Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

'Estamos a regredir para o pior do obscurantismo em Portugal'

O bastonário da Ordem dos Advogados considerou ontem, em Bragança, que a justiça portuguesa está a regredir para o pior do obscurantismo, apontando como exemplo o julgamento sumário de crimes com flagrante delito defendido pelo Governo.
«Vêm aí medidas legislativas que são um retrocesso de séculos em relação àquilo que foram conquistas terríveis da humanidade, terríveis porque custaram muito sangue a homens bons e justos da história», afirmou Marinho Pinto, a uma plateia de jovens estudantes do Instituto Politécnico de Bragança.

Para o jurista, Portugal está a «regredir para os piores séculos, os piores momentos do obscurantismo da História».
«Agora quer-se que a pessoa presa em flagrante delito seja julgada no dia seguinte por um único juiz. Fulano é visto a espancar alguém que morreu, é julgado no dia seguinte ou dois ou três dias depois num tribunal da terra por um juiz sozinho», exemplificou.
Marinho Pinto continuou a sua intervenção afirmando que «isto é o que de pior havia e houve ao longo da História, contra isto se bateram os iluministas, a razão, os humanistas, mas está-se a voltar a isto agora sem discussão, sem debate, porque as pessoas estão insensíveis a estas questões».
Na opinião do bastonário dos advogados, «estão-se a fazer transformações sub-reptícias, sem debate público, de forma leviana e sem nenhum sentido que não seja o de satisfazer impulsos pessoais ou de grupo de vingança».
«Hoje administrar a justiça já não é para atingir determinados fins, já não é para proteger determinados bens jurídicos, é sim para satisfazer impulsos ou pulsões de vingança», declarou.
Marinho Pinto criticou ainda «a forma sensacionalista, sórdida, como alguns órgãos de Comunicação Social noticiam os crimes» e que «desperta na comunidade um sentimento de defesa e de vingança em simultâneo».
«E é neste tipo de justiça que estamos a caminhar em Portugal: estamos a regredir para os piores séculos, os piores momentos do obscurantismo da nossa história», reiterou.
O jurista encontra um propósito nestas medidas: «quer-se meter na cadeia por tudo e por nada», e observou que «Portugal já voltou à primeira linha do número de presos nas cadeias».
Apesar de ser «o país da antiga Europa ocidental que tem a menor taxa de criminalidade e a criminalidade menos violenta, é o pais da União Europeia que tem a maior taxa de presos por habitante», indicou.
«Voltamos aos cento e trinta e tal presos por cem mil habitantes», concretizou, acrescentando que «são rácios próximos de países como os Estados Unidos da América e a Rússia».

Lusa/SOL

Sem comentários:

Enviar um comentário