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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Rota da Castanha

Castelo de Vinhais
1- Esta rota inicia-se na vila de Vinhais [RESTAURANTES e ALOAMENTO]. Terra antiga, por onde passavam caminhos romanos e o Caminho de Santiago, mostra no seu casario momentos da sua história passada e presente. Perto da Vila, além de vários Percursos Pedestres de Pequena Rota (PR), pode-se visitar o Parque Biológico, onde há várias espécies de fauna e flora protegidas.
2 – Sai-se de Vinhais, em direcção a Vilar d Ossos, pela EN 316. Estamos já no Parque Natural de Montesinho. Logo à saída da vila, a Oeste no vale do rio Cibrão, observa-se uma área muito interessante de soutos, que podem ser acedidos a partir de Sobreiró de Cima ou Soutelo. A estrada segue junto a este pequeno vale, podendo nas imediações, nas bordaduras dos lameiros observar-se outra das árvores típicas do Nordeste, o choupo. Após Rio de Fornos, onde se atravessa a Ribeira dos Ladrões, está um cruzamento que indica para a esquerda Lagarelhos, para onde se deve virar.
A Castanheira
3 – A entrada da aldeia de Lagarelhos (N 41º51`38.34``, W 7º01`30.11``) está repleta de soutos seculares e impressionantes. Mas, o ex-líbris da aldeia e do concelho é um castanheiro milenar, chamado de “A Castanheira”. Este castanheiro, de propriedade particular, está classificado desde o ano 2000 como Árvore de Interesse Público. Tem uma copa com mais de 17 metros de diâmetro e o seu tronco à altura do peito (i.e. a 1,30m de altura), tem um perímetro de 12,80m. Impressionantemente, apesar da idade, continua a produzir bastantes castanhas.
 Voltar à estrada: aproveitar para uma escapadela, seguindo para Norte na estrada principal, até Vilar de Ossos (N41º52`25.25`, W7º02`04.69``). As serranias em frente que sobem a mais de 1000 metros de altitude pertencem à Serra da Coroa. Entrar em Vilar de Ossos, aldeia pacata, mas com muita história, podendo deixar a viatura no Largo Fernão Pinto Bacelar (Visconde de Montalegre, séc. XIX), junto à capela e solar. Regressar à EN 316, para Sul.
4 – Na EN 316 e no sentido Sul-Norte, temos para a esquerda a aldeia de Zido e para a direita Travanca. É pois para Travanca que se deve seguir a estrada. Até à aldeia observam-se várias plantações de castanheiros, nomeadamente com as árvores protegidas com rede, para evitar danos causados pelos animais. Tratando-se de uma aldeia (N41º53`31.53``, W6º59`57.89``), com pecuária bovina, a paisagem mostra também um dos elementos fundamentais da cultura e património rural de Trás-os-Montes, os lameiros.
Árvore Secular
5- Após Travanca, segue-se para nordeste, por uma estrada municipal, no sentido de Santa Cruz. Pelo caminho entre as 2 aldeias, tem-se uma das vistas mais extraordinárias do Parque Natural de Montesinho. Cumeadas a perder de vista até terras de Espanha a Norte, soutos antigos, com novas plantações a rasgar terrenos de matos e árvores velhas isoladas que parecem querer contar histórias antigas a quem passa!
6 – Chegando ao fundo do vale, atravessa-se a aldeia de Santa Cruz (N41º53`52.06``, W6º57`01.21``). Seguindo pela estrada municipal, no sentido Sudeste, até chegar ao cruzamento, onde se vira à esquerda para Norte no sentido de Fresulfe. A estrada desce até ao rio Tuela, cujas encostas estão cobertas de bosques de carvalho-negral e outras espécies e árvores notáveis. O rio Tuela é uma das jóias da serra da Coroa, junto à qual corre aninhado. Trutas, lontras, guarda-rios são alguns dos seus habitantes!
