Escolhi, para homenagear este insigne Homem da Rádio, as palavras de Fernando Gomes, no Diário de Trás-os-Montes, aquando do seu falecimento. Noutra altura contarei algumas histórias bem demonstrativas do carácter deste grande Homem.
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Vi a notícia no «Diário de Trás-os-Montes». No meu «Diário de Trás-os-Montes», melhor dizendo. O Joaquim Berenguel era... meu «irmão». Não no sentido real, como é evidente. Era meu irmão de profissão. Nas suas andanças pela Rádio, ele que até era um pouco mais velho do que eu, ainda me teve como... chefe de produção.
Só que o Berenguel, como meu irmão que era, sempre me soube dar o braço de que eu precisava, nas horas menos boas e sempre me estreitou no amplexo que só os profissionais «de outros tempos» eram e são capazes de entender. Vi-o sofrer como poucos a saida de Angola. Vi-o rilhar os dentes para não chorar - e ele até chorou - quando a morte ceifou a vida do filho Manuel, que estava a seguir-lhe as pisadas em termos de Rádio. Vi, afinal, muito do seu percurso. E mesmo que Trás-os-Montes lhe estivesse na alma... eu sei que, antes, e bem arreigados também, lhe estavam Angola, com Malanje, Uige e Luanda, em primeiro plano.
Morreu um homem bom! A Rádio é capaz de ter ficado mais pobre. Mas eu, que era seu amigo... perdi um irmão.
Imagens: Fernando Nunes
Caro Fernando,
ResponderEliminarSou neto do Joaquim, Avô Quim, como carinhosamente o tratavamos, filho do Manuel, e nunca sai de Angola e aqui continuo. Conheço Trás-os-montes como a palma da minha, pois durante as férias ia com ele quando se deslocava em busca de noticias. Ainda vou a Bragança, não tanto como gostaria. aqui lhe deixo o meu endereço; luis.berenguel@emirates.com
Um muito obrigado e bem haja "Tio"
Luis Berenguel
Eterno meu Pai. Estarás sempre no nosso pensamento. Obrigada por esta notícia.
ResponderEliminarUm grande amigo meu.Saudades
ResponderEliminarAmigo Henrique, um grande amigo.Mais tarde contarei algumas peripécias que tivemos juntos.Abraço
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