Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Os Velhos

António M.P. Cabral
Escritor português, nasceu em 1941, em Chacim, Macedo de Cavaleiros. Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, além da actividade docente no ensino secundário, foi responsável pelo pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Vila Real.

A sua produção literária abrange os domínios do drama e da ficção, com especial destaque para a poesia que, ressentindo-se inicialmente da sua implantação transmontana, tem uma acentuada tendência para o diálogo intertextual nas últimas publicações. Autor de numerosos textos teatrais e antologias, sobretudo escolares, interessa-se principalmente pela problemática do Nordeste português, quer na vertente humana quer na paisagistíca, evocando por vezes motivos ou ambientes neo-realistas.
Em 1983 ganhou o Prémio Literário do Círculo de Leitores, com o romance Sancirilo, e em 2006 o Prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus, Vila Real.
OS VELHOS DE GRIJÓ
Os velhos de Grijó são uma gente escassa,
trémula, que vive
os seus últimos dias na igreja
organizando a hora da própria agonia,
tentando carimbar o passaporte
para a eternidade.

Os velhos de Grijó têm o sorriso
triste e bom de quem foi paciente
a vida inteira. Os velhos de Grijó
sacodem-me por dentro como um sismo,
dão-me porrada, são-me espelho.
Guardarei na boca os velhos de Grijó,
enquanto os houver.

Sem comentários:

Enviar um comentário