segunda-feira, 7 de maio de 2012

Transmontanos devem aproveitar as potencialidades da região para apostar no ecoturismo

Os transmontanos ainda não se aperceberam das potencialidades que a região tem para apostar no sector do turismo, especificamente no segmento do ecoturismo. Esta foi uma das conclusões do seminário “O meio rural e o Ecoturismo”, que  reuniu este fim-de-semana mais de meia centena de empresários no Parque Biológico de Vinhais.
Um dos participantes era Artur Pegas, proprietário de uma empresa em Lisboa que vende programas turísticos no Nordeste Transmontano.
O empresário acha “estranho” que a região não saiba vender a marca do Parque Natural de Montesinho.“Houve aqui alguém que disse nesta conferência que Trás-os-Montes é uma jóia ainda por explorar. Aquilo que eu acho é que há um admirável mundo novo na área do ecoturismo que Trás-os-Montes ainda não descobriu, o que é estranho.
Porque o Parque Natural de Montesinho quando apareceu, apareceu com muita força que se foi esbatendo ao longo do tempo, a meu ver porque tem Sanábria aqui ao lado e, em termos de marketing, pelo menos no caso dos meus clientes, é muito mais reconhecido do que a marca Montesinho. Nesse aspecto acho que a realidade de Trás-os-Montes deve ser muito mais trabalhada, na perspectiva de lhe uma autenticidade que ela tem”.
Na opinião de Artur Pegas ainda há muito trabalho por fazer para dinamizar o ecoturismo nesta região.“Esse trabalho deve ser feito por todas as entidades. A começar pelo Parque Natural de Montesinho, câmaras, juntas de freguesia, empresas do distrito… Isso demora tempo. Ainda há muito trabalho a fazer”.Uma opinião diferente tem o proprietário de uma casa de turismo rural com mais de 20 anos numa aldeia do concelho de Zamora, nas arribas do Douro.
Victor Corral considera que o ecoturismo é uma área recente e que também há muito por fazer no país vizinho. Aconselha os transmontanos a investirem no sector pois acredita que o meio rural oferece várias oportunidades.“Para quem gosta de cinema ou teatro é melhor que não viva aqui. Mas se gostar de disfrutar daquilo que nos rodeia é uma maravilha!
A população urbana vai procurar-nos porque tem carências afectivas, de disfrutar de sítios, de gentes, fazer experiências como por  exemplo, fazer queijo, comer boa comida, observar a fauna… Tem que ser criativo, trabalhar muito, ter uma boa estratégia de comunicação e marketing…senão pode tornar-se num trabalho difícil”.
Os empresários presentes tomaram notas e partilharam experiências. E apesar de poucos, também estiveram neste seminário futuros investidores. Eduarda Pereira que está desempregada e vê nesta área uma oportunidade para criar o próprio emprego.“Por um lado estou desempregada, por outro lado acredito que o ecoturismo é uma boa filosofia de vida e uma forma de contribuir para o desenvolvimento da minha região, que é considerada uma região certificada”, considerou.
O seminário “O meio rural e o Ecoturismo” foi organizado pelo Parque Biológico de Vinhais em conjunto com a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, de Miranda do Douro.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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