Estes são apenas alguns exemplos de postais e bilhetes-postais de outros tempos e disponíveis, para consulta e venda, no blogue "Portugal em Postais Antigos".
A ideia, conta Hugo de Oliveira, um dos autores do blogue, consumou-se em 2005. O «recheio», como afirma, «não foi difícil de obter». «Material para o sítio não me faltava. Desde miúdo que colecciono postais. Outros, fui comprando anos mais tarde. E ainda hoje compro», refere.
«Sou apaixonado pelas colecções desde os 10 anos», recorda o luso-francês, de 39 anos, e que há 20 anos emigrou para Nantes, em França. Realça que desde a infância que juntava tudo, desde selos, moedas e até notas antigas.
«O gosto mesmo por coleccionar veio mais tarde». Tal como a colecção dos postais antigos sobre Portugal que hoje tem em casa e que tem digitalizado para o blogue. O responsável sublinha que a ideia de criar o blogue «foi uma forma de preservar o contacto com as minhas raízes, porque moro longe das minhas origens». E acrescenta com alguma tristeza: «neste momento tenho poucas possibilidades de voltar. Há 20 anos em França, apenas fui a Portugal quatro vezes».
«Mostrar o passado»:
Mostrar aos portugueses «como era o passado do país, algum até já desaparecido» em postais é também outro dos objectivos do blogue, já que «é fácil esquecer o que fomos rapidamente». «E é isso que também quero: que o passado não se esqueça».
Preservar e partilhar o nosso património, ao dispor de todos e criar uma «biblioteca virtual» acessível aos portugueses são outros dos objectivos do projecto, nas palavras de Hugo de Oliveira.
Os postais mais antigos, que podem ser consultados no blogue datam de 1900.Contudo, o responsável afirma que «antes dos postais existiam os chamados bilhetes-postais». E desses destaca um dos seus preferidos, de 1894, dedicado ao Infante D. Henrique.
Mas do Portugal antigo que pode ser revisitado neste espaço, há também muitas cidades que Hugo de Oliveiro adquiriu em forma de postal, entre elas, destaca Esposende, Porto, Évora, Lisboa e Montemor-o-Novo, esta última, terra natal do luso-francês.
Por fim, Hugo de Oliveira salienta que «o fascínio por estes temas e a tentativa de preservar o contacto com as minhas raízes é o grande desafio de quem, como eu, adora coleccionar».
E termina, citando um provérbio chinês como forma de explicar o que, garante, «a alma não consegue»: «‘Esquecer os nossos antepassados é qualquer coisa como haver um riacho sem nascente ou uma árvore sem raízes’».in:cafeportugal.net
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