O concelho de Bragança vai ter mais cinco milhões de euros para investir em 2012, ao mesmo tempo que viu o município reduzir a despesa em quase três por cento.É o resultado do Orçamento e Plano de Investimentos, aprovados na última Assembleia Municipal.Serão mais de 41 milhões de euros, o que representa um crescimento de mais de dez por cento face ao do último ano.
Ao todo são mais 3,9 milhões de euros do que no orçamento do ano anterior. O documento apresentado pela autarquia este ano traça quatro linhas mestras. A redução de despesa corrente, a concentração de investimentos em projectos que possam beneficiar de fundos comunitários, a parte social e a redução do endividamento a médio e longo prazo da autarquia, que cai mais de 14 por cento. “Registamos o mais baixo nível de endividamento do município desde há 14 anos.
Temos apoios assegurados para viabilizar os investimentos.”Jorge Nunes, o presidente da autarquia, frisa ainda que quase metade dos 18 milhões de euros previstos para investimento estão apontados ao projecto de requalificação da câmara.“A câmara faz muito investimento no dia-a-dia. Temos de fazer um exercício de contenção. Saliento a recuperação de imóveis no centro históricos para estudantes Erasmus e a requalificação de toda a zona do forte de S. João de Deus. Representa dez milhões de euros, cerca de metade da verba para investimento.” Apesar de tudo, serão mais cinco milhões de euros previstos para investimento do que no ano passado.
Por outro lado, a autarquia admite uma revisão das taxas de tratamento de saneamento, limpeza urbana, recolha e tratamento de resíduos sólidos e do serviço de transportes urbanos. Será revisto o valor das rendas sociais, e o cartão de cidadão será mais abrangente, chegando a mais famílias carenciadas.No mapa de pessoal prevê-se, ainda, uma redução de 388 para 375 trabalhadores, fruto de passagens à reforma.
Quem não concorda com o plano apresentado é a oposição, que votou contra.Luís Pires, do PS, acha “essencial dar apoio aos mais necessitados” e este orçamento “não prevê medidas de futuro para a cidade de Bragança”. José Brinquete, da CDU, faz uma apreciação “negativa”, pois considera “que não serve nem a população nem os trabalhadores”. Guedes de Almeida, do CDS, diz que é “completamente demagógico e prevê aumento de taxas”. Luís Vale, do Bloco de Esquerda, não reconhece “qualquer alteração face aos exercícios anteriores e está em contra-ciclo com a realidade do país”.
João Lourenço, do Movimento Independente Sempre Presente considera que este projecto de requalificação da Câmara “é megalómano e vai cativar recursos financeiros muito avultados, que fariam falta sobretudo às freguesias”. O documento foi aprovado com 60 votos a favor, 21 votos contra e uma abstenção.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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