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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O cabreiro e a moura

Local: MIRANDA DO DOURO, BRAGANÇA

Entre as povoações de Freixiosa e Vila Chã, no concelho de Miranda do Douro, passa uma ribeira onde há um poço conhecido como “Poço da Moura”. Dizem que num dia de inverno passou junto daquele poço um cabreiro chamado António, e ouviu uma voz a dizer-lhe: 

    — António, toma uma rosa. 
    O cabreiro ficou cheio de medo, mas conseguiu responder, dizendo: 
    — Rosas em Janeiro?! 
    E para espanto maior, em resposta caiu na sua frente uma rosa vinda do poço. Foi uma moura que lha mandou. E a seguir disse-lhe: 
    — Leva-a contigo e nunca a mostres a ninguém, se quiseres que a tua vida mude para melhor. 
    António, ao chegar a casa, guardou a rosa no fundo da arca de roupa do seu quarto. Passados alguns dias, a sua mãe foi lá remexer e encontrou-a. E muito admirada foi contar às vizinhas. Nenhuma acreditou. Tiveram de ir lá ver com os próprios olhos. Só que ao abrirem de novo a arca o que encontraram foi um enorme carvão. A mãe passou assim por mentirosa. E António quando soube ficou muito triste. Voltou depois ao poço da Moura mas nunca mais teve sinal dela.

Fonte:PARAFITA, Alexandre A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2006 , p.264

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