de medidas preventivas, bem como a aplicação de orientações essenciais para a conservação da espécie e dos seus habitats.
Sempre que ocorre um ataque, técnicos do ICNF são deslocados ao local para avaliar a origem dos danos, como explicou a diretora regional:
Apesar disso, muitos pastores continuam a queixar-se de que os valores pagos são insuficientes face aos prejuízos significativos que têm vindo a registar. Cada vez são mais frequentes, e têm causado preocupação entre os pastores da região, que descrevem a situação como “uma calamidade”.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre 25 de julho e 2 de outubro foram registados 22 ataques de lobos no Planalto Mirandês, que afetaram 113 animais e mataram 83, “sendo a grande maioria (107) ovinos”, refere a Lusa.
O lobo ibérico é uma espécie protegida classificada como “em perigo”.
Na passada quarta-feira, o Governo aprovou uma revisão do regime de proteção do lobo ibérico, com o objetivo de atualizar as regras de indemnização aos produtores pecuários.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou à Lusa, que “em algumas zonas do país, como na região de Trás-os-Montes, têm crescido os ataques de lobo ibérico a animais de explorações e produções pecuárias”, reforçando que a atualização visa “proteger um animal raro, sem deixar de apoiar os produtores que estão na linha da frente desta convivência difícil”.


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