Castelo de Vinhais |
2 – Sai-se de Vinhais, em direcção a Vilar d Ossos, pela EN 316. Estamos já no Parque Natural de Montesinho. Logo à saída da vila, a Oeste no vale do rio Cibrão, observa-se uma área muito interessante de soutos, que podem ser acedidos a partir de Sobreiró de Cima ou Soutelo. A estrada segue junto a este pequeno vale, podendo nas imediações, nas bordaduras dos lameiros observar-se outra das árvores típicas do Nordeste, o choupo. Após Rio de Fornos, onde se atravessa a Ribeira dos Ladrões, está um cruzamento que indica para a esquerda Lagarelhos, para onde se deve virar.
A Castanheira |
Voltar à estrada: aproveitar para uma escapadela, seguindo para Norte na estrada principal, até Vilar de Ossos (N41º52`25.25`, W7º02`04.69``). As serranias em frente que sobem a mais de 1000 metros de altitude pertencem à Serra da Coroa. Entrar em Vilar de Ossos, aldeia pacata, mas com muita história, podendo deixar a viatura no Largo Fernão Pinto Bacelar (Visconde de Montalegre, séc. XIX), junto à capela e solar. Regressar à EN 316, para Sul.
4 – Na EN 316 e no sentido Sul-Norte, temos para a esquerda a aldeia de Zido e para a direita Travanca. É pois para Travanca que se deve seguir a estrada. Até à aldeia observam-se várias plantações de castanheiros, nomeadamente com as árvores protegidas com rede, para evitar danos causados pelos animais. Tratando-se de uma aldeia (N41º53`31.53``, W6º59`57.89``), com pecuária bovina, a paisagem mostra também um dos elementos fundamentais da cultura e património rural de Trás-os-Montes, os lameiros.
Árvore Secular |
5- Após Travanca, segue-se para nordeste, por uma estrada municipal, no sentido de Santa Cruz. Pelo caminho entre as 2 aldeias, tem-se uma das vistas mais extraordinárias do Parque Natural de Montesinho. Cumeadas a perder de vista até terras de Espanha a Norte, soutos antigos, com novas plantações a rasgar terrenos de matos e árvores velhas isoladas que parecem querer contar histórias antigas a quem passa!
6 – Chegando ao fundo do vale, atravessa-se a aldeia de Santa Cruz (N41º53`52.06``, W6º57`01.21``). Seguindo pela estrada municipal, no sentido Sudeste, até chegar ao cruzamento, onde se vira à esquerda para Norte no sentido de Fresulfe. A estrada desce até ao rio Tuela, cujas encostas estão cobertas de bosques de carvalho-negral e outras espécies e árvores notáveis. O rio Tuela é uma das jóias da serra da Coroa, junto à qual corre aninhado. Trutas, lontras, guarda-rios são alguns dos seus habitantes!
Após a ponte, na subida, está um cruzamento para a Praia Fluvial de Fresulfe (N41º53`48.41`, W6º56`17.41``). Esta escapadela até à margem do rio, tem cerca de 1 km, sendo que apenas os primeiros 200 metros em alcatrão. Os restantes 800 metros são em terra batida, que com cuidado, qualquer carro ligeiro consegue percorrer. Ao fundo, a praia fluvial tem alguns serviços de apoio como WC`s e bar e um antigo moinho. Os bosques ribeirinhos de amieiros denotam aqui a sua pujança e criam um corredor ambiental notável. Excelente local para uma tarde de Verão. No Outono e Inverno, se o dia estiver solarengo, é um sítio adequado para uma merenda ou magusto!
7 – Rapidamente se encontra o cruzamento que indica Fresulfe para a direita e Mofreita para a esquerda, para onde se deve seguir. Subindo a serra, a paisagem do Parque Natural é aqui composta por soutos e carvalhais, cuja diversidade permite a presença de inúmeras espécies de animais protegidos e raros. No alto da serra, a mais de 900 metros de altitude, chega-se à estrada nº 308. Para a esquerda fica Dine, onde existem grutas visitáveis. Opta-se no entanto pela direita, até à aldeia de Mofreita.
8 – A paisagem antes e depois de Mofreita é dominada por soutos seculares evidenciando a importância desta cultura agrícola, neste extremo Norte de Portugal. Segue-se até Zeive.
9 – Em Zeive, vale a pena entrar e visitar a aldeia, com as suas casas rurais típicas, usando as pedras de xisto na sua construção. Deixa-se a aldeia, em direcção ao Sul.
Soutos |
10 – A povoação seguinte é Fontes Transbaceiro na qual se encontram variados soutos, cujas castanhas atraem locais e forasteiros.
11 – Continua-se na estada nº 308. Parâmio e Vilarinho são as aldeias que se seguem. Pelo caminho pode até encontrar-se algum rebanho de ovinos, guardado zelosamente pelos Cães de Gado Transmontano, reconhecida como raça autóctone portuguesa e que tem em Trás-os-Montes o seu solar de origem.
Alminhas |
12 – Vilarinho fica a menos de 1 km da estrada, à esquerda. No cruzamento para a aldeia (N41º53`45.25``, W6º50`42.99``), está um nicho religioso ou alminhas, com uma curiosa imagem, da Virgem com o menino ao colo. Aparentemente data do século XVIII. Também nesta zona há soutos plantados em cumeadas dominadas por matos.
13 – Após Vilarinho, percorre-se a estrada ao longo de um pequeno vale, passando o ribeiro de Santo Amaro, afluente do rio Baceiro. No lado esquerdo existe um pequeno bosquete de azinheiras, que no nordeste também se denominam de sardoais. Pelo lado direito há lameiros e várias galerias de freixos. Segue-se pela estrada (N41º53`20.48``, W6º49`53.48``), na direcção de Terroso e Espinhosela.
14 – Chegando a Terroso, é-se recebido por castanheiros seculares ao longo da estrada. À saída aldeia, no cimo de uma pastagem, perto do recinto de festas, resiste em pé o que resta de um grande castanheiro. Serve apenas o refúgio e alimento de insectos, fungos e quiçá de alguma pequena ave. Nas pastagens também crescem, sobretudo no Outono, cogumelos, como aqueles que popularmente são conhecido como “Ovos de lobo”.
Rebentos de Vida |
15 – Seguindo, e 4 km depois de Terroso chega-se a Espinhosela. À entrada, do lado esquerdo, observa-se o que resta de um castanheiro milenar (N41º52`04.03``, W6º50`55.96``). Apesar de acossado pela idade e pelo alcatrão, resiste, lançando ainda alguns pequenos rebentos de vida. É uma exemplar notável, cuja idade esconde séculos e séculos da história de Portugal.
16 – Após Espinhosela virar para a indicação de Bragança. Passar em Sabariz e estaremos em Bragança em menos de 15 minutos (cerca de 10 Km). Pelo caminho, vários soutos, lameiros onde pastam vacas da raça Mirandesa e aldeia típicas a visitar, como Donai e Langomar.
17- Fim do Percurso Milenar com a chegada a Bragança. Visitar o Centro Histórico.
in:rotadacastanha.utad.pt
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