Após a ponte, na subida, está um cruzamento para a Praia Fluvial de Fresulfe (N41º53`48.41`, W6º56`17.41``). Esta escapadela até à margem do rio, tem cerca de 1 km, sendo que apenas os primeiros 200 metros em alcatrão. Os restantes 800 metros são em terra batida, que com cuidado, qualquer carro ligeiro consegue percorrer. Ao fundo, a praia fluvial tem alguns serviços de apoio como WC`s e bar e um antigo moinho. Os bosques ribeirinhos de amieiros denotam aqui a sua pujança e criam um corredor ambiental notável. Excelente local para uma tarde de Verão. No Outono e Inverno, se o dia estiver solarengo, é um sítio adequado para uma merenda ou magusto!
7 – Rapidamente se encontra o cruzamento que indica Fresulfe para a direita e Mofreita para a esquerda, para onde se deve seguir. Subindo a serra, a paisagem do Parque Natural é aqui composta por soutos e carvalhais, cuja diversidade permite a presença de inúmeras espécies de animais protegidos e raros. No alto da serra, a mais de 900 metros de altitude, chega-se à estrada nº 308. Para a esquerda fica Dine, onde existem grutas visitáveis. Opta-se no entanto pela direita, até à aldeia de Mofreita.
8 – A paisagem antes e depois de Mofreita é dominada por soutos seculares evidenciando a importância desta cultura agrícola, neste extremo Norte de Portugal. Segue-se até Zeive.
9 – Em Zeive, vale a pena entrar e visitar a aldeia, com as suas casas rurais típicas, usando as pedras de xisto na sua construção. Deixa-se a aldeia, em direcção ao Sul.
Soutos
10 – A povoação seguinte é Fontes Transbaceiro na qual se encontram variados soutos, cujas castanhas atraem locais e forasteiros.
11 – Continua-se na estada nº 308. Parâmio e Vilarinho são as aldeias que se seguem. Pelo caminho pode até encontrar-se algum rebanho de ovinos, guardado zelosamente pelos Cães de Gado Transmontano, reconhecida como raça autóctone portuguesa e que tem em Trás-os-Montes o seu solar de origem.
Alminhas
12 – Vilarinho fica a menos de 1 km da estrada, à esquerda. No cruzamento para a aldeia (N41º53`45.25``, W6º50`42.99``), está um nicho religioso ou alminhas, com uma curiosa imagem, da Virgem com o menino ao colo. Aparentemente data do século XVIII. Também nesta zona há soutos plantados em cumeadas dominadas por matos.
13 – Após Vilarinho, percorre-se a estrada ao longo de um pequeno vale, passando o ribeiro de Santo Amaro, afluente do rio Baceiro. No lado esquerdo existe um pequeno bosquete de azinheiras, que no nordeste também se denominam de sardoais. Pelo lado direito há lameiros e várias galerias de freixos. Segue-se pela estrada (N41º53`20.48``, W6º49`53.48``), na direcção de Terroso e Espinhosela.
14 – Chegando a Terroso, é-se recebido por castanheiros seculares ao longo da estrada. À saída aldeia, no cimo de uma pastagem, perto do recinto de festas, resiste em pé o que resta de um grande castanheiro. Serve apenas o refúgio e alimento de insectos, fungos e quiçá de alguma pequena ave. Nas pastagens também crescem, sobretudo no Outono, cogumelos, como aqueles que popularmente são conhecido como “Ovos de lobo”.
Rebentos de Vida
15 – Seguindo, e 4 km depois de Terroso chega-se a Espinhosela. À entrada, do lado esquerdo, observa-se o que resta de um castanheiro milenar (N41º52`04.03``, W6º50`55.96``). Apesar de acossado pela idade e pelo alcatrão, resiste, lançando ainda alguns pequenos rebentos de vida. É uma exemplar notável, cuja idade esconde séculos e séculos da história de Portugal.
16 – Após Espinhosela virar para a indicação de Bragança. Passar em Sabariz e estaremos em Bragança em menos de 15 minutos (cerca de 10 Km). Pelo caminho, vários soutos, lameiros onde pastam vacas da raça Mirandesa e aldeia típicas a visitar, como Donai e Langomar.
17- Fim do Percurso Milenar com a chegada a Bragança. Visitar o Centro Histórico.

in:rotadacastanha.utad.pt

